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Cria da quebrada

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Blurb

Babi, uma jovem de 19 anos, que mora no morro, desde que nasceu. Ela tinha uma amizade/paixonite, bem forte na infância, pelo Gustavo, de 23 anos, mas isso acaba, quando ele vira o dono do morro em que eles moram, com apenas 15 anos. Agora ela o odeia por ter a abandonado naquela época, mas quem sabe, ainda exista lá no fundo, um sentimento?

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1
|Babi| Me chamo Bárbara, tenho 19 anos e moro com uma prima minha em um morro bem sinistro. Eu gostava de morar aqui, até porque foi onde nasci e cresci. Eu costumo ser bem maluquinha as vezes, gostava de me divertir, eu e Aline, nos dávamos muito bem, mesmo ela sendo alguns anos mais velha que eu . Eu trabalho em um restaurante na cidade, não era um salário ótimo, mas dava pra comprar minhas coisinhas, e pagar as contas. A Aline nunca se importou em pegar dinheiro emprestado com os meninos da boca, mas eu ? Nunca me submeteria a isso, mesmo os conhecendo a anos atrás . Quando eu era pequena, eu tinha uma quedinha pelo Gustavo (Guga), ele era um amigo bem legal, faziamos tudo juntos, na época o pai dele era o dono do morro, mesmo assim eu não me importava com isso. Eu o amava de paixão, coisas de crianças e adolescentes. Eu achava que ele também poderia sentir algo por mim, mas hoje vejo que estava engananda. Quando mataram o pai dele, ele entrou pro tráfico e ficou no lugar do pai quando tinha apenas 14 anos. Foi ai que ele se afastou de mim, nunca mais olhou na cara, passava com os caras e me ignorava totalmente, eu peguei ódio dos caras por isso. Mas teve um dia que decidi não ligar mais pra nada, e então a nova Babi havia nascido a partir daquele momento . #####.##### - Pirralha, acorda !.- Aline gritou, jogando um travesseiro na minha cara . - m***a ...- Resmungo olhando pra ela de cara f**a . - Ai que medo .- Ela diz rindo .- Anda logo, ou vai perder a hora . Olho no relógio ao meu lado e dou um pulo da cama . - Porque não me chamou sua vaca ?.- Grito correndo pro banheiro .- Meu chefe vai me m***r . - Eu te chamei, você foi quem não quis levantar dai . - Que c****e .- Resmungo pra tirar a roupa . Tomo um banho rápido e entro no quarto vestindo uma calça preta, a blusa do trabalho e uma sapatinha preta. Prendo meu cabelo em um r**o de cavalo, pois ele parecia um ninho de pássaros. Me maqueio rapidamente e pego minha bolsa no sofá da sala, já saindo de casa . - Tchau pra você também .- Ouço Aline gritar e a ignoro. Ando rapidamente pelo morro, vendo as barracas se abrirem . - Bom dia Babi .- Dona Maria diz sorridente. - Bom dia. - Falo sorrindo breve, chegando no ponto do moto táxi, mas não tinha nenhum deles ali .- Que m***a, ninguém quer trabalhar mais não é ? Logo vejo um chegando . - Que m***a Alessandro. - Reclamo o deixando confuso . - Qual foi ?.- Diz confuso .- Ta doida novinha ? - Eu já sou doida, agora me leva pro trabalho .- Falo subindo em sua moto o fazendo rir . Ele desceu rapidamente o morro, indo pro meu trabalho, de tanto ele me levar, ele até já sabia onde eu trabalhava. Depois de uns minutos, chegamos no restaurante. Desci da moto e o paguei. - Tchau .- Falo correndo pra dentro do mesmo . Estava abrindo, porém já era pra eu ta aqui . - Bom dia .- Karina, diz calma . - Bom dia. Ele já chegou ?.- Falo me referindo ao nosso chefe . Assim que ela ia me responder, ele veio até a mim . - Atrasada de novo dona Bárbara .- Diz com sua voz chata, me fazendo revirar os olhos e me virar pra ele sorrindo. - Desculpe senhor .- Falo sorrindo falso. - Da próxima, desconto do teu salário . Ele me olha de cima a baixo e sai. Assim que ele vira de costas, eu lhe mostro o dedo do meio, com as duas mãos fazendo a Karina rir baixo . Era cansativo essa vida, porém não posso reclamar, já que tem várias pessoas sem emprego, como por exemplo a Aline, ela se matava de tanto botar currículo, mas ninguém a chamava. Esse país é uma m***a! - Pronta pra mais um dia ?.- Falo irônica fingindo estar animada . - Com toda certeza .- Karina diz também irônica . ######.###### Depois do meu expediente, fechei o restaurante e me despedi da Karina. Fui até o ponto de ônibus, peguei o mesmo, e parei no pé do morro, só em olhar aquela rampa, eu já me desfalecia, ligo pro Alessandro, e o mesmo desce pra me buscar . - As suas ordens princesa .- Ele diz brincalhão assim que subo na garupa de sua moto . - Vamos, e*****o .- Falo dando um tapinha em suas costas . Subimos o morro, e já estava anoitecendo. Chegamos na porta da minha casa, desci da moto, e paguei ele . - Vai no baile hoje ?.- Ele pergunta guardando o dinheiro no bolso. - Sei não, tô morta .- Falo desanimada por estar cansada. Só queria dormir, e acordar bem tarde amanhã, já que hoje é sexta. - Ah qual é. - Fala me encarando .- Achei que ia te dar uns pegas hoje. - Se manca Alessandro .- Falo o fazendo rir . - Um dia eu consigo novinha. - Diz ligando a moto novamente. - Talvez, quando eu estiver bem chapada, drogada e morta, quem sabe ?.- Falo abrindo o portão de casa e o mesmo sai rindo em sua moto . Não sei pra quê Aline trancava essa bosta, nunca conseguia abrir essa budega. Portão miserável! - Alineee. - Grito ela igual uma galinha cacarejando. - Já vai .- Ela grita me fazendo bufar . Já estava quase querendo pular o muro como da última vez . Me encosto no portão e suspiro encarando a rua, e pra piorar a minha vida, vejo o Gustavo passando em sua moto, e parando ao ver uns caras o chamando. Fazia tempos que eu não o via. Observo a cena, vendo o quanto ele havia mudado, pistola na cintura, tatuagens pelo corpo inteiro, cigarro na boca. Talvez eu nunca tenha o conhecido na verdade. Porém ele continuava lindo e maravilhoso como sempre . Ele parecia que estava ouvindo meus pensamentos. Ele olha pra mim e eu na mesma hora encaro o chão pra não ter que olhar pra ele, mas depois de segundos o encaro de novo, e o mesmo ainda me olhava . Tinha vontade de mata-lo por ter parado de falar comigo do nada, e nunca ter me dito o porque, mas também sentia vontade de abraça-lo novamente. Ele era minha caixa de segredos, agora era só mais um desconhecido, e eu o odiava por isso. - Pronto escandalosa. - Aline diz abrindo o portão . Entro rapidamente, sem olhar pra trás . - Como foi o dia ?.- Aline pergunta . - Oque ?.- Falo sem entender por ainda estar pensando no quanto odeio ele. - Ta viajando hein .- Diz rindo . - Você viu as tatuagens que o Guga fez ?.- Falo nervosa . - Ah, por isso não me ouviu, tava pensando no gostoso do Gustavo .- Diz se jogando no sofá .- Você também tem tatuagens Babi, tá falando de que? - Tenho, mas não como ele, e não tava pensando nele, tava só comentando.- Falo e a mesma ri . - Não é a mesma coisa Babi ? - Não .- Falo indo pra meu quarto . Tiro minhas roupas e entro no banheiro, tomando um banho longo, saio do banheiro e visto uma roupa qualquer, bem largada . - Ue, não vai no baile hoje não ?.- Aline diz já no meu quarto . - Não, não to afim de ver a cara do i****a .- Falo me deitando na cama. - Ah, qualé Babi, faz igual você sempre fez, ignora ele. Vamos nos divertir essa noite ! Penso por um tempo, e pensando bem, ela tava certa, eu merecia me divertir, eu só trabalhava igual uma condenada, precisava de um tempo pra mim mesma. Vamos a esse baile. ••• Estava acabando de me arrumar, e já estava dando um jeito no cabelo, que era o mais difícil. Aline já estava pronta e me aguardava na sala, sempre era isso, e ela odiava. Passo um batom nude, e saio do quarto com o celular na mão, o jogando na bolsa. - Já tava na hora cara. - Aline reclama se levantando do sofá. - Cala a boca e sai .- Falo a empurrando pra porta . Saímos e tranquei a porta e o portão, fiquei com as chaves pois sabia que a Aline não voltaria pra casa hoje, ela nunca voltava quando tinha baile, e não tava afim de ficar na rua . Subimos mais um pouco o morro, indo até a quadra de uma antiga escola que tinha na comunidade, e já podia ouvir o som extremamente alto. - Hoo xuliana... - Aline cantarola dando um t**a forte na minha b***a. - Ai sua vaca .- Falo passando a mão onde ela bateu .- Vai atrás dos seus machos e apaga esse seu fogo logo .- Digo a fazendo gargalhar . Entramos e já fomos pegando umas bebidas. Eu só queria beber, e ficar na minha, porém ou é um ou é outro, não sei fazer os dois de uma só vez, então prefiro beber. - Fala ai Babizinha .- KL diz sorridente com aquele dente de ouro ridículo . Nós brincavamos juntos, quando éramos crianças, mas ele também tinha virado um vapor, como a maioria dos meninos que eu convivia na infância. - Fala ai .- Digo normal. - Ta gatinha hein .- Diz passando a mão em meu cabelo . - Não toca essa mão suja no meu cabelo KL.- Falo tirando a mão dele de mim . - Sempre na defensiva né .- Ele fala sugando aquela maconha e jogando a fumaça pro ar . - Affs, eu mereço .- Falo saindo de perto dele. Odiava quando fumavam perto de mim, meu cabelo ficava com um cheiro h******l, e só em inalar aquele cheiro, já fiquei tonta, não sei como eles conseguem, isso já tem um cheiro h******l, imagina o gosto dessa fumaça, se é que aquilo tem gosto . A Aline, como sempre, já tinha sumido da minha vista. Rodei o baile todo atrás dela, e finalmente a achei no meio dos meninos. Ela continuava a mesma com eles. Não que eu não goste mais deles, eu gostava, porém sentia falta deles sendo como antes. Agora ? Eles eram cruéis com pessoas que vacilavam com eles, matavam a sangue frio, torturavam, roubavam, e muitas outras coisas, que prefero nem citar. - Fala ai Babi .- Eles falam assim que chego perto . - Oi meninos .- Falo tomando minha bebida . - Tava te procurando .- Aline diz bebendo a sua também . - Ah, to vendo .- Digo irônica . - Qual foi Babi, vai no churras do patrão ?.- Carlinhos pergunta, fazendo todos da rodinha me olhar. - Não .- Falo encarando o baile, e mexendo a cintura no ritmo da música que tocava. - Tu nunca vai mesmo .- Ele diz dando de ombros . - Então porque perguntou se já sabe que não vou ?.- Falo fazendo o pessoal rir dele . Ele me olha e também ri, depois de segundos eles foram chamados e saíram dali indo até o camarote . - Vamos mostrar pra essas barangas quem sabe dançar aqui .- Aline me puxa pro meio da pista . Sorri e dancei com ela. Fazia tempo que não nos divertiamos juntas assim, era bom esquecer de tudo, mesmo que fosse só por um tempo, chamamos a atenção de todos, rebolando até o chão, as inimigas só nos olhavam com cara de nojo, e como sou debochada, mandava beijinhos no ar pra elas. Tomei o resto da minha bebida, e reclamei quando acabou . - Vou pergar mais uma .- Falo pra Aline acima do som . - Pega uma pra mim também .- Ela diz, mesmo com sua latinha ainda cheia . Parei de dançar já suada, e fui até o freezer, abri o maior, pegando duas latinhas, e assim que o fechei, dei de cara com o Gustavo, encostado no mesmo, dei um passo pra trás com o susto, mas logo me recompôs. Desvio dele pra passar, porém ele fica na minha frente, me impedindo . - Com licença ?.- Falo o encarando . Ele não diz nada, só fica me olhando, e logo sorri. Como eu amava esse sorriso dele. m***a! - Uma é pra mim ?.- Diz se referindo as duas latinhas em minha mão . - Ah claro, o senhor é o dono do morro, então merece tudo na mãozinha, tome patrãozinho .- Falo debochada estendendo a lata pra ele e o mesmo fecha a cara pra mim. - Isso não teve graça .- Diz sério. - Que bom, porque não era pra ser engraçado .- Falo também séria . - Continua a mesma marretinha de sempre né ?.- Diz mudando sua expressão pra normal novamente. Não digo nada, apenas suspiro, tentando passar por ele, mas ele não deixa eu passar de novo, mas agora ele segura minha cintura de leve, me fazendo o olhar assustada. - Oque...você quer Guga ?.- Falo nervosa com suas mãos ali . - Tu ainda me chama de Guga .- Diz como se estivesse se lembrando desse tempo. - Ah, me desculpe por isso, patrão .- Falo fingindo estar realmente preocupada com isso e ele revira os olhos. - Porque tu não sai da defensiva só por um segundo ?.- Diz tirando suas mãos de mim, e por um momento senti falta delas . - Não estou na defensiva .- Falo nervosa . Odiava quando falavam isso ! - Jaé, queria eu mesmo te chamar pra resenha no meu barraco amanhã, tu nunca vai, então achei que podia ir pelo menos esse ano. - Se eu não tiver algo melhor pra fazer, talvez eu apareça lá. Ele ri do meu jeito de falar e seu radinho faz um barulho na hora. Ele o pega da cintura, me dando a visão de sua pistola também na cintura. - Manda o papo? .- Diz sério. - Qual é chefe, tem uns caras aqui na boca principal querendo uns bagulho pra pagar depois, sendo que eles já tão devendo .- Ouço o cara por ele falar alto. - Marca um dez, que já colo ai. Não vende m***a nenhuma ai não, se não apago você e eles . - Jaé patrão . Suspiro novamente por ver de verdade que ele não era o mesmo Gustavo que eu cheguei a gostar um dia . - A Aline ta me esperando. - Falo dando um passo pra frente mas suas mãos seguram meu braço me parando no lugar . - Quero levar um papo contigo .- Diz em meu ouvido. - Eu tenho que ir, me solta . - Falo puxando meu braço, me soltando dele e indo até a Aline rapidamente. Entrego a lata pra ela, onde ela ainda dançava feito louca, jogando os cabelos na cara das meninas . - Vou embora daqui.- Falo pra mesma. - Mais já ? - To cansada, acho que nem era pra eu ter vindo, vou descansar . - Tudo bem, vai lá, vou ficar mais um pouquinho .- Diz descendo até o chão. O pouco dela, é chegar amanhã as seis da manhã. - Tabom .- Falo já saindo do baile. Abraço meus braços por estar frio, e vou pra casa em passos largos. Sabia que devia ter ficado em casa essa noite. Não foi nada legal sentir aquelas coisas, com o toque do Guga. Eu o odiava tanto! ••• Acordei com o som extremamente alto, tocando um funk qualquer. - ALINE. - Grito ainda deitada na cama, mas ela não diz nada, e o som continua na mesma altura. Me levantei com raiva, indo até a sala e desligando aquela m***a de rádio. - Qual foi Babi, essa é minha preferida.- Ela diz com a vassoura na mão. - Eu não sou obrigada a ouvir isso nessa altura Aline.- Falo nervosa e ela apenas revira os olhos. - Alguém acordou irritadinha hoje.- Diz rindo varrendo a casa novamente. - E quem não acordaria com isso nessa altura? Volto pro quarto, pegando uma roupa e indo pro banho. Lavo meus cabelos, enrolo uma toalha na cabeça e saio do banheiro já de banho tomado. - Vai no churrasco do Gustavo ? .- Aline pergunta entrando em meu quarto. - Já disse que não.- Respondo vestindo minha roupa íntima. - Qual é Babi, tá na hora de esquecer essa sua birra com o Gustavo, passado é passado . - Não é birra, eu só não quero.- Digo já nervosa. - Sabe oque eu acho ? .- Diz me encarando.- Eu acho que você ainda sente algo pelo Gustavo. - De onde tirou isso ?. - Digo alto a encarando também.- Eu não gosto dele, pelo menos não mais. - Ficou nervosinha por que então? - Porque não gosto que falem mentiras.- Acabo de vestir minhas roupas e saio do quarto. - Não é só eu que penso assim, são todos .- Diz vindo atrás de mim. - Oque? .- Falo me virando pra ela rapidamente.- Estão todos, muito enganados. - Então prove que estamos errados, e vamos no churrasco comigo.- Diz de braços cruzados me encarando . - Eu vou mesmo .- Digo e ela comemora rebolando até o chão. Nunca vi alguém mais viciada em rebolar do que ela. *** Acabei de me vestir, e me encarei no espelho. Não estava afim de ir, mas iria pra mostrar a todos que o Guga não significava mais nada na minha vida a muito tempo. - Vamos Babi.- Aline grita da sala. Dou uma última olhada em mim no espelho, passando a mão no cabelo, e saio do quarto em seguida . - Vamos. - Falo já indo pra porta. Saímos de casa indo em direção a casa do Gustavo, porém Aline virou em outra rua me deixando confusa. - Ue, vai pra onde loka?.- Pergunto indo atrás dela .- A casa dele é por ali. - Faz anos que o Gustavo não mora mais lá naquela casa Babi, tá desenformada hein neném. Fico quieta, e vejo que realmente eu estava desinformada com tudo que envolvia o morro, e não estava triste por isso, pelo contrário. Chegamos perto de uma casa, onde tocava uns funk bem alto, encarei a casa, e vi que era a maior casa daqui. - É essa ? .- Pergunto olhando a casa. - Irada não é ? .- Diz sorrindo. Andamos até a mesma, e o som ficava cada vez mais alto. - Amooor, sou esse cara que você está vendo, sou problemático, um pouco ciumento...- Aline começa a cantar assim que chega no portão da casa. - Fala aí Babi, que milagre .- Magrinho diz com uma cerveja na mão. - Fala ai.- Falo seguindo a Aline. Chegamos atrás da casa, tinha uma piscina enorme, uma churrasqueira, um barzinho e várias cadeiras brancas . - Nossa.- Resmungo baixo. Ele conseguiu oque queria afinal. Umas meninas que estavam na piscina me olhavam como se não acreditassem que eu estava ali mesmo, me fazendo revirar os olhos. Sei que não era meu costume vim a festas do Guga, mas também não precisavam me olhar como se eu fosse o coelho da Páscoa em pessoa. - Toma aí.- Aline diz me entregando uma bebida.- Senta, senta... - Ela canta já descendo até o chão. Pego a bebida da mão dela, já abrindo e dando uns goles, sem parar de encarar o ambiente. - Não acredito que a Babizinha tá na casa do patrão, tu não mandou o papo, falando que não ia vim? .- Carlinhos diz chegando perto, com um sorriso no rosto. - Consegui fazer ela vim. - Aline diz orgulhosa, sem parar de dançar . - Tá gatinha hein Babi .- Ele diz sorrindo passando seu braços em volta da minha cintura . - E você deve estar drogado, pra estar encostando em mim assim .- Falo o fazendo rir e ele tira seus braços de mim, as levantando pro ar, como rendimento. - Essa tua marra, me amarra gatinha. - Vai dar uma volta Carlinhos.- Falo o fazendo rir, junto com a Aline . Acabo com a bebida em minha mão, e logo pego um whisky no barzinho ao lado. Olho pra perto da piscina, vendo a Aline aos beijos com o Giovanni, não perdeu tempo, ele era o amigo mais próximo do Guga, e também era envolvido, era o sub-gerente. Olho pro outro lado, vendo finalmente o Gustavo, ele estava lindo, como sempre. Que homem, meu Deus! - Chefinho, vem cá por favor .- Leandra diz com a voz mais fina do planeta. Ela era um saco, a mais rodada do morro, ela já tinha passado na mão de todos da boca. Gustavo foi até ela, e a mesma falou alguma coisa no ouvido dele, e ele sorriu descaradamente, mostrando suas covinhas, ridiculamente, lindas, Seu olhar se encontrou com o meu, e sua expressão foi de surpreso. Me virei pro bar, ficando de costas pra ele e não demorou muito ele já estava ao meu lado. - Olha só oque temos aqui .- Diz sorrindo.- A morena veio. - Não me chama assim.- Digo o ignorando . - Mas você é morena .- Diz como se fosse óbvio. - Meu nome é Bárbara, não morena.- Falo pegando o copo e saindo de perto dele, mas ele vem atrás. Fico parada encarando a piscina e todas as meninas rebolando na borda de biquíni, achando que estão em um vídeo clipe. - Tu gostou do meu barraco ?.- Ele pergunta novamente ao meu lado. - Fará alguma diferença se eu disser que não ? - Não! - Então porque está perguntando ? .- Digo tomando um gole da bebida sem o olhar. Ele me encara de frente, com os braços cruzados. Ele me olha de cima a baixo, me deixando desconfortável. - Oque foi ? .- Pergunto envergonhada .- Porque tá me olhando assim ? - Você mudou muito cara, ta com um corpo lindo .- Diz me observando. - Esta dizendo que eu não tinha um corpo bonito antes ? .- Falo cruzando os braços também o fazendo rir . Era apaixonada pelo sorriso desse i****a. - Antes tu era bem magrinha, mas ainda assim tinha um corpo maneiro. Mas agora, tu tá muito gostosa .- Diz baixo só pra mim. Sim, eu me arrepiei ouvindo isso dele, mas não deixaria ele perceber. Reviro os olhos e tomo mais um gole da bebida em minha mão. - Já me disseram isso.- Falo fingindo não ligar. - Cadê a Aline? .- Olho em volta, mas nada dela. - Deve estar com o Giovanni.- Diz acendendo um cigarro. Ele traga jogando a fumaça no ar me olhando. - Curte sua onda aí, que eu tô vazando.- Digo saindo de perto dele, indo até a piscina, mas o mesmo segura meu braço me fazendo olhar pra ele novamente. - Relaxa ai morena, quero levar um papo sério contigo. - Diz sugando novamente aquela fumaça. Antes dele falar alguma coisa, uma menina daqui do morro mesmo, da qual eu não sabia o nome, chega perto dele, dando um selinho nele bem na minha frente, e me encara com cara de nojo. - Qual foi Nara.- Ele diz nervoso.- Não tá vendo que tô conversando? - Amor, você me deixou sozinha lá na sala.- Ela diz manhosa, quase me fazendo vomitar. - Para de me chamar de amor, e vaza daqui agora. - Diz me fazendo olhar pra ele. Antigamente o Gustavo era a pessoa mais doce que eu já tinha visto, era quase impossível de ver ele irritado ou falando alto com alguém, mas agora, eu não conseguia reconhecer o Gustavo . Ela sai batendo o pé, e ele volta a me olhar. Sem esperar, alguém esbarrou nele por trás, e seu corpo foi contra mim, me jogando de cheio dentro da piscina, mesmo ele tentando me segurar, foi tarde demais. Todos gritavam e me zoavam, por eu estar de roupa, e com certeza, pela cara que eu fiz. Estava como um p***o molhado, com essa água cheia de cloro. Aí meus cabelos... Meus preciosos cabelos . - Tá me vendo aqui não ? .- Guga diz pro cara atrás dele, que pede desculpas a ele inúmeras vezes . - Ah, tá calor pô .- Giovanni diz rindo, com a Aline ao seu lado. Aline me olhava querendo rir. Eu mato essa vaca. Vou até a escada da piscina, subindo, e me encarando de cima a baixo. Ah que ódio! - Foi m*l aí morena...- Guga tenta falar mas o interrompo. - Não toca em mim .- Digo nervosa. Passo a mão em meu bolso, lembrando que meu celular estava ali, e agora estava todo molhado e não queria mais ligar. - Que m***a .- Digo irritada .- Olha oque você fez .- Falo pro Guga. - Qual foi, sabe que não fui eu .- Ele diz também nervoso .- Vê como tu fala comigo, não vem cantar de g**o pro meu lado não. - Ah...é verdade, me desculpe "Chefinho" .- Falo debochada. Ele me olha com os olhos explodindo de raiva, mas não estava ligando pra isso agora. Saí de lá, indo pra casa furiosa com meu celular encharcado na mão. Até sentir suas mãos grossas pegarem meu braço com força, me virando pra ele com brutalidade, me assustando. FERROU!

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