Jogada Irresistível

2 anos antes... — Caramba, eu amo o carnaval brasileiro! — grito completamente alterada pela caipirinha. — Percebi isso na vigésima vez em que você repetiu — Amber zomba e eu apenas acho graça me jogando novamente no meio da multidão. O trio elétrico segue a todo vapor, apesar de passar das 2:00 da manhã. Estou animada quando alguém esbarra em mim e meu primeiro pensamento é xingar o i****a, mas no instante em que me viro para encará-lo minha boca para aberta, o fôlego escapa suavemente de uma vez dos meus pulmões porquê ele é simplesmente... Surreal! A beleza dele é hipnotizante e impossível de ignorar. Seu rosto está vermelho de suor devido o calor e a diversão. Os olhos são tão verdes que é impossível não parar para admirá-los. A boca em formato de coração faz promessas obscenas não verbalizadas. Não sei quanto tempo minha inspeção nada discreta dura até ser interrompida quando me dou conta de sua fantasia. Ele está vestido de padre! — Desculpe-me — o deus da beleza finalmente fala tocando levemente meu braço, espelhando ondas quentes de atração s****l pelo meu corpo. — Sem problema. Com essa multidão seria e******o reclamar de um simples esbarrão — dou de ombros. O homem me avalia por um milésimo de segundos e sorri de leve concordando e só então percebo as covinhas que emolduram a fileira perfeita de dentes. Sua língua desliza sobre os lábios quando ele volta a falar, o tom de voz rouco e avassalador. — Quer confessar os seus pecados? — ele sussurra maldosamente em meu ouvido me fazendo arrepiar. Ergo o olhar até encontrar o seu e mordo sedutoramente o lábio inferior antes de ajeitar despreocupadamente minha fantasia de diabinha. — Espero que você esteja com tempo, porque padre eu pequei, muito — enfatizo a última palavra baixinho em seu ouvido.                                                                                                                **** Minhas costas batem com força contra a parede do quarto, mas continuo o beijo que começou no elevador. Deixo que suas mãos me apalpem, permitindo que tire proveito de seu convite corrupto. — Você vai tirar as roupas ou prefere que eu as tire? — pergunto mordiscando o lábio dele. — Você está mesmo louca pra ver meu p*u, não é? — provoca me pegando no colo e forçando o quadril contra o meu. — Pra que adiar o inevitável? — respondo e então ele me põe no chão retirando as próprias roupas com pressa enquanto faço o mesmo. Não conseguiria explicar a atração fulminante que nos guia nesse momento nem se minha vida dependesse disso. Nossos corpos se buscam e se reconhecem como se já tivessem feito algo do tipo antes um com o outro. Repetimos tudo uma vez e depois outra até cairmos sem forças e nos entregar ao sono. “Já deixei tudo pago. Foi maravilhoso”.  Pisco mais uma vez para ter certeza de que li corretamente o bilhete que encontro do lado vazio da cama quando acordo algumas horas mais tarde. — Filho da p**a — resmungo e me jogo novamente no colchão sorrindo sem acreditar.