A noite finalmente chegava ao fim. Os últimos convidados se despediram, deixando o salão vazio e tranquilo. Claire, exausta, limpava as últimas taças e garrafas, respirando fundo ao perceber que, enfim, a jornada acabava. A fadiga pesava sobre ela como um manto invisível, e os movimentos se tornavam cada vez mais automáticos, quase robóticos. As luzes do salão, antes brilhantes e opulentas, agora pareciam apenas iluminar o peso que carregava em silêncio. Caio, primo de Julie e responsável pela equipe de garçons, se aproximou com uma pequena pasta de dinheiro. Aquele gesto simples parecia um alívio momentâneo, um resquício de normalidade em meio à pressão constante de seus dias. — Aqui está, pessoal. O pagamento pelo trabalho de hoje. Bom trabalho, todos vocês — disse, distribuindo os env

