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Bem vinda, vida adulta

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Mariah Martinez por fim chegou à sua vida adulta ! Junto com a chegada dessa fase, ela se vê enfrentando novos dilemas no meio da busca por seus sonhos, além de enfrentar problemas e reencontrar pessoas importantes em sua vida...

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Agora eu tinha um plano
Então, lá estava eu, em Boston... Como mamãe tinha feito questão de comprar um imóvel, as coisas eram um pouco mais simples do que normalmente são para todos os calouros da Universidade, mas enfim, na cabeça da minha mãe, eu precisava manter o foco nos meus estudos e não nas preocupações rotineiras da maioria dos estudantes: “alojamentos não tem privacidade”, “não vai ter espaço para as suas coisas”, “olha esses banheiros, que horror” e coisas do gênero. Ela fez um discurso de quase uma hora sobre comer comida fria no refeitório, sobre não ter onde aquecer uma sopa, sobre não ter a liberdade de gelar um vinho, e então, eu acabei cedendo. Cambridge era uma cidadezinha agradável, de verdade, mas mamãe me convenceu que viver em Boston era melhor, e depois de alguma procura, encontrei um estúdio em Boston: tinha duas suítes, uma sala grande com cozinha e lareira e fim. Era um antigo edifício industrial com sacadas com vista para a ponte e um terraço, já que eu era a moradora da cobertura, tinha uma vaga de garagem uma ótima vista e o melhor, eu estava há quinze minutos do campus da Harvard. Spencer fez questão de me acompanhar durante minhas semanas de adaptação em Boston, e sinceramente, esse era o mínimo que eu esperava, e dali ele voaria para New York onde seu semestre começava uma semana antes do meu. Mamãe ficou agradecida, pois tinha muitas coisas para resolver entre Los Angeles e Washington, e então, três dias depois do aniversário de Amelie, eu e Spencer embarcamos para uma nova aventura, onde tínhamos um mundo inteiro de novas possibilidades.             O apartamento era mobiliado, mas eu precisaria ir atrás de algumas coisas para a cozinha, roupas de cama e coisas do tipo, então se eu tivesse companhia do Spence durante esse processo, certamente seria mais fácil. A questão do carro foi muito, muito discutida antes que eu saísse de Los Angeles: Spence vendeu a Renegade para Peter, e comprou uma moto em New York. Eu não consegui desapegar do meu Impala, então deixei na casa do meu pai, no East Garden. Spence sugeriu uma moto, mas o meu pai quase infartou com essa possibilidade, então, com os provenientes do meu mercado de pulgas e de uma grande parte das minhas economias, somados à alguns presentes, acabei adquirindo, com a benção de Spencer e da minha Mãe, um Chevrolet Cruze, segundo dono e de baixa quilometragem. Acreditamos ter sido um bom negócio, e Spence e eu decidimos que eu poderia viajar com tranquilidade até o apartamento onde ele vivia em New York, no Greenwich Village e assim, poderíamos nos ver, ao menos duas vezes por mês. Os primeiros dias foram absurdamente intensos e maravilhosos: compras, s**o, festas e nós dois nos divertindo muito, mas conforme esses dias iam passando, tanto eu quanto Spence sabíamos que nossa separação se aproximava, e o clima foi ficando um pouco r**m. - E ai, está ansiosa pelas aulas? – ele perguntou para mim numa tarde de sexta-feira. O sol ainda quente do fim do verão brilhava com intensidade sobre o rio, e nós dois curtíamos essa paisagem sentados no sofá da sala. - Um pouco – aninhei-me novamente em seu peito – eu vou sentir sua falta, sabia? - Tem certeza? – ele parecia sério. - Claro que sim – respondi – e você? Vai sentir minha falta? - Claro que eu vou – ele apertou o abraço – mas estou com medo. - Medo? – encarei Spencer. - Sim – ele suspirou – você vai começar uma nova etapa, e eu estou inseguro. - Porque? – perguntei. - E se você encontrar alguém? – ele perguntou-me. - Spencer – encarei ele novamente – e se você encontrar alguém? Sabe que nós dois já conversamos sobre isso. - Não quero perder você – ele apertou novamente o abraço. - E eu também não quero perder você – eu falava a verdade, os últimos anos da minha vida haviam sido incríveis, e em boa parte, por causa dele, e a ideia de perde-lo ia muito além de saudades, porque eu teria que encarar isso em todos os feriados em casa – mas o foco... - Sim – ele me beijou – eu sei – suspirou – vou me controlar, vai dar tudo certo. - Com certeza – sorri – e vamos nos ver sempre que possível. - Sim, nós vamos – ele sorriu.             O clima ainda era de despedida no sábado e no domingo, e quando a terça feira chegou, com o vôo de Spence marcado para as dez horas, eu consegui segurar bem a barra enquanto íamos: não chorei e não tive nenhum tipo de surto, mas quando dirigi do aeroporto para casa, sozinha, precisei parar duas vezes para me acalmar antes de chegar... O meu apartamento parecia imensamente vazio quando ele foi embora, e nos dias que se seguiram, aos poucos, eu consegui ir colocando minha cabeça em ordem, principalmente porque eu encontrei distrações interessantes, como cultivar plantas nas minhas sacadas.             Era estranho estar sozinha, mais estranho ainda, eu acreditava, era a dualidade de sentimentos: eu estava amando a minha liberdade de estar sozinha, de estar em meu lugar, e ao mesmo tempo, estava morrendo de saudades de Spencer, e detestava estar sozinha, acho que nunca estamos satisfeitos com nada, mesmo. A paz de se fazer o que quer, quando quer, era praticamente impagável, e ao mesmo tempo, a cama vazia parecia, de certa forma, me lembrar do que eu havia deixado de lado, pelo sonho da Harvard: eu podia estar na Columbia, se eu tivesse me esforçado mais...             Trabalhei duro durante a semana, organizando o apartamento, fazendo compras de coisas que eu havia esquecido, que haviam faltado – como luvas de borracha para limpeza pesada e um amolador de facas, eu nunca tinha me preocupado com nenhuma dessas coisas, até o exato momento em que eu precisei usar ambas, no mesmo dia. Mamãe ligou na noite de quinta: - Oi – eu disse tentando parecer animada. - Tudo bem ai? – ela pergunta ofegante e eu sei que ela deve estar um pouco ocupada. - Sim e com você? – pergunto – Onde anda? - Los Angeles – ela responde. - Legal... – e num esforço para parecer interessada – e como estão as coisas? - Boas – ela diz – acabo de encontrar a Mia e o Peter no supermercado. - Sinto falta deles e da Amélie... – eu digo. - Eles também sentem a sua falta, logo o bebê vai nascer – minha mãe diz e eu sei que essas coisas a incomodam. - Sim – e tento mudar de assunto – vou buscar meus livros amanhã – eu não ia, apenas falei aleatoriamente, para mudar o rumo da conversa – passar na feira livre, pela manhã e ir até o campus e a book shop à tarde. - Acho ótimo – ela responde um pouco mais animada – aproveita para passear um pouco por lá, o campus é lindo demais. - Sim – eu digo – está tudo no meu plano – que plano? Eu não tinha um plano, estava apenas tentando ser uma boa filha. - Vou deixar você descansar – minha mãe diz – amanhã vai ter um lindo dia, boa noite. - Obrigada – respondo bocejando – boa noite, eu amo você. - Eu também amo você.             Suspirei enquanto encarava as paredes da sala: agora eu tinha um plano para a sexta-feira, e por pior que parecesse acordar cedo e tudo mais, eu sabia que no fundo, aquilo seria bom para mim, eu precisava sair de casa e espairecer. Tomei um banho, vesti meu pijama e deitei no sofá da sala para assistir mais alguns episódios de uma das minhas séries favoritas: eu não tinha muitas opções de entretenimento, não conhecia ninguém em Boston...

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