Capítulo 1

1127 Palavras
Guadalupe é uma pequena cidade do interior do México, bem desenvolvida, de certa forma, e é nessa cidadezinha onde se passa a nossa história. Temos primeiramente, a família Huerta, onde o senhor Emiliano capataz de uma das fazendas mais ricas da região, (Rancho Las Dianas), já viúvo, se esforça para criar suas duas filhas Isabel, a mais velha e Inês a mais nova. *Casa da família Huerta * - Inês!...Inês! - gritava Emiliano, chamando pela filha. - Mas onde foi que essa menina se enfiou? - Oi Pai! - responde Isabel. - Oi Isabel ! Sabe onde está sua irmã? - Ela saiu. - respondeu Isabel. - Isso eu já sei! - disse Emiliano. - Você sabe me dizer pra onde? - Provavelmente ela deve estar na cachoeira. O senhor sabe que ela sempre gostou de ir pra lá. - disse Isabel. - Essa menina!... Cheia de obrigações pra fazer na fazenda, e ela fica correndo por aí! - disse Emiliano aborrecido. - Não se preocupe pai!... Inês já cuidou das obrigações dela. Deixa ela se divertir um pouco. - disse Isabel. - Sabe muito bem que não gosto que ela ande por aí sozinha! - disse Emiliano. - Relaxe, Sr. Huerta!... Ela também sabe que o senhor não gosta. Por isso, ela disse que seria rápido. Ela volta já, já. - disse Isabel. No Rancho Las Dianas, temos a família Santos, onde o seu patriarca é Don Evandro, casado com Dona Constanza, os dois tem um filho chamado Victoriano. *Casa da família Santos* Victoriano está descendo as escadas, quando sua mãe o chama: - Victoriano, meu filho. - Sim, mãe. Eu estava de saída, mas o que a senhora deseja? - disse Victoriano. - Seu pai quer falar com você no escritório. - disse Dona Constanza. - Sobre o quê? - É melhor que você mesmo vá falar com ele. - ela responde. No escritório. - Com licença pai, o senhor queria falar comigo? - pergunta o jevem ainda receoso com o assunto. - Sim Victoriano, sente-se. - disse Evandro. Victoriano se senta, mas fica muito intrigado com a expressão séria do seu pai. - Victoriano, eu o chamei para essa conversa, pois sabemos que você já terminou seus estudos por aqui e chegou a hora de você se especializar pra tomar conta dessa fazenda quando eu me for. - Pai, não diga isso. O senhor ainda vai viver muito tempo. - disse Victoriano. - Mas eu tenho que pensar. Ninguém vive pra sempre. Foi por isso que eu resolvi prepará-lo pra assumir todas as responsabilidades que esse rancho têm. Resolvi matricula-lo numa das melhores faculdades de administração em Londres. Você viaja no final da semana. - O quê?! Londres?! - exclama Victoriano. - Sim, já está tudo acertado. - Mas como assim, "tudo acertado" ?! Que eu saiba, o senhor não me perguntou nada! - disse Victoriano. - E precisava perguntar? Você é meu filho, minha responsabilidade é cuidar do seu futuro. - disse Don Evandro. - Eu sei o que é melhor para o meu futuro! E essa viagem pra Londres está fora de questão! - disse Victoriano "batendo o pé". - Abaixe a voz garoto! Com quem pensa que está falando ?! - alterou-se Don Evandro. - Com um tirano arrogante, que acha que pode controlar a vida das pessoas! - exclamou Victoriano. - Não esqueça que esse tirano arrogante tem criado você por dezoito anos! Você me deve respeito! - esbravejou Don Evandro. - Respeito?! Como o senhor pode cobrar uma coisa que não dá as pessoas?! Sempre decidindo tudo por todo mundo, como se fosse o dono da verdade! Nesse momento, Dona Constanza entra no escritório. - O que está acontecendo?! Dá para ouvir a discussão de vocês lá de fora! - A senhora sabia, não sabia mãe?! - perguntou Victoriano. - Do quê? Da viagem? Sabia! E desde o início disse ao seu pai que falasse com você primeiro! Mas ele não me escuta! Está aí o que aconteceu! - disse Dona Constanza. - Me poupe de seus sermões Constanza! A decisão já está tomada. Victoriano viaja no final da semana! - Veremos! - disse Victoriano saindo e batendo a porta do escritório. *** Na cachoeira, a jovem Inês aproveitava para se refrescar, tomar banho de sol. Ela gostava daquele lugar para pensar na vida, se distrair. Mas alguém a estava observando. Esse alguém, era um dos motivos do senhor Emiliano não gostar que ela andasse sozinha por aí. - Será uma sereia tomando banho de sol? - Loreto! - ela se assusta. - O que faz aí me espionando?! - Nada demais. Estou só admirando você. Por quê? Não pode? - disse ele com um olhar que parecia devorar Inês de cima a baixo. Inês se veste rapidamente. Queria ir embora. Mas quando ela passava por Loreto, este a segura. - Ei, espera, onde vai? - Me solta, Loreto! - exclamou Inês. - Pra quê essa agressividade toda, Inês. Eu só quero conversar. - disse Loreto. - Mas eu não tenho nada pra falar com você, agora me solta! - Você tá sempre bancando a superior comigo, não é Inês?... Me tratando como se eu fosse um nada. - disse Loreto. - Eu não trato você assim. Só não dou papo pra cafagestes como você! Já disse pra você me soltar! - disse Inês alterando-se. - Eu vou te ensinar como uma mulher deve tratar um homem! - disse Loreto tentando beijar Inês à força. - Não, Loreto! Me solta! - ela gritava. De repente, Loreto sentiu uma mão o afastando de Inês. Ele nem viu de onde veio o soco. - Tire as suas mãos sujas de cima dela, maldito infeliz! - Victoriano! - exclamou Inês. Loreto se levantou, quis revidar. Mas pensou duas vezes, afinal, Victoriano era filho do patrão. Então, ele resolveu deixar essa desavença para outra vez e foi embora. Victoriano, olha para Inês que ainda estava assustada com tudo que acontecera. - Você está bem, Inês? - disse ele segurando o rosto dela delicadamente. - Aquele p****e não machucou você, machucou? - Não, Victoriano. Está tudo bem. Eu estou bem. Graças à você. - disse Inês se recompondo do susto. - Mas como sabia que eu estava aqui? - Fui te procurar na sua casa, pra gente conversar. E sua irmã me disse que estava aqui. - disse Victoriano. Inês conhecia Victoriano desde criança. Sabia quando algo o incomodava. - Victoriano, o que aconteceu? Parece tão chateado. - E estou Inês. - ele responde. - Por que você não me conta o que houve? - disse Inês. - Vou tentar resumir pra você: meu pai quer que eu viaje pra Londres no final da semana. - O quê?! Você vai embora?! - exclamou Inês.
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