A paciência, que já era pouca, se esgotou de vez em uma festa de aniversário de uma amiga em comum. O local era elegante, frequentado pela alta sociedade, o que, obviamente, parecia dar ainda mais combustível para Rodrigo exibir sua riqueza. Ele circulava pelo salão com uma taça de champanhe na mão, sempre rodeado de pessoas que riam de suas piadas – piadas essas que, invariavelmente, me envolviam de alguma forma.
Em um dado momento, Leila e eu estávamos conversando com outros convidados quando Rodrigo se aproximou, interrompendo a conversa com um sorriso afetado.
— Leila, querida, você precisa ver o novo relógio que eu comprei. Uma edição limitada, apenas algumas peças no mundo.
Ele estendeu o braço, exibindo o relógio brilhante. Leila, educadamente, olhou o acessório.
— Que lindo, Ro
