Eu sou sua

2355 Words
Nicolas estava deitado na cama, as pernas abertas. Estava jogando Deus da Guerra 3, já havia zerado o jogo uma vez, deixou na estante do quarto e decidiu jogá-lo de novo hoje, pois Luna disse que gostava. O que era engraçado... com a cabeça afundada na pelve de Nicolas, ela não conseguia ver nada. De costas para a TV, relativamente abaixada para que Nicolas pudesse ver a tela, Luna chupava as bolas do garoto lentamente.  Estava focado no jogo, passando as fases que já conhecia rapidamente. Algumas vezes, soltava a mão do controle e agarrava os fios castanhos de Luna, conduzia para onde estava com vontade, ou acelerava, ou desacelerava, dava uma risadinha e continuava a jogar. Estavam nisso há pelo menos 40 minutos e Luna continuaria até Nicolas dizer chega. A garota era magra, do tipo que fazia dieta e nunca foi a uma academia. Peito mediano, altura mediana, beleza mediana. Pálida, com um narizinho pequeno, um longo cabelo liso e olhos castanhos. Seu cabelo estava quase sempre bagunçado, ela gostava assim, dava um “Q” na aparência dela. Ela achava que parecia louquinha e hiperativa desse jeito, e, por algum motivo, ela achava que isso era uma coisa boa.  – Olha! Era dessa passagem que você estava falando? – Nicolas puxou Luna pelos cabelos e apontou para a TV. A morena olhou rapidamente e assentiu – Tem que descer pela esquerda, pela direita vai ter mais monstro e no final é sem saída. – Antes de terminar a frase, Nicolas estava puxando a garota de volta. Luna tentou masturbar Nicolas, usar as mãos por um momento, olhar a TV, assistir à passagem que ele comentou. O garoto empurrou sua cabeça novamente, antes mesmo dela conseguir se sentar. Luna riu da atitude de Nicolas, a única coisa que ganhava era gemidos baixinhos, era difícil de ter certeza, se Nicolas estava gostando ou não. Mas se ele não queria que parasse, isso significava alguma coisa, não? Ela se esforçaria então. Se ele gozasse logo, talvez pudesse jogar um pouco, talvez pudesse ficar deitada com ele, ou se ela fizesse realmente um bom trabalho, talvez ficassem de conchinha. Nicolas a assistia de r**o de olho com um sorrisinho no rosto. Nicolas era… incrível. Um garoto diferente, um achadinho na multidão dos idiotas. E Luna estava perdidamente apaixonada por ele, pelo cabelo preto na altura do ombro, o corpo malhado, os olhos amêndoas e o sorriso sacana. Mas essa era a visão da Luna, para qualquer outra pessoa do terceiro ano, Nicolas era bonitinho. O cabelo, muitas vezes, era só despenteado e lhe dava um ar de esquisitão. O corpo era malhado mesmo, ele fazia natação desde os 10 anos, nada muito uau, era saradinho, ele não levava a sério o esporte, fazia por fazer, duas vezes por semana.    O celular apita, é uma notificação diferente da comum do w******p. É personalizada. Nicolas pausa o jogo, estende a mão a cômoda e apanha o celular. Ele sorri encarando a telinha, está digitando. Luna sofre ao vê-lo, imagina quem está do outro lado e sente ciúme, até que lembra que está fazendo o p*u dele de pirulito. Esse pensamento ameniza o ciúmes, mas não completamente. – É a Evah... – Nicolas sussurra. Solta um suspiro surpreso – Ela está vindo pra cá. – Hã? – É tudo o que ela consegue dizer. Nicolas se levanta da cama em um pulo, veste a cueca e a bermuda. Abre o guarda-roupa e troca de camiseta. O quarto é um cinza-escuro e os lençóis são um tom mais claro. Há um mapa mundial na cabeceira, em toda a parede que a cama de casal está encostada e cada continente é um quadro separado. Ao lado da cama, há uma cômoda preta, onde os celulares dos dois e uma tigela vazia de pipoca estão. Uma TV Smart na parede em frente a cama e uma mesa de estudos. O quarto de Nicolas era como um quarto projetado da Tok Stok. Tapetinho felpudo e tudo. Ele vai ao banheiro do quarto, está penteando o cabelo, quando Luna consegue organizar os pensamentos. – Como assim ela está vindo pra cá? – A minha fala foi bem clara. – Nicolas diz, ela estava paralisada na porta do banheiro, observando Nicolas passar perfume e bochechar enxaguante bucal. – Você precisa sair. – Eu preciso sair? – O que foi? Uma minhoca comeu o seu cérebro? É claro que você precisa sair. Eu e ela tivemos um encontro na sexta passada e hoje ela pergunta se pode vir aqui? – Nicolas solta uma risada, está salvando o jogo e depois forra a cama com zelo, fazendo Luna se levantar. – Ela não pode saber que você vem aqui, não me leve a m*l, mas não somos amigos, ela poderia desconfiar. – Desconfiar que você vem aqui em casa para me fazer um oral de 40 minutos. A morena está acompanhando Nicolas andar pelo quarto e arrumar as coisas, pegar os dois copos de vidro com água e colocá-los dentro da tigela de pipoca.  Nicolas, então, deu uma vistoria completa no quarto e encarou Luna como se dissesse vamos, vamos seu tempo acabou e ela se lembrou de quando ele era criança e gostava de patinar no gelo, naquelas atrações itinerárias de shopping. Ela suspirou, percebendo: era Luna que estava pagando para brincar, mas o brinquedo era ela. As duas horas que ela pagou para brincar com Nicolas haviam passado e ela precisava sair da pista de patinação. Evah queria brincar agora.  – Sim, claro. – Luna estava na porta do quarto, deu uma olhada em Nicolas, prestes a sair. – Droga – Nicolas resmunga – Eu não posso estar e******o quando ela chegar, você precisa terminar. – O garoto já está desabotoando o zíper. – Está brincando comigo, né? – Nicolas não entende porque Luna está brava. Dá de ombros, diz que não, faz sinal que para que Luna se ajoelhe, um estralar de dedos e apontou para o chão. – Pede para a Evah te fazer um oral! – Não chegamos nesse ponto ainda, ela gosta de seguir etapas... – Ele franze o cenho – primeiro cinema, depois passeio de mãos dadas no shopping, jantar, beijo no final, SEM mão boba! – Ele solta uma risada – Por isso eu gosto de você, você não liga para essas coisas. O que foi, Lua? Não estou entendendo essa sua cara para mim. E não estou gostando. – A garota se esforça para mascarar a feição de raiva, de mágoa, principalmente. – Você está me expulsando daqui, porque convidou uma garota. – Ela se força a manter uma expressão neutra. Nicolas não gosta quando ela é emotiva. – Ah, não. Não acredito que está com ciúmes! – Luna pensou em corrigi-lo, dizer que não está com ciúmes, embora seja mentira.  Mas Nicolas também não gosta de ser interrompido. – Eu avisei você! Nós não seríamos exclusivos, estamos só nos divertindo. – Luna lembra bem disso, tinha o plano de fazer Nicolas mudar de ideia e fazê-lo se apaixonar por ela, parece que não conseguiu. Sabia que ele saía com outras pessoas e odiava isso. – Eu sei, eu sei. – Ela suspirou – Acho só chato eu ir embora para que ela possa vir. – Não é chato, pense que ela vai vir aqui e vamos jogar Uno na minha cama e jogar conversa fora, você me tem por inteiro. – O ponto é que Evah teria Nicolas por inteiro, se ela quisesse. Mas Evah gosta de seguir etapas e a de hoje é conhecer os pais, a garota pensou com angústia. – Rápido, ela vai chegar daqui a pouco. Luna se ajoelhou para sua melhor performance da noite, já que Nicolas precisava gozar rápido, ele estaria prestando atenção. Luna lambeu a cabeça, olhando-o. Não demorou para que Nicolas agarrasse os fios castanhos e movesse a cabeça de Luna como quisesse e Nicolas sempre queria muito. Nicolas não deu tempo para ceninhas, queria gozar e queria rápido. Impulsionou o quadril para frente segurando a cabeça de Luna com firmeza. Fudeu a boca da garota, ela estava acostumada, embora ainda engasgasse. Ela sentiu o sabor amargo na garganta, um refluxo, e engoliu em seco, Nicolas adorava quando isso acontecia. Ele apertou a mão em torno do pescoço de Luna, trazendo-a para cima, para que ficasse de pé. Nicolas a jogou na cama, Luna se ajeitou, observando Nicolas se pôr sobre ela, uma perna de cada lado, o rosto cara a cara com o dela. Luna se esticou para beijar Nicolas, que recuou, apertando o pescoço de Luna com capricho, que deixou escapar um sorriso. – Sabe por que eu gosto de você? Um clap foi a resposta. Alto e claro. Forte. Deixou a marca dos dedos no rosto dela. Nicolas se aproximou para sussurrar próximo à boca de Luna. Ela estava se esticando de novo, para beijar o seu cabeludinho favorito e Nicolas manteve a mão apertada em seu pescoço (até sentir as batidas do coração de Luna nas mãos), mantendo-a grudada no colchão. – Evah nunca deixaria eu fazer isso com ela – A frase pairou no ar, enquanto ele desceu a mão para a barra da blusa, puxando para cima para que pudesse achar os s***s de Luna. Ele analisou, antes dos dedos entrarem por debaixo do sutiã de renda preto, apertou o volume com a mão direita, o polegar e o indicador esmagando seu mamilo, com uma liberdade que só tinha com ela. O corpo de Luna era uma extensão do seu próprio. – Ela não deixa eu chegar perto dos p****s dela. – Apertando um lado, daí foi para o outro e a garota estava deitada na cama em transe. Isso só era uma grande coisa, porque eles tinham 18 anos e tudo é grande coisa quando se tem 18 anos. Tudo é novidade. E a maioria das novidades para garotas na adolescência são desrespeitosas, proibidas e coisas de v***a. Provavelmente, ela deveria dizer “não”, como Evah. Mas seus p****s já eram território familiar para ele. Eles eram dele.   – Nem por cima da blusa... – Se abaixou, chupou um peito, depois o outro, o sutiã puxado para baixo. As mãos dele desceram pela cintura, fortes e apertadas. Ele fez uma pausa encarando os s***s brilhando com a saliva dele. – Ela não deixaria eu fazer isso… Você é muito mais fácil do que ela. – A beijou na curvatura do pescoço, alguns selinhos molhados que a arrepiaram. –  Ela disse que é coisa de v***a. Você é uma v***a? – Luna achava que sim.  – Sim. – Não hesitou. Ofensas estavam no cardápio, era um pedido que Luna costumava escolher. – Ela nunca deixaria eu pular as estúpidas etapas, mas você não liga para isso, não é? Porque, você é uma v***a. – Mais um clap, dessa vez do outro lado. – É raro ela estar disponível, mas eu posso te chamar de madrugada e você vem, não vem? – Sim. Nicolas se afastou por um segundo, ficando de pé e puxando Luna pelas pernas, então quando Nicolas voltou para o lugar de antes, não estavam mais cara a cara. Luna abriu a boca e Nicolas retomou as estocadas até o fundo da garganta. Estava quase. Nicolas ficou de joelhos, Luna entre as pernas dele, se apoiou nos cotovelos rapidamente para cuidar dos finalmentes. Livre do controle de Nicolas, a morena o masturbou. – Diga que é minha. – Luna gostaria que isso fosse verdade. Ela poderia até ser de Nicolas, só não seria recíproco. Ela sente o peito doer, os olhinhos encherem de lágrimas, então pisca, pisca até dispersá-las. Nicolas não percebe, ou se percebe, não liga. – Eu sou sua. – Sussurra. Sou sua até me mandar ir embora, sou sua por mais dois minutos essa noite. Luna se obrigou a parecer confiante, estar sem cara de choro, quando Nicolas viesse para ela. – Eu amo você – Nicolas sussurra. Os olhinhos castanhos se arregalam rapidamente e daí disfarça. É da boca pra fora. Eu te amo no sexo não conta. Luna precisa se segurar para não responder “eu também”. Não seria da boca pra fora. E Nicolas goza na boca de Luna, ela coloca a língua para fora, lambe os lábios, Nicolas está satisfeito. Se afasta, se veste, está esperando Luna se levantar e ir embora. Não há delay, ela não espera Nicolas lembrá-la que deveria ir, vai ao banheiro e lava o rosto. Nicolas está segurando a mochila da garota na porta do quarto, Luna pega sem olhá-lo, segue descendo as escadas, Nicolas atrás de si, levando-a até a porta. A sala de estar é arrumada, mas não tanto. Os móveis eram caros, o sofá também, mas eram sem vida e foscos, como se tivessem esquecidos e cheios de poeira. Apesar de bonita, ninguém na casa usava a sala. Nicolas e seu irmão mais velho, Renato, só viviam trancados no quarto e, na maioria das vezes, os pais não estavam em casa.  A porta da frente é aberta e Luna escapa por ela, murmura um ‘tchau’. Ela estava no piloto automático, dissociando, chegaria em casa sem saber como e acordaria no chuveiro em um monólogo interno sobre como ela realmente era uma v***a. Nicolas puxa ela de volta pelo casaco, ela só aceita ser levada, é virada para ser encarada. Nicolas com um meio sorriso. – Não vai dizer tchau? – Eu disse. – Você é estranha, Lua. – Nicolas diz com uma risada, então está tudo bem. – Não fiz nada por você hoje. Entende, né? – Como se fosse novidade. A garota só assente, olhando para a nova camiseta de Nicolas, a que ele pôs para recebê-la. Ele estala os dedos no rosto dela e os olhos vazios encontram os dele. – Sim. A morena é puxada pelo pescoço, não há reação, dois passos e Nicolas se despede com um selinho rápido. – Cuidado para não ser atropelada, tá com uma cara de peixe morto. Tchau. – Ele fecha a porta e Luna caminha para casa.  
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