Quem vê cara não vê posição

Esse é Park Jimin ou é o que dizem por aí

Jimin sempre foi um rapaz de aparência delicada e essa era a primeira coisa que viam nele e na maioria das vezes era o que bastava. Não iam atrás de mais nada. Não se importavam com a sua real personalidade, quando julgavam que a sua imagem denunciava tudo. Das roupas provocantes e de tons pastéis que o rapaz costumava usar, até os seus cabelos que mudavam sempre para cores de tons suaves e que acentuavam o ar fofo que ele exalava, pois o rapaz tinha sempre um jeitinho simpático de tratar todos à sua volta. Além de tudo, Park Jimin também era dono de um sorriso tão largo que fazia os seus olhos miúdos se fecharem e, para finalizar, a sua voz era aveludada e acalmava qualquer um com o seu tom brando.

Eram tantos os olhos que corriam atrás do rapaz, sempre devoradores e loucos para arrancar cada peça de roupa que marcava cada curva do seu corpo bem esculpido, graças às horas as quais ele se dedicava aos treinos de dança. Começando por suas coxas grossas e a b***a farta que fazia as línguas mais ousadas molharem os lábios em desejo; Sua cintura dava uma leve afinada antes de subir para as suas costelas marcadas e o abdômen dividido deixava a maioria das garotas histéricas.

Cada parte de Park Jimin era como uma obra de arte feita com muito zelo, tamanha perfeição. Como o seu peito largo; os pequenos m*****s que vez ou outra ficavam expostos através da transparência das camisas de treinos; E aí vinham as suas chamativas clavículas sobrepujadas, seguido por seu pescoço grosso e o pomo-de-Adão tão salientado que pedia por beijos e, por falar em beijos, os lábios grossos de Jimin eram uma grande tentação. Embora, para ser mais exato, desse vontade de beijá-lo por inteiro, incluindo as suas bochechas fofinhas.

Era bem comum que vez ou outra, algumas pessoas acabassem criando um pequeno tumulto na porta da sala de dança da faculdade. Bastava o rapaz estar lá treinando com as suas camisas folgadas e brancas, molhadas pelo suor que escorria em gotículas, eroticamente, por toda a sua pele bronzeada. Os cabelos, agora cor de pêssego, costumavam ficar presos por uma bandana abaixo da franja, que cobria toda a sua testa.

Mas não era apenas o físico sexy de Jimin que chamava as pessoas até o local. O seu olhar concentrado atraia tantos fãs, quanto o seu corpo apertado no legging e os movimentos sexy que o rapaz conseguia fazer mesmo no mais simples dos passos de qualquer coreografia.

Jimin era um rapaz aparentemente delicado e com toda certeza do mundo, ele era também muito educado e gentil, mas não podia ser julgado apenas por isso. Ninguém podia, era um fato, porém era um erro frequentemente cometido e certo dia um outro rapaz em particular ousou cometê-lo também.

Min Yoongi estava no sexto período do seu curso de música na mesma faculdade em que Jimin estava matriculado e acabou o conhecendo por causa de um dos famosos festivais que aconteciam anualmente na instituição. Yoongi havia sido informado de que teria que se apresentar no tal festival. Queriam que ele tocasse piano para uma apresentação do curso de dança. O homem, completamente insociável e conhecido por ser um dos melhores compositores do campus, logo criou uma bela melodia e deixou uma gravação com o coordenador do curso de dança, sem nem fazer questão de conhecer os colegas com quem trabalharia na apresentação.

Na realidade, Min Yoongi estava pouco se lixando para quem dançaria a sua canção ou como a dançariam. Normalmente ele fechava os seus olhos, enquanto os seus dedos corriam pelas teclas frias e o seu cérebro se enchia apenas com as notas que tocaria, o transportando para uma outra dimensão; a dimensão que o próprio pianista criava para cada uma de suas belas melodias.

Só que o dia do festival aconteceu para mudar tudo em sua rotina e quando o palco escuro acendeu um holofote claro sobre o pianista, a música começou a dominar o local. Ele movia o seu pescoço minimamente, como uma mania sutil, enquanto tocava com a carranca mais séria que podia estampar em sua face delicada. Yoongi estava pronto para fechar os seus olhos felinos e ignorar todo o resto à sua volta — como sempre fazia — dando atenção unicamente ao som melancólico que os seus dedos faziam soar toda vez que entravam em contato com as teclas frias de marfim.

Mas então um novo holofote acendeu no centro do palco e chamou a atenção de todos que estavam no local para um corpo que já estava ali agachado e escondido na penumbra do palco. O rapaz se ergueu com maestria e o seu corpo começou a se mover em um ritmo perfeito. Yoongi tirou os olhos do piano — não precisava ler nenhuma partitura para a sua própria criação, a tinha de cor na cabeça — e encarou cheio de surpresa cada passo ensaiado que o dançarino executava, achando loucura como aqueles movimentos o faziam pensar que a música que havia produzido parecia ter sido criado apenas para que aquele estranho, de beleza chamativa, a dançasse e não o oposto.

Seus olhos já estavam se acostumando aos movimentos delicados e sensuais do rapaz, quando um outro homem entrou em cena e se juntou à sua coreografia. A apresentação não durou mais do que uns quatro minutos, porém ficou gravada na mente do jovem Min pelo resto do dia e quando ele se deu conta os seus olhos se tornaram só mais um dentre os tantos pares que estavam sempre seguindo a beleza delicada de Park Jimin; estivesse ele dançando ou não.