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Uma Nova Era

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intro-logo
Blurb

Mia Harper perdeu sua mãe em um acidente de carro quando tinha 9 anos, desencadeando crises de pânico nela e o alcoolismo em seu pai, algo que depois de tanto tempo ela nunca perdoou. Após 8 anos de sua perda, podia até ser considerada uma jovem normal, mas tudo isso mudou quando o planeta Terra foi atingido por uma bomba nuclear deixando uma parte do planeta destruído. Na parte não destruída, o exército selecionou e testou determinados jovens para irem ao outro lado descobrir se alguém ou "o que" sobreviveu.

Enquanto os jovens escolhidos lutavam pela sobrevivência no lado destruído, a parte da Terra que continuou intacta foi dividida, sendo criado um Império, onde os mais ricos reinavam sobre os mais pobres.

Mia e os outros passarão por experiências que nenhum ser humano nunca imaginou.

Com o passar do tempo descobrirão segredos que jamais foram revelados.

Apesar das perdas e mudanças que enfrentarão pelo caminho, eles lutarão por esse planeta.

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Capítulo 1 – O Começo
"Mas o mais feliz de todos é aquele que não nasceu ainda e nunca viu toda a maldade que existe debaixo do sol." (Eclesiastes 4:3)                                                                                           ●●●   Há 10 anos o Planeta foi destruído. Atlanta, 24 de Novembro de 2024. O ataque aconteceu. Me lembro de tudo como se fosse ontem. Meu irmão e eu estávamos sentados no sofá de casa, na TV exibiam a notícia: OBJETO NÃO IDENTIFICADO ESTÁ CAINDO EM DIREÇÃO AO PLANETA TERRA. Estava tudo calmo. Então a Terra tremeu, ninguém sabia o que estava acontecendo, mas mesmo assim ouvimos gritos de pessoas saindo de suas casas. Imediatamente meu irmão e eu fomos para fora ver o que estava acontecendo. O tremor ficou por alguns minutos, depois parou. Voltamos para dentro ver na TV o que aconteceu. As notícias mostravam imagens do satélite, o Planeta estava metade destruído, mas a outra parte não havia sofrido algum dano. Em menos de uma hora o exército invadiu as cidades não atingidas levando alguns jovens com eles, incluindo eu, que assim como os outros, fui levada sem minha família. Me algemaram e colocaram-me em um veículo, logo cobrindo minha cabeça com um tecido preto. Senti quando paramos. Tiraram o tecido e as algemas, vi que estávamos em uma espécie de lugar refugiado que parecia ser no meio do nada. Fomos conduzidos aos dormitórios, recebemos roupas e suprimentos. Ficamos lá por uma semana, sem saber o que estava acontecendo. Confesso que foi difícil, todos faziam perguntas, estávamos todos com medo do que poderia acontecer conosco. Depois de ficarmos confinados todo esse tempo, fomos levados para uma sala com a identificação de número 24. Todos se sentaram nas cadeiras enfileiradas, olhavam uns para os outros sem saber o que estava acontecendo. Entra na sala um homem vestido de preto. _ Meu nome é Matt Oliver, - começou ele -  vocês talvez nos identificam como exército, mas na verdade somos os seus treinadores... _ Treinadores?! - Matt é interrompido por uma voz no fundo da sala - Estão nos treinando para quê? O que aconteceu? Onde estão nossas famílias? _ Olá para você também Catherine, e sim sei os nomes de todos vocês, todas as suas perguntas serão respondidas com o tempo, mas agora vocês precisam saber que isso é uma guerra, e em uma guerra não se luta para perder e sim para ganhar. Vocês serão treinados durante alguns dias, os que se saírem melhor serão escolhidos para irem ao outro lado em busca de sobreviventes e descobrir o que realmente aconteceu do dia 24 de Novembro de 2024. Agora vão para o campo de treinamento. Como ele sabia o nome dela? E essa história de treinadores? - Pensei, tentando não imaginar o pior. Ficou um silêncio na sala, mesmo sem querer todos foram obrigados a se levantarem e seguir em fila até o campo, eram exatamente 100 jovens, todos eles com idades de 16 até 18 anos. Foi o que eu ouvi de uma conversa dos ''treinadores'' que estavam na porta da sala 24. Na entrada do campo nos deparamos com uma mesa de madeira com grande extensão, em cima dela estava cheia de armas de diferentes tamanhos, entre elas uma me chamou a atenção, então caminhei até lá. Era um tipo de espada como as de samurai, com um cabo vermelho e em sua lâmina estava escrito ''Bushido'', e eu com certeza não havia entendido o que estava escrito. _ Eu não sei nem o que significa o nome nesta arma, ainda mais usar ela! - disse comigo mesma, indignada. Percebi um menino japonês, talvez mestiço, de aproximadamente 16 anos vindo em minha direção. Ele se aproximou da espada e observou-a detalhadamente. _ Caminho do Guerreiro. – disse ele, ainda olhando para a espada. _ O que você disse? - perguntei a ele, procurando entender o motivo dele dizer aquilo. _ O nome na espada significa “Caminho do Guerreiro”. _ Entendi o que você quis dizer! Acho que obrigada. Como você se chama? _ Chay Yeun e você? _ Sou Mia, Mia Harper - faço uma pausa - Já escolheu sua arma? _ Eu não gosto de armas de fogo então escolhi um arco composto, foi o mais parecido com arco e flecha que eu achei - ele sorriu. _ Mas por que tinha que ser necessariamente algo parecido com arco e flecha? - franzi a testa. _ Eu caço desde criança com arco e flecha, acho mais fácil eu escolher uma arma que eu já sei manusear. Eu e minha família morávamos perto de uma reserva florestal. Meu pai e eu caçávamos todos os dias quando o sol ia se por. Éramos uma família feliz, até o dia 24. _ Como assim ''éramos'', sua família não estava do lado não destruído? _ Minha mãe estava, mas meu pai não, ele é médico e teve que ir para a África, ficaria somente 2 semanas, mas com o que aconteceu eu não sei se vou vê-lo de novo. Fiquei em silêncio, tenho a certeza que qualquer coisa que eu dissesse não iria ajudá-lo no momento. De repente todos começaram a olhar para o centro do campo, lá estava um homem que parecia ser o líder dos treinadores. _ Não lutem por vocês - gritou ele -, lutem pelo planeta. Os testes vão começar peguem suas armas e tentem sobreviver ao caos. Lutem e vençam essa guerra. O Homem saiu do campo rapidamente. Um forte som grave tocou, como o de um alarme de incêndio. Todos se entreolhavam, então um garoto atirou em outro e assim alguns fizeram o mesmo, outros, assim como eu, correram para se esconder atrás das árvores com suas armas nas mãos. Enquanto muitos lutavam, uma menina me chamou a atenção, porque ela tinha aproximadamente 10 anos e eu ainda não tinha visto nenhuma criança no refúgio. Essa menina estava sentada no grama com a cabeça entre as pernas, mesmo de longe era possível ver as lágrimas caindo no gramado. Notei um jovem que talvez tivesse minha idade se aproximando dela, no mesmo momento ele aponta uma arma na cabeça da garotinha e puxa o gatilho. _ Não, ela é só uma criança, não fez m*l a ninguém! - gritei, saindo de trás das árvores e correndo na direção dos dois. _ Isso é uma guerra, e em uma guerra não se lutar para perder e sim para ganhar. Eu recebi uma ordem; sobreviver. - disse o jovem. Ele tremia, percebi que estava fora de si. _ Mas para sobreviver você não precisa m***r. – disse calmamente, segurando o braço do jovem, tirando a arma de sua mão e jogando no chão. No mesmo instante o som tocou novamente. Dois soldados correram em minha direção, agarraram meus braços e me arrastaram para uma sala fora do campo. Era praticamente escura e sem ventilação, a não ser pela única janela que trazia a luz. Me sentei em uma das duas cadeiras que tinham na sala. O mesmo homem que parecia ser o líder dos treinadores entrou, sentou na outra cadeira e me observou como se eu tivesse feito algo de errado e estivesse pensando em uma punição. _ Por que você ajudou uma desconhecida? - disse ele. _ Eu ainda tenho um coração, ainda sou humana. – respondi, sem demonstrar minha raiva. _ Eu também tenho um, mas agora não é a melhor momento para usá-lo. _ Faz ideia de quantas pessoas morreram naquele campo agora!? _ Sim. Foram exatamente 30 pessoas. Agora vocês são em 70. _ Meu Deus! _ Eu sou o General Charles Scott, não bem um prazer em conhecê-la senhorita Harper, mas vamos ao que interessa. Bom, vocês vão passar por mais três testes, cada um deles com diferentes dificuldades. O primeiro teste foi de sobrevivência, os outros você só vai descobrir se tiver forças para lutar e continuar viva. Nosso objetivo é escolher apenas cinco jovens, esses cinco irão para o lado destruído em busca de sobreviventes. _ O que vocês estão fazendo conosco é desumano, obrigando um a m***r o outro. Não podem nos obrigar a lutar em uma guerra sabendo que só vai levar a morte! _ Eu tenho absoluta certeza que ainda existem pessoas para lutarem por este planeta e eu acredito em vocês. Agora volte para o campo de treinamento sem questionar e vá fazer o segundo teste. E mais uma coisa, eu não sei o que você tem, mas você é diferente, não é como os outros que só se importam com eles mesmos. _ É, eu tenho um coração, isso faz uma grande diferença em uma pessoa. Eu me levantei e imediatamente dois soldados me conduziram de volta ao campo de treinamento. Todos me olhavam, pareciam que estavam esperando que eu dissesse algo, mas eu não tinha nada a dizer, na verdade eu sabia de muita coisa que nenhum deles nem imaginava, mas as vezes é melhor ficar calada, se eu dissesse algo todos iriam querer dizer ao mesmo tempo, iria virar um tumulto, então eu escolhi me calar. Todos voltaram seus olhares para o General que novamente estava no centro do campo. _ Esse foi o primeiro teste, agora vocês vão para o segundo. Lembrem, não lutem por vocês, lutem pelo planeta. Muitos começaram a discutir entre si: _ Segundo teste!? Onde vamos parar desse jeito!? _ Estamos todos condenados a morte! _ O que vamos fazer, m***r uns aos outros novamente!? A maioria entrou em pânico. Percebi Chay vindo em minha direção. _ O que ele te falou? - perguntou ele. _ Ele me disse que vamos passar por mais três testes. Eles querem escolher apenas cinco jovens para irem ao outro lado buscar sobreviventes. – disse a ele. _ Isso não é justo, m***r pessoas inocentes! Por que eles mesmos não vão achar os sobreviventes? _ Eu não sei. _ São apenas pessoas, qual o motivo de não quererem ir? No mesmo momento senti alguém atrás de mim. _ O problema é esse, eles não são inteiramente pessoas! Me virei para ver quem havia dito aquilo. _ Quem é você? E por que diz isso? - disse, sem entender _ Eu sou Catherine Sayler, a garota que interrompeu Oliver no “grande discurso” - ela riu. - Eu escutei ele conversando com um treinador e estavam dizendo que o planeta não foi atacado, ele foi infectado, fazendo com que os seres humanos que foram expostos a bomba tivessem força além do normal. Chay e eu ficamos em silêncio, sem entender nada do que Catherine falava. Olhei para os lados e vi dois soldados correndo em nossa direção. Eles agarraram Catherine, arrastaram ela como se fosse um cachorro e a amarraram-na em uma árvore. Imediatamente Chay e eu corremos atrás dela, mas era tarde demais. Dois soldados nos seguraram antes de chegarmos perto dela. O General Scott apontou uma arma na cabeça dela, puxou o gatilho e disse: _ Você não lutou por este planeta. E atirou, todos pararam o que estavam fazendo e observaram em silêncio, ninguém queria acreditar no que ele acabou de fazer. Mas eu não consegui me calar. _ Ninguém aqui luta por esse planeta. Todos nós lutamos porque somos obrigados, porque ainda queremos voltar vivos para nossas famílias! - gritei, com as lágrimas prontas a cair de meus olhos. Os soldados nos soltaram. Eu cai de joelhos, segurando as lágrimas. Chay se aproximou de mim com os olhos cheios de lágrimas e me ajudou a levantar. Os mesmos soldados vieram novamente em nossa direção. _ Não precisa me arrastar, eu já sei o caminho! - gritei, puxando meu braço. Um dos soldados olhou diretamente para mim. _ Você sabe, mas seu amigo não. - disse, um dos soldados. Eles nos levaram até a sala que conversei com o General. Chay e eu entramos e sentamos, mas dessa vez Charles já estava nos esperando. _ O que vocês pensam que estão fazendo? - disse o General, com tom de raiva. _ Nós estamos sobrevivendo! Não é isso que você queria que fizéssemos? Você fez 70 pessoas matarem 30. Você assassinou uma garota inocente bem na nossa frente! - disse, com o mesmo tom que ele usou. Me calei, segurando as lágrimas. Chay se levantou e foi em direção ao General. _ Você a matou porque ela sabia o que estava acontecendo do outro lado. – disse Chay, calmamente. _ Como você ... - Charles começou a dizer, mas foi interrompido por Chay. _ Agora vai nos m***r também!? _ Não, porque eu preciso de vocês. Agora sente- se, eu vou explicar o que aconteceu. - Chay o obedeceu, se sentando logo em seguida - Na manhã do dia 24, o satélite captou um objeto não identificado sobrevoando o Planeta Terra. O exército foi chamado, passamos por diversos testes nos instruindo o que fazer se isso fosse uma bomba, na verdade um dia você entenderá Mia. Depois que caiu, fomos de helicóptero até o lado destruído para ver se achávamos sobreviventes, mas o que achamos foram pessoas, seres humanos, levantando carros e jogando escombros com as próprias mãos em cima de prédios. Depois de vermos isso ficamos assustados, não sabíamos como contar isso para o resto do mundo, então decidimos não contar. Nenhum de nós estava preparado para isso, e foi por esta causa que pegamos os jovens de 15 até 18 anos, para testá-los e prepará-los para o pior. _ Então vocês tem medo de ir até lá!? - diz Chay. _ Nós não temos medo de ir lá, qualquer um pode fazer isso, nós temos medo do que há lá. - disse o General. _ E você quer que vamos lá fazer o quê? Se as pessoas que estão lá tem ''poderes''. Se quer nos m***r me dê meu arco e flecha que eu mesmo faço isso de maneira mais rápida do que ser massacrada por “Híbridos”? _ “Híbridos”? É assim que você chama eles!? _ Vi isso em um filme antigo, mas como gostaria que eu os chamassem!? _ De assassinos. É isso que eles são! _ Assassinos? Você matou Catherine na frente de todos só por ela ter contado a verdade para nós! A única pessoa que deve ser chamada de assassino aqui é você. _ Diz isso porque não foi você que viu pessoas lançando carros com as mãos. _ Eu digo isso porque eu vi você matando uma jovem inocente. Ficamos em silêncio por alguns segundos. _ Eu sei quem é você, e você é um assassino. – disse por fim. Enxuguei minhas lágrimas. Chay e eu nos levantamos e saímos sem dizer mais nenhuma palavra. Caminhamos até o campo de treinamento. No momento que chegamos o som tocou, os soldados caminharam em nossa direção com nossas armas nas mãos e entregaram a nós. _ Agora ninguém sobrevive só. - disse um deles. (CONTINUAÇÃO DO CAPÍTULO EM SEGUIDA)

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