Cap 2

987 Words
Emma Eu não vou negar, o Ítalo foi meu sonho dourado por muito e muito tempo e acho que isso teve até um definhou da minha mãe Helena Meu nome Emma, eu sou filha do Arqueiro com a Danubia. Muitos aqui na comunidade ainda falam da minha mãe, do quanto que ela amava meu pai e do que ela foi capaz de fazer para mantê-lo por perto Eu não posso dizer que me orgulho disso, mas também não posso negar que meu coração tornou a Danubia menos minha mãe por causa disso, ele teve o que os céus achava que merecia e posso dizer que meu pai também Eu tenho 1.65 de altura, magra, aliás, com uma gordurinha que eu amo, apenas nos lugares que devem ter, na b***a, nos s***s, nas coxas. Tenho o cabelo ondulado, não por causa do meu pai, aquele ali eu nem sei como é o seu cabelo porque desde que me conheço por gente, o homem raspa a cabeça, então sempre gostei de pensar que tenho isso da minha mãe. Olhos e cabelos castanhos, sei que chamo a atenção de geral da comunidade, mas me guardei para o Ítalo, para o homem que, na primeira oportunidade me fez lembrar que algumas pessoas, não tem o dom de oferecer perdão, ele jogou na minha cara que, se um dia a gente chegasse a se unir como marido e mulher, seria somente porque o universo estava dando a ele a oportunidade de vingar a morte da sua mãe O Ítalo soube rasgar o meu coração e nem precisou de uma faca para fazer isso Por conta dessa atitude, eu pedi autorização para o meu pai para sair do país, estudar fora, eu queria fazer uma coisa diferente, sempre gostei da profissão de interprete, mas nunca tinha tido a oportunidade de aprender outra língua. Ru me cobrava muito em tentar ser uma auto ditada, mas me frustrada quando percebia que não conseguia e acabava desistindo no meio do caminho A oportunidade de sair da pais foi o meu jeito de matar dois coelhos com uma cajadada só e fui para a China, eu queria ousar Eu fui com dezesseis anos, o mesmo ano que meu pai, a contra gosto, também me emancipou. Tudo lá era diferente, as pessoas, o jeito de viver, as casas todas automatizadas, parecia que o anormal era não ter aquele monte de tela touch-screen espalhadas pela casa. Eu gostei muito, mas daí meu pão ficou doente e eu tive que voltar. Foram cinco anos... cinco anos conseguindo não colocar o Ítalo na cabeça, aceitando a sua decisão de estar o mais longe possível de mim, mas eu tive que voltar... ... Helena – Ele não está nada bem querida, eu tentei esconder de você, mas no estágio em que a doença se encontra, não dá mais Emma – É o rim? Helena – Sim, filha, ele esta parando e a hemodiálise não está mais fazendo efeito Emma – A senhora não podia ter me escondido isso Helena – Ele não deixou queria, quis a todo custo respeitar a sua decisão de ficar longe daqui Emma – Eu nunca que ficaria chateada por ficar perto dele, mãe, ainda mais no estado que ele está, agora eu só fico pensando no tempo que nós perdemos Helena – Não, não fique assim, a gente ainda tem tempo. Vai lá ver ele, vai Nós estávamos no caminho de volta para o Alemão e eu estranhei por meu pão não ter ido me recepcionar no aeroporto, só encontrei o sorriso sem graça da minha mãe. Ninguém podia dizer que aquela mulher não era minha mãe, mesmo tendo ouvido falar da Danubia, mesmo a amando, a minha mãe sempre foi a Helena Chegamos em cada e eu fui logo na direção do quarto do meu pai, respirei fundo e entrei. Ele estava dormindo tão sereno mas acho que percebeu a minha chegada, porque abriu os olhos assim que coloquei o primeiro passo porta adentro Arqueiro – Minha menininha Emma – Acho que eu não sou mais uma menininha Arqueiro – Pra mim, sempre será Ele tinha o semblante cansado, meu coração se apertou ao encontrar o meu grande pai ali, deitado numa cama, parecendo estar debilitado Arqueiro – Eu não queria falar sobre esse assunto, mas sinto que logo não estarei aqui, então, é inevitável. O Alemão precisa de um comandante, filha, e você sabe muito bem pra quem ele foi prometido Emma – O Ítalo não quer nem chegar perto de mim, pai Arqueiro - É porque ele não te conhece, minha menina, eu tenho certeza de que, quando ele te olhar, quando te olhar de verdade, vai te amar, vai conseguir enxergar a mulher maravilhosa que a gente enxerga Eu quis dizer que não, que não concordava, que não ia ficar correndo atrás de um cara que simplesmente, tinha o desprezo como sobrenome, mas eu decidi não entristecer o meu velho, pelo menos isso A gente conversou mais um pouco e depois, eu saí do quarto, deixando meu pai curtir mais um pouco de sono e assim que passei pela porta, peguei o meu celular para fazer uma ligação Minha mente dizia que não, que não era para eu fazer aquilo, mas pelo meu pai, eu deveria pelo menos tentar Emma – Alô? Eu escutei uma resposta grossa, mas não deixei ele já vir cantando de g**o pra cima de mim não, o Ítalo ia aprender a tratar bem uma mulher de família, ou seria por bem ou seria por mal Emma – Pode para, Ítalo, não estou a fim de ficar escutando seus chilique, muito menos por telefone, se for pra te dar esporro, eu quero fazer isso pessoalmente. Mas não dói para isso que te liguei, a gente precisa conversar e precisa ser o mais rápido possível, arrume um tempo na tua agenda lotada, eu não vou aceitar um não como resposta
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