Férias

838 Words
O avião descia na pista poeirenta da fazenda de Kiss Low aos solavancos. Formou-se uma nuvem de poeira acima das tochas improvisadas, colocadas as pressas pelo administrador da Fazenda. Marx atendera prontamente ao pedido da torre principal de Hamburgo. O avião de passageiros fora atingido por um fragmento perdido que atingira a atmosfera. Uma das asas do avião foi atingida e danificada. Antes que os passageiros entrassem em pânico, a torre informada do acidente pelo piloto e copiloto, detectou naquela região uma pista numa fazenda próximo a Hamburgo. O administrador da fazenda era um senhor de meia-idade, cabelos castanhos já mesclados com alguns fios prata. Marx estava acostumado a colocar as tochas na pista, orientando o avião do seu patrão que vinha visitar a fazenda ocasionalmente. Ele já tinha recebido autoridade para modernização da pista, mas o projeto quanto a iluminação estava em andamento esbarrando em meios burocráticos. Quando o avião parou, Marx foi cumprimentar o piloto e os demais passageiros Como Hamburgo era o destino, restavam apenas trinta passageiros para desembarcar. Os passageiros ainda assustados desciam tão rápidos que pareciam estar a escapar de um incêndio. O avião de resgate já se aproximava, e os passageiros aguardavam encolhidos na pista fria. Alguns se aproximaram das tochas para se aquecerem. Entre os passageiros estava Grace Morrison, uma “designer” do mundo automobilístico de Nova York em viagem de férias. Grace estava enjoada demais, as sacudidas do avião haviam mexido com a sua digestão,e não aguentaria nem mais um segundo num avião. Grace foi imediatamente falar com o administrador da fazenda: _Senhor!.....Senhor!..... O administrador fica deslumbrado com a beleza de Grace e gagueja: _Sim!..... _Quanto o Senhor cobraria para me levar de carro até a cidade mais próxima? (Fala Grace num tom de autoridade). Marx fica um tanto confuso com a imposição da moça, mas tentando desfazer aquela primeira impressão consegue soltar a vóz. _Eu estou disposto em ajudá-la,mas a senhorita teria que esperar até amanhã. Grace sabia que não iria ser nada fácil convencer aquele homem. Mas estava disposta em tentar convencê-lo.: _Mas senhor eu estou disposta em lhe pagar a quantia que me pedir . _Não estou a precisar de dinheiro. (Responde o administrador). _Se a senhorita quer mesmo ir para Hamburgo, melhor entrar nesse avião. (Marx aponta para o avião que já estava com a porta aberta esperando os passageiros embarcarem). _Tudo bem! (Responde Grace) _ Vou dormir aqui nessa pista e amanhã estarei congelada e morta. Marx não acreditava que aquilo acontecia, mas pode perceber que aquela moça não estava nada bem. Percebendo a reação de desapontamento de Grace e como a sua face estava cada vez mais pálida,resolve reformular a sua proposta: _Senhorita. Desculpe -me por não poder ajudá-la hoje. Mas posso oferecer-lhe hospedagem por essa noite, e amanhã terei o maior prazer em levá-la até a cidade. Grace estava sem nenhuma condição de escolha. Ainda tentou buscar alguma expressão que indicasse uma má intenção naquele homem, mas não conseguia ver nada além de uma pessoa apática. Sem condições nenhuma de questioná-lo apenas acena para o comissário que o seu desembarque era ali. Marx percebe a indiferença de Grace e fala: _Poderá dormir na sede da fazenda. Não tem ninguém na casa. Ou se a Senhorita preferir poderá dormir na minha humilde casa que fica a cem metros da sede. Enquanto o avião se afasta na pista,Grace entra no Jipe do administrador para seguirem para a casa dele. Marx estava muito quieto e Grace resolve quebrar o silêncio: _Ainda não nos apresentamos não é mesmo? O meu nome é Grace Morrison e estou com v*****e de vomitar. (m*l terminou de falar e já estava com a cabeça para fora do Jipe para vomitar). Estava tão enjoada que nem percebeu que já estava na frente da casa de Marx. _Por favor, senhorita Morrison (Marx abre a porta do Jipe e aponta para a entrada da sua casa) _Vamos entrar que vou preparar um chá para melhorar o seu m*l-estar. Grace entra na casa de Marx e começa observar que não há mais ninguém em casa, a não ser ela e aquele desconhecido. Começa então a lhe percorrer um medo, que de imediato é captado pelo administrador. Marx conhecia o medo dos animais, percebia quando eles estavam ariscos e pode perceber isso em Grace. _Senhorita Grace, o meu nome é Marx “Stilb” é tenho uma esposa que foi pernoitar num quarto de hospital com uma irmã dela que está internada. Tenho dois filhos que foram levar a mãe até a cidade. Infelizmente estou sozinho.(Depois de algum silêncio) _Vou preparar um quarto para a senhorita na sede. Grace tentou se justificar porque sentiu que o administrador percebera o seu medo e ficou envergonhada. _Senhor Marx, eu vou aceitar dormir na sede,porque eu me sentiria muito constrangida se a sua esposa chegasse e eu estivesse aqui dormindo sozinha com o senhor. _Eu entendo a senhorita, não precisa se justificar. Tome o chá e logo se sentirá melhor. Depois do chá, Marx leva Grace para sede.
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