Bad Blood - Draco Malfoy

Enfim chegou o grande dia, hoje vou para Hogwarts “A melhor escola de magia e bruxaria do mundo”, foi o que ouvi meu pai dizer nos últimos três meses, ele ainda está abalado com a morte da Stela. Ela tinha apenas dez anos, entraria este ano na nossa escola em Nova Iorque Ilvermorny, mas ela caiu de um penhasco, alto o suficiente para machucá-la de maneira que dormisse e nunca mais acordasse, meus pais dizem que foi um milagre eu sobreviver, apesar de não me lembrar de nada. — Está nervosa, querida? — perguntou minha mãe. Havíamos conversado antes de decidirmos nos mudar, ela estudou em Hogwarts, era da corvinal, meu pai era da grifinória. Vai ser embaraçoso escolher minha casa aos dezesseis anos, mas não tenho controle algum sobre isso. — Um pouco — respondo. — Hogwarts é como sua segunda casa — disse meu pai, enquanto colocava sua gravata preta. Ele conseguiu um emprego no Ministério da Magia, não sei bem o que ele faz, mas é importante. Já minha mãe desfaz feitiços no Banco de Gringotes — Nós podemos ir? Não vai querer perder o trem. — Com certeza. — Não vai levar nenhum animal mesmo? — Não, as opções não me deixam levar um cachorro. — Sorri — Não sou muito fã de gatos ou ratos, e sapos não são tão convidativos e sabem que tenho medo de corujas. — Cresceu com elas Alhena. É apenas um medo irracional, pode levar um sapo — sugeriu meu pai. — Não quero me preocupar com animais enquanto estiver por lá. — Você quem sabe. Após muita conversa e explicação sobre como a escola era, finalmente chegamos na estação de King's Cross, era bem mais limpa do que as estações de Nova Iorque e com certeza bem mais velha. Entro no trem e vejo várias cabines, estavam todas lotadas, caminhei para o final do trem e entrei em uma cabine onde havia poucas pessoas. — Com licença, eu posso ficar aqui? Todas as cabines estão lotadas, se não for incomodar vocês, claro. — Todos me encaram e sorriem. — Claro, pode sentar. Prazer eu me chamo Ginevra Weasley, mas pode me chamar de Gina. — Estendeu a mão. — Prazer, eu me chamo Alhena Virgo. — Aperto sua mão e me sento. — Esses são Harry, Rony meu irmão e essa é a Hermione. — Todos me cumprimentam e continuaram me olhando. — Desculpa a pergunta, mas você é aluna nova? Nunca te vi por aqui antes — perguntou a garota de cabelos castanhos, que Gina havia chamado de Hermione — Sim, eu e minha família nos mudamos para Londres, morávamos em Nova Iorque. — Sério? Por que mudaram? — perguntou o garoto ruivo. — Tenha modos Rony. — Hermione o repreendeu e o outro garoto deu risada. — Ah bom... — Abaixo a cabeça e encaro meus pés, eu nunca falei sobre o acidente em voz alta, ainda mais para estranhos — Minha irmã mais nova sofreu um acidente e decidimos nos mudar, para esquecermos daquele dia, mesmo eu não me lembrando de nada. — Mas ela está bem? — perguntou o garoto de óculos. — Bom, ela não sobreviveu à queda. — Todos me olharam com pena, mas ficaram em silêncio. — Sinto muito — disse o moreno. — Eu sei como é perder quem amamos. — Apenas sorri e balancei a cabeça, eu não conseguia chorar por Stela, desde o início isso trava em minha mente, não sei o porquê. — E aí, galera! — Duas vozes tomaram conta do local enquanto a porta batia — Quem é a nossa amiga? — Dois garotos ruivos me encararam. — Ah, prazer eu sou Alhena. — Me levanto e os cumprimento. — Prazer, eu sou Fred. — E eu sou o Jorge. — Eles são nossos irmãos — explica Gina. Ficamos conversando durante toda a viagem, eles estavam curiosos sobre minha antiga escola e em como Dumbledore concordou com a minha transferência, já que estou nos últimos anos. Ronald comentou sobre a viagem que fez ao Egito alguns anos atrás, Harry e Gina apenas escutavam e riam, Hermione parecia ser bem inteligente e contou que seus pais eram trouxas, já as histórias dos gêmeos me faziam perder o fôlego de tão engraçadas e divertidas. — Alhena, pode ir colocar suas vestes, já estamos quase chegando — alertou Hermione, enquanto pegava seu gato no colo. — Claro, obrigado. — Me afasto um pouco. — Você não gosta de gatos? — Tenho um pouco de medo. — Todos riem. — É sério? — Aceno positivamente com a cabeça. — Eu vou me trocar. — Sai da cabine. Enquanto ia ao banheiro reparei nos uniformes, minha escola também tinha suas cores, mas as casas não eram tão levadas a sério quanto as de Hogwarts. Eu estava com medo de não me identificar com o que o chapéu seletor iria decidir, afinal de contas, ele era apenas um chapéu. — Vai logo.— Alguém me empurra e eu me viro, dou de encontro com uma garota que estava com a cara fechada. — A educação mandou lembranças para você — respondo. — Você está atrapalhando a fila. — Cruzou os braços. — Não estou vendo mais ninguém reclamando, se está com tanta pressa deveria ter vindo mais cedo. — Porque ninguém tem coragem de falar, i*****l. — Respiro fundo e a encaro, apenas entro no vestuário e consigo ouvir a mesma reclamando, saio e a confronto. — Todo seu, querida. — Passo por ela e mais duas garotas. — Com certeza é uma sangue-r**m — diz alto e em bom tom, tento segurar minha raiva, mas é em vão. — Se você falar mais um “A” sobre mim, eu uso um Avada em você! — Estava com a varinha em seu rosto a segurando contra a porta. Nessa altura já havia chamado a atenção de todos. — Você não ousaria — retrucou. — Experimente! Eu não me importo nenhum pouco. — Alguns garotos que estavam ao redor começaram a rir da situação. — Me deixem passar, o que está acontecendo? — Uma voz surgiu entre o tumulto e um garoto loiro apareceu nos encarando — O que você fez Astória? — Eu não fiz nada. — Nada? — A empurro ainda mais e a solto — Se você ao menos pensar algo sobre mim, eu não me responsabilizo. — Todos afastaram-se e o garoto aproximou-se. — Você sabe que pode ser expulsa, não é? — Eu não ligo. — Tanto faz. Depois de toda aquela cena de boas vindas no trem, finalmente chegamos ao castelo, Fred e Jorge ficaram o caminho inteiro reclamando porque não haviam conseguido apostar em quem ganharia a briga, ouvi um sermão de Hermione, ela parecia a minha mãe. Todos foram para o salão comunal e eu tive que ficar com os mais novos, até que uma mulher alta com óculos meia-lua e capa preta apareceu. — Alunos, formem uma fila única e me acompanhem. — Todos nós a seguimos. O castelo era incrível, o céu aparecia e mostrava todas as estrelas — Dêem um passo à frente quando eu chamar seu nome. Nolah Drake. — Um garoto ruivo aproximou-se e sentou-se, então o chapéu começou a se mover. — Lufa-Lufa. — Todos aplaudiram e ficaram quietos novamente. — Alhena Virgo. — O que? Droga! Me aproximei do banco e me sentei, a mulher colocou o chapéu e ele começou a se mexer inquieto. — Mmm... corajosa, muito corajosa, muito bondosa, mas sua ambição te levará a tomar decisões difíceis, está pronta para isso? Encarar os demônios do passado que ainda te assombram. Tem uma mente brilhante, se daria bem com os corvinos, não. Então que seja, sonserina! — Os alunos aplaudiram, reparei que a garota que briguei estava sentada à mesa, por Merlin. Após toda a cerimônia e o jantar, alguns avisos foram dados e fomos todos para nossas salas comunais, eu estava morta de cansaço.