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O Doce Som - Livro um

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Blurb

Era seu fim.

Não um fim comum, não o fim que ela esperava ter, apenas um fim. Um fim medíocre para alguém que viveu de forma medíocre.

Ela só queria finalmente não precisar mais ouvir nada, sentir nada. Só desejava o vazio, fosse para ser consumida ou para consumir.

Então — Hey, sweetie... não acha que está exagerando?

Ele era superior à beleza, ao desejo mortal. Ele era a tentação, a personificação do m*l que os mortais tanto temiam. Era um demônio.

— Por que não? — foi o que ela perguntou para si mesma. Não havia ali mais nada para se perder.

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♰ Capítulo •⋅⊰ 1 ⊱⋅• Suicídio ♰
IMPORTANTE, LEIA: Olá querido leitor, gostaria de ressaltar que a obra está sendo revisada e reescrita, portanto existe aqui conteúdos que estão bagunçados no momento e muitos que serão retirados e apagados por completo. Espero que entenda e que continue conosco. Logo a história estará 100% atualizada e concluída. ✠ A V I S O • I M P O R T A N T E ✠ ♰ Essa obra está repleta de gatilhos e trata sobre depressão e pensamentos suicidas, assim como críticas religiosas e situações fantasiosas ♰ ♰ •⋅⊰ 2022 ⊱⋅• ♱ 2 meses e um dia para o fim do mundo... ♰ Ela estava cansada. Cansada de ter que ouvir aquilo de novo e de novo; cansada da reprovação, do olhar de nojo no rosto de sua mãe – aquele que só ela parecia notar. Estava cansada de tentar fazer com que todos a entendessem. Cansada de tentar se encaixar. — Seja grata, sua estúpida; nós a acolhemos, cuidamos de você — eles sempre diziam. Como se em algum maldito momento ela houvesse pedido isso a qualquer um deles. Claro, ela obviamente havia desejado por tudo aquilo. Todo o peso. A dor. A ansiedade. Quando havia sido sua primeira crise? Ela se viu pensando em dado momento. 4 anos, se lembrou. Estava escondida no quarto de sua mãe, parada em frente a um baú antigo. Ela tinha desligado por alguns minutos enquanto brincava e quando se deu conta, os dedos de sua Barbie haviam sido vítimas de um dos seus maiores tiques. Ela os havia mordido e mascado até que se tornassem quase algo plano. Estava estragado, mas ela era apenas uma criança. “Mamãe vai me odiar” ela pensou. “Ela vai gritar e brigar comigo”. “Ela vai dizer o quanto eu sou horrível e o quanto não pode me dar presentes sem que eu os estrague...” Não era justo. Ela sempre ouvia aquelas mesmas palavras, como se sua obrigação fosse ser perfeita em todos os momentos desde que conseguisse respirar. “Eu estraguei a boneca” repetia enquanto abraçava o travesseiro “ela vai brigar comigo de novo... vai me odiar”. Sua respiração então se tornava mais complicada de se controlar, suas pernas pareciam ceder e quando se deu conta, ela estava de joelhos chorando no travesseiro. Ela não podia fazer barulho. Não. Sua mãe podia ouvir, então perguntaria o porquê de estar chorando. Ela não queria que sua mãe soubesse. Ela nunca queria que sua mãe soubesse. Então porquê? Por que continuava daquela forma? Era exaustivo. Ela era apenas uma criança, apenas alguém que deveria viver; sorrir. Por que se preocupar? Por que chorar por algo tão bobo quanto uma boneca estragada? Não era justo, mas nada com ela havia sido justo desde que se lembrava. “Vai realmente fazer isso?” A voz irritante em sua mente a questionou, mas Liene dessa vez não queria a ouvir. Ela estava cansada demais. — Por que não? — Questionou em um murmúrio quase sem som — o que existe para si perder? Seus braços tremiam como os de uma criança que ainda não sabia ao certo o que fazer, mas a navalha em suas mãos pálidas ainda era segurada de forma firme e decidida. Sim, ela havia cogitado outras opções, mas todas eram complicadas demais. Remédios havia sido uma delas, a menos dolorosa, mas também a mais frágil e fácil de se retornar. Ela precisava de algo rápido, algo definitivo, algo que após ser notado o tempo seria crucial. Remédios era arriscado demais. Ela desejava um fim, não que seu inferno se tornasse ainda mais doloroso e tortuoso; não que todos a olhassem como se além de inútil e um infortúnio em suas vidas – alguém que agora desejava atenção. Então: navalhas. Ela sabia o suficiente. A porta estava fechada, trancada, demoraria no máximo vinte minutos após notarem que a porta estava trancada – para que conseguissem encontrar a chave e abrir em fim a porta que os separava. Era o tempo que precisava. Era tudo que ela precisava. O quarto estava escuro – como sempre. O ar gélido, a cama desarrumada. Sempre desarrumada. Qual havia sido a última vez em que ela tinha arrumado sua própria cama? Quando havia limpado seu quarto? Seu último banho? Quando se ouvia alguém falar em depressão, eles costumavam falar sobre como era difícil manter uma rotina ou até mesmo manter-se limpo, mas a verdade é que nenhum deles falava totalmente a verdade. Porque um depressivo não consegue ser sincero com seres que estão prontos para apunhala-lo pelas costas assim que ele sair. Eles nunca podiam ser 100% sinceros, nunca poderiam realmente dizer como era uma completa merda ser incapaz de se manter minimamente saudável. Minimamente limpo. Sim, claro; existem tipos de depressão, mas naqueles como os de Liene, apenas levantar de sua cama já era uma baita vitória. Então que tal se arrumar algo? Não, não era difícil arrumar sua cama, era impossível. Era impossível que seu corpo se movesse para ir até o banheiro, para que fizesse algo além de ir até o notebook e desligar enquanto deixa o tempo simplesmente passar. Era doloroso parar, pensar, tentar. Ela teria que ouvir tanto, lidar com tanto. Ela só queria que sua mente se calasse, fosse vendo algo i****a ou jogando até que seu corpo desmaiasse; ela também estava cansada disso. “Chega” ela se ouviu pensar “essa será minha última vez, que se dane”. Seu corpo caiu sobre a cama como sempre fazia. O lençol bagunçado, o colchão a mostra perto de seus pés. Seu gato – Lúcifer – miava em frente a porta em um desespero descomunal, mas naquele momento nem mesmo ele a faria levantar-se. Nem mesmo ele a convenceria de viver mais um dia. Liene sentiu o toque gelado das cobertas que possuíam seu cheiro e riu. O metal das navalhas tocou primeiro seu pulso esquerdo e sentindo arder enquanto o líquido espesso escorria, ela afundou a navalha no pulso direito - o mais forte que conseguiu. Dor. Ela deveria sentir dor, deveria sentir que seus braços doíam, até que a ponta de seus dedos se tornava doloridas, mas a verdade? Era quase um alívio. Como se seus pensamentos finalmente parassem, como se o sangue que se esvaia de seu corpo, levasse consigo tudo que a atormentava. “Talvez eu vá para o inferno” ela pensou enquanto ria – um riso baixo, sem som, sem alegria. O pingar do sangue no chão de cimento queimado começou a parecer-se a uma melodia. “Talvez não exista nada do outro lado...” Seu corpo lentamente se tornava mais frio, vazio. “Talvez... Deus esteja rindo de mim agora” A visão – que já não era das melhores –, se tornava turva e bagunçada, escura – além do normal. “Talvez eu falhe e tenha que ver aqueles olhos de reprovação outra vez”. E uma risada baixa foi então escutada. A porta havia sido aberta? Eles já estavam ali? Não. Não. Não. Não. Não. Não... por favor, não – era tudo que ela conseguia pensar. Lágrimas geladas desciam por suas bochechas. Ela precisava de mais tempo, ainda não era o suficiente. Por que não havia escutado a porta se abrir? Passos. Estava se aproximando, um após o outro – um barulho quase reconfortante. Reconfortante? Talvez a falta de sangue a estivesse deixando completamente louca. Eles a salvariam? Ou talvez eles a odiassem tanto a ponto de apenas deixa-la morrer. Eles assistiriam? Um riso bufado escapou pelos lábios daquele que se aproximava. Na visão ainda turva de Liene ela o viu de relance. Cabelos escuros, olhos esverdeados. Pálido, muito pálido, tão pálido que parecia irreal e algo pontudo parecia sair de sua testa. — Hey, sweetie... não acha que está exagerando? — A voz aveludada e sedutora a questionou com um tom brincalhão que a quase a fez esquecer em que tipo de situação ela realmente se encontrava. “Exagerando?” Ela pensou desejando ter forças para rir. Ela estava exagerando? Era isso? “Quem sabe...” — A vida parece tão r**m assim? — Ele insistiu e mesmo quando ela virou levemente o rosto em sua direção, não conseguiu ver nada além de escuridão. Dedos longos deslizaram por seus cabelos cacheados e ele suspirou. — Você poderia ter se divertido... — resmungou — então, porquê não faz um pacto comigo? PACTO. Foi como ouvir todos os sermões religiosos gritando em sua mente naquele momento. Sua mãe a queimaria viva se ouvisse aquela palavra sair por seus lábios; ela a destruiria – se é que ainda restava algo a ser destruído. Ela a odiaria. A condenaria. A tornaria algo além de uma bruxa a ser jogada na fogueira, a tornaria a vilã que todos sempre desejaram pintar. Liene sabia, todos sabiam; não havia nada de bom para falar sobre ela, jamais haveria. Então, porquê ela sentiu medo ao ouvi-lo sugerir um pacto? Por que excitou por um único segundo? Não havia lugar para ela ali. Nunca haveria. Não havia uma família para retornar, nem uma casa para chamar de sua. Era inútil, era doloroso. Tudo pelo que lutou, tudo com o que sonhou, era parte de uma farsa que jamais se tornaria real. Era parte de um mundo ilusório que preferiu criar para amenizar a dor de saber que jamais se encaixaria onde a haviam jogado. Ela sempre seria aquela coisa inútil que pegaram para cuidar. Sempre seria aquela que deveria agradecer. Ela era apenas isso; um enfeite vazio. Uma decoração. A boneca de porcelana de sua mãe, a princesinha obediente e submissa de seu irmão. Então... por que não? Por que se manter presa a algo que apenas machucava? Por que manter-se ali em um rótulo ou caixa que não condizia com suas vontades? Verdade. Ela nem mesmo sabia quem era... Então... — Por que não? — Ela balbuciou e então se questionou se aquele corpo torpe ainda era realmente seu, se agora não estava delirando em um hospital qualquer, entre a vida e a morte, entre o momento esperado e a agonia de permanecer ali, mas antes que se desse conta, sua consciência se foi, se perdeu no abismo da realidade e a abandonou como a companheira que ela nunca desejou para si; tão rápido e delicado quanto o toque que percebeu tarde demais – o toque de lábios macios e quentes contra os seus. O beijo de um demônio que agora selava com ela seu pacto assim como amantes selavam suas juras de amor. Com um beijo. •⋅⊰ ♱ ⊱⋅• ♰ Apocalipse • 1 1.Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu para mostrar aos seus servos o que em breve há de acontecer. Ele enviou o seu anjo para torná-la conhecida ao seu servo João, 2.que dá testemunho de tudo o que viu, isto é, a palavra de Deus e o testemunho de Jesus Cristo. ♰

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