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A Filha da Morte

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Blurb

Bella é filha de um dos seres sobrenaturais mais poderosos do mundo: A Morte.

Foi treinada pelo seu pai para continuar seu trabalho quando ele partisse. Aos 18 anos colocou em prática, junto com outros ceifadores, tudo o que aprendeu.

Sua vida começa a sair da rotina quando uma agência de caçadores aparece querendo levá-la com eles, uma agência que esconde muitos segredos e que parece confiável, mas os instintos de Bella gritam para que ela fuja antes que algo aconteça.

Teria sido fácil fugir de lá se não fosse seu desejo em saber por que o interesse deles em ceifadores.

Ela não sabe o que querem com ela e precisa tomar cuidado para não cair nas garras do poderoso d**k, que parece legal demais, mas será que tudo é o que parece ou ela passou tempo demais no hospício?

Vencedor do prêmio Gold Winners na categoria aventura

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O Início
Mais um dia de trabalho está começando, ou melhor, uma noite de trabalho. Meu despertador toca pontualmente às 00:00 e eu me levanto calmamente, calço meus chinelos e ponho um casaco, vou até minha escrivaninha e abro a última gaveta, me deparo com o anel que me foi dado a tantos anos, aquele que me permite viajar entre o nosso mundo e o mundo dos mortos. Assim que o coloco, sinto um arrepio característico se espalhar por meu corpo e tudo a minha volta perde a cor tornando-se cinza. Não que faça muita diferença, pois as paredes do meu quarto no hospício possuem um tom de amarelo vômito que me dá tédio, não que eu tenha morado em lugares muito coloridos, mas talvez esse seja o motivo da minha moradia aqui, o simples tédio é o que me mantêm a salvo. -Senhorita Collins.-fala Eliot assim que minha alma se estabelece na outra dimensão.-Sério? Pra quê toda essa formalidade, a gente se conhece desde sempre, o que há com você hoje? -Pergunto já que ele e eu sempre fomos amigos e nos tratamos como irmãos.Ele faz uma cara retorcida e aponta para sobre meu ombro, me viro e me deparo com Hillary, teoricamente minha supervisora, mas na prática uma espiã, ele só estava querendo parecer um bom moço perto dela. -Sempre me monitorando.-penso, talvez alto demais.Seus braços estão cruzados atrás de mim, ela usa um terninho preto básico e claro, saltos de 15 cm, uma típica empresária eu diria, bom seria, se ela ao menos estivesse existindo no mundo dos vivos.-É bom saber que está cumprindo seu horário, seu pai nunca se atrasou, na verdade ele fazia questão de chegar antes e...-Será que podemos não falar do meu pai esta noite? O cara não fez mais que o seu trabalho e você ai babando o o ovo dele, acredite em mim, ele não te escuta. Eu já sei todas as histórias de como ele era perfeito no que fazia, você não precisa repetir elas a cada vez que nos vemos.-Ele é perfeito no que faz, ainda não morreu e isso não vai acontecer tão cedo. -Ainda não vai acontecer.-Tive que enfatizar isso, afinal eu não estaria viva se ele quisesse viver. -É pra isso que você está aqui.-Ela teve que falar o óbvio.Solto um longo suspiro e ergo uma sobrancelha. -Você é igualzinha seu pai Bella, inclusive uma cara de irritação, é incrível como você sendo tão esperta não vê isso.Suspiro novamente e me viro para Eliot que até esse momento se manteve calado, esse papo meloso tinha que acabar e eu tinha trabalho a fazer. -Quem é o próximo da lista? Ele me dá seu sorriso: Essa é minha garota. Abre seu livro especial, escrito numa língua que eu não entendo e fala rapidamente: -Elisa Montgomery, 23 anos, morte cerebral, em poucos minutos a família desligará as máquinas. -Sério? 23 anos? Odeio quando pessoas novas morrem, por que o livro faria isso?-Se quer ser capaz de substituir seu pai como morte, não pode se importar com esses detalhes é assim que deve ser, você não pode achar injusto cada vez que alguém novo demais pra você morre.-fala Hilary num tom seco, as vezes me admiro com sua seriedade e falta de humaidade. -Você não tem coisa melhor pra fazer além de ficar me dizendo coisas desagradáveis? Cadê a sua compaixão? Às vezes eu me pergunto se ela um dia já foi humana ... Não espero sua resposta, ponho minha mão na capa do livro e sou transportada para o local onde a tal Elisa está, me sinto feliz por sair dali, um lugar na qual eu vivo a 6 anos, não por ser louca, mas pela necessidade de p******o, ser filha da morte não é muito comentado no pós mundo, mas se alguém será conhecido o caos, preciso ficar até viva o momento em que me tornarei um ser imortal .  Chegando ao quarto fico em silêncio, é meu jeito de mostrar respeito para aquele que vai partir, mesmo eles não sabendo da minha presença ali.Me aproximo da cama de hospital e vejo uma garota não muito diferente de mim, de cabelos loiros, um pouco mais escuros que os meus, sua pele pálida e seu corpo magro agora tão sem vida, vi as sombras a cercando, sugerindo sua essência.Meu trabalho era garantir que as sombras não aprendessem ela nesse meio termo entre o mundo humano e o mundo do além, ou ela viraria uma criatura da névoa, ou como os humanos chamam, fantasma.Olho para os parentes da garota que estão ao seu lado, todos chorando.  Me aproximo dela e encosto em seu braço, no mesmo segundo seu espírito aparece ao meu lado e ela faz a pergunta que todos fazem: -Porquê? -Por que tudo tem um fim, e esse foi o seu, eu sinto muito-Nem mesmo eu acredito em minhas palavras, mas preciso confortar ela ou seria catastrófico, ela balança a cabeça em concordância e vai até Hilary que a abraça ea leva para .. sei lá onde. Se tem uma coisa nos mortos que eu nunca entendi é que eles sempre sabem quem eles precisam abraçar pra seguir até o outro lado, eu já perguntei a Hilary e os outros ceifadores, mas ninguém sabe ou quis me contar, afinal só quem está morto passa por essa situação. *** Depois de viajar pelo mundo, mas sem sair de hospitais e beiras de estrada eu estou eu de volta ao meu quartinho e extremamente morta de sono, é sempre assim, eu durmo das nove até meia noite e de cinco até às sete horas, já que aqueles enfermeiros malditos nunca me deixam acordar tarde, ou seja eu não durmo, eu cochilo e muito pouco, acho que se eu fosse humana já teria enlouquecido de verdade, mas só pelo fato de eu ser uma criatura das trevas, eu não tenho isso, além do que eu sempre dou um jeito de cochilar no pátio no meio da tarde.Talvez ainda me reste um pouco da humanidade deixada pela minha desconhecida mãe. Pensar na minha mãe me dá certa tristeza, nunca vi seu rosto, meu pai eu só ouvia a voz, ele sempre falava comigo quando eu era criança, me orientando e dizendo o que eu era e o que eu podia fazer, inclusive foi ideia dele me mandar pra cá e olha que eu tinha 15 anos, não foi difícil eu só tive que contar a verdade sobre tudo e eles acharam que eu estava ficando paranóica.Depois de um tempo ele parou de falar comigo e Eliot apareceu para me ajudar, agora eu tenho 20 anos e logo logo substituirei meu pai como a próxima morte.

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