CAPITULO 01 — AMÉLIA ANDREWS
Assim que chegamos à frente do imenso portão, Brown apertou um botão e falou algo que não pude ouvir, já que a minha atenção estava nos dedos de John que passavam pela minha mão de forma carinhosa, logo os portões foram abertos e passamos por uma entrada rodeada por árvores, assim que acabou a estrada um belo jardim com fachada com fonte de pedra e vegetação natural apareceu mostrando a imensa mansão da família Newton.
Tentei controlar o meu nervosismo para que nem mesmo John percebesse, pois, iria conhecer a família do meu namorado, então não era um almoço qualquer e o mesmo apertou a minha mão mostrando ter o seu apoio e segurança, sabendo o quanto estou nervosa, sorri tentando acalmar-me e segurei a sua mão com força. O carro da marca Cadillac Escalade ESV na cor black — Conheço de carro, graças ao tempo que trabalhei na oficina do meu tio; parou na entrada e todos descemos admirando o quanto esse lugar por fora já parecia incrível, subimos alguns degraus e paramos na enorme porta de madeira.
Rossi parecia tranquila mais por dentro devia estar agitada, após semanas e dias sem ter nenhum contato com Pitter, agora ela iria vê-lo novamente, a minha mãe vinha atrás de nós segurando a mão da Maggie que olhava tudo sorrindo animada. Observava tudo ao meu redor quando a porta foi aberta por um homem de idade, trajando vestimenta de mordomo.
— Bem-vindo... Senhor Newton e convidados, a sua família a espera na sala principal – Falou o homem tão formalmente e John sorriu da minha expressão, nem sabia que ainda existiriam mordomos.
— Obrigado Franklin – Responde John, tentei conter a vontade de dá risada do nome do homem.
O meu namorado chama todas nós para segui-lo, até o lugar aonde a sua família estaria, como falou o homem que parecia do século XIX(19).
— Franklin Sanchez, está na minha família há alguns anos e muito raramente o vemos mudar a expressão neutra – John sorriu e Rossi caiu na risada.
— Ele parece aqueles mordomos, que sabem sempre de tudo ou são os principais culpados da morte de alguém – Murmurou Rossi no meu ouvido e a repreendendo pelo olhar.
John soltou a minha mão andando na frente enquanto chamava pela família e o seguimos entrando numa sala elegante, sofisticada e muito bem decorada de forma mais moderna.
— Mãe – Fala John indo para seus braços, mas, os seus olhos continuavam em mim, sorrindo torto.
Ele foi a cumprimentar, porém, antes uma garota passou raspando por ele toda saltitante, assim que me olhou, veio rapidamente, me abraçando apertando, retribui muito surpresa pela reação espontânea dela.
— Oh! Meu Deus! É muito legal finalmente conhecer você, sou Emma – Falou dando uma piscada e sorrio a cumprimentando.
— Dá um tempo, irmã, deixa Amélia respirar – Disse Pitter se tornando presente na sala, sorriu abraçando-me cheio de toques.
Fiquei tão sem reação no começo que congelei, toda tensa, apenas aceitando o seu toque — Lembre Amélia, esse é o jeito dele.
— Pode tirar as suas patas da minha garota – Reclama John, puxando-me dele e a cena pareceu engraçada, pois, todos caíram na risada, deixando sem jeito.
— Vocês dois se comportem na frente das visitas – A Senhora Newton aproximou-se vindo cumprimentar-me, dando um abraço forte e acolhedor em mim.
— É um prazer conhecê-la Amélia, sou Marta – Falou carinhosa e pude ver através da sua expressão que era o que realmente sentia.
— O prazer é meu, senhora Newton – Digo, mas ela balança a cabeça negando.
— Nada de Senhora, somente Marta e o meu filho falou tanto de você que estava quase imaginando se não fosse fruto da imaginação dele – Comenta e dou uma leve risada, sendo acompanhada por todos no recinto, esqueci que não estávamos sozinhas, já John reviro os olhos.
— Isso mãe… corte o barato do mano – Pitter falou sorrindo e John deu um soco no ombro dele.
— Já vem você com essas giras… meu filho – Falou quem imagino que seja o pai deles.
— Prazer em conhecê-la sou Charlie Newton.
— Muito prazer Senhor... – Antes deu falar algo a mais, ouvimos uma risada infantil e vimos a minha irmã nos braços da minha sogra.
— Que gracinha, você é linda querida!
— Obrigada moça, a sua casa é muito bonita – Disse Maggie e a minha mãe olhava orgulhosa da filha mais nova.
— Além de linda é educada, gosto do... moça, pareço mais jovem e obrigada – Falou Marta sorrindo admirada pela esperteza dela.
Depois disso todos se cumprimentaram para irem se conhecendo, percebi Rossi apenas dando um cumprimento rápido e frio para Pitter sem se aproximar dele, enquanto Emma praticamente se pendurou em mim — Numa das vezes no apartamento de John, o mesmo revelou que a sua irmã estava maluca para me conhecer e saber mais sobre mim, querendo descobrir o que fiz para fazer o seu irmão se transforma de fechado para homem apaixonado.
— Você precisa contra o segredo, preciso passar um pouco para a futura namorada do Pitter – Falou Emma sorrindo, enquanto estamos sentadas no sofá com Rossi ao meu lado.
— Não tem segredo, descobrimos juntos, antes eu também era muito fechada para muita coisa, então de certa forma conhecer o seu irmão ajudou-me e muito até chegarmos a magia do amor – Digo sorrindo tímida e Emma bate palmas, super alegre. A sua mãe apareceu na mesma hora com guloseimas deliciosas.
— Vai com calma filha, às vezes parece ligada no 220 – Comenta a sua mãe e damos risada.
— Então esse é o segredo! Vocês somente precisaram conhecer mutuamente para se apaixonarem! Que romântico – Comenta radiante e sorrio concordando.
— Nem imaginam a nossa surpresa, quando John usou a palavra namorada numa mesma frase – Disse sarcástica e Rossi ouvia com curiosidade.
— Por que a surpresa? – Até entendia o motivo, antes John nem cogitava a namoro como algo que ele desejava.
Conversamos bastante sobre esse assunto, depois que ele me pediu em namoro.
— Os meus irmãos sempre foram evasivos quando puxava o assunto relacionamento, principalmente Pitter – Sei que ela não falou por maldade, mas senti a minha amiga se encolher ao meu lado.
Com certeza tendo noção no que Emma disse, pelo jeito que aprendi a conhecer o meu cunhado não duvidava e pela expressão de Rossi a mesma, também percebeu o mesmo — Lamentava muito por ela.
— Não creio! O seu anel é maravilhoso – Comentou Emma, assusto quando pegou a minha mão do nada, olhando admirada onde estava o anel que John me deu.
— Foi seu irmão quem deu, quando pediu a mim em namoro – Termino de dizer com ela dando pulos no sofá, chamando a atenção dos mais próximos.
Olhei em volta envergonhada vendo Marta mostra as plantas que tem dentro a minha mãe, Maggie estava sentada no colo do meu sogro rindo de algo que ele falava, enquanto John e Pitter dava risadas olhando a irmã deles toda histérica.
— Irmão... se antes, já acreditava ter bom gosto para joias, agora estou a confirmar… que anel magnífico que deu para Amélia – Depois disso, virei o assunto no recinto.
Marta e a minha mãe se aproximaram olhando o anel na minha mão, dando elogios e perguntando como foi o pedido de namoro.
— Mulheres são mesmo dramáticas querem saber até os últimos detalhes – Comenta Pitter que leva um cascudo na cabeça por John que vem até mim, sorrindo todo contente.
Percebi vendo nos seus lindos olhos o quanto tudo isso era importante para ele, ter as nossas famílias reunidas, com cumplicidade, carinho, pois, era apenas o começo do nosso relacionamento.
— Deixa de ser chato Pitter, toda mulher adoraria ser pedida em namoro de uma forma romântica – Falou a minha cunhada de forma dramática e todos riram, observo Pitter encarando Rossi que olhava para longe dele evitando o contanto visual.
— Concordo filha, agora, conte como foi Amélia – Pede Marta animada e sorrio percebendo que não poderia e nem conseguiria negar o seu pedido, além de que adoro lembrar-me de como foi.
— Pelo jeito agora a conversar vai ser feminina... homens se retirando – Informa Pitter saindo da sala, Charlie e John o acompanham.
Porém, ele não saiu sem antes mostrar o seu sorriso matador com pisca no final, sorrio abanando-me sentindo o meu rosto vermelho, logo as mulheres se reuniram ao meu redor, enquanto contava todos os detalhes do pedido maravilhoso e romântico que poderia um dia sequer imaginar que teria na minha vida.
— Fico feliz em saber que o meu filho pode ser romântico e até de surpreender – Comenta Marta sorrindo e percebo um leve tom melancólico.
Já compreendia o motivo disso, pelo que aconteceu com John, ela sendo mãe desejava que o filho fosse feliz e pudesse se abrir para um relacionamento, sem tanta desconfiança das mulheres.
— O seu filho é o mais romântico e muito carinhoso do mundo – Respondo sorrindo e Rossi pisca para mim, já que algumas vezes ela atrapalhou os nossos momentos.
— Sempre desejei que os meus filhos encontrassem uma mulher de verdadeira, aquela que não estejam somente em momentos bons, mas que saiba ser firmes em momentos difíceis também – Ficou pensativa, mais logo deu um sorriso.
— O que vai ser difícil, com certeza é o Pitter – Argumenta Emma.
— Querida, seja compreensível o seu irmão um dia vai encontrar a mulher ideal para ele – Comenta e fico em silêncio e olho de longe para Rossi que ouvia tudo sem demonstrar nada.