Ao cair da noite, Janne se encontrava deitado perto da lareira, Caleb e Aurora permaneciam na cozinha conversando sobre seus muitos hobbies e finalmente a chuva havia dado uma trégua e os ventos fortes se acabaram, não demorou muito e logo se pode ouvir o som das cigarras e grilos que finalmente puderam cantar com o cessar das fortes chuvas. O som da harpa de Caleb começou a ecoar por toda uma cabana, juntamente com a doce voz de Aurora que o acompanhava cantando como se não houvesse amanhã. -Sua voz é tão magnifica e angelical! Caleb comentou impressionado com uma qualidade vocal de Aurora, que sorriu tímida para ele e lhe agradeceu pelo comentario. -Vamos cantar mais um pouco antes de dormirmos! Pediu Caleb. -Claro, mas desta vez eu tocarei para você! Aurora se captura indo em direção ao seu quarto e retornou trazendo consigo uma pequena flauta de marfim que lhe foi dado de presente por um grande amigo, o qual ela não via há quase um mês. -É um belo instrumento que tens ai! Caleb falou observando cada detalhe da flauta que Aurora tinha em mãos. -Ganhei ela no meu último aniversário, de meu amigo Max! Explicou ela. -Eu chegarei a conhecê-lo algum dia? Questionou Caleb e Aurora sorriu. -Não o vejo tem inúmeros dias e agora com toda a bagunça causada pela chuva, duvido que ele venha me ver! Disse ela. -Quem sabe não nos encontramos quando formos embora! Caleb resmungou. -Não gostaria que você partisse, adoro sua compainha! Aurora falou que elogo começou a tocar sua flauta, uma melodia suave que Caleb desconhecia, mas a sonoridade fez com que seus ouvidos pedissem por mais. -Devo confessar que também não tenho interesse em partir, mas Janne está empenhada em seguir as ordens de meu pai e provar que ele esteve errado sobre ela esse tempo todo! Caleb respondeu abatido, pois não queria se intrômetro nos assuntos do reino, ele não havia nascido para ser um líder, um governante. Reger o reino com sabedoria e cuidado era a função do rei Edmond, Caleb não se imaginava fazendo o mesmo que seu pai, ele não gostava da idéia de ter que resolver as questões política do reino e também abominava pensar em ficar à frente de uma guerra por território e coisas semelhantes a isso. Mas ele estava sendo obrigado a seguir um caminho que não foi feito para ele, fazer escolhas que ele não desejava, tomar decisões pensando num povo que por qualquer motivo se revoltar contra ele, pelo simples fato dele não ser como seu pai havia sido, o medo do julgamento e rejeição por parte de seu povo o assustava de certa forma e isso só fez crescer o desinterrese que Caleb possuia por reinar. Aurora se mostrada intigada com uma falta de vontade do princípio em lutar pelo reino e resolver questioná-lo a cerca disso e Caleb não hesitou em explicar para sua mais nova amiga os motivos pelo qual ele não queria herdar o reino, no início Aurora entendeu que aquele era um ato de covardia e desinteresse por parte de Caleb, mas ao olhar nos olhos e conversar um pouco mais sobre o assunto, ela pode perceber que Caleb realmente não havia sido feito para isso, não que ele não fosse capaz disso aos olhos de Aurora, mas era possível ver nítidamente que ele não estava feliz e jamais seria feliz assim. -Ouça Caleb, se você não quer ser rei, então não precisa ser! Indagou Aurora -Não é tão simples quanto parece minha querida Aurora, Janne não iria permitir que eu desistisse assim! Caleb suspirou profundamente. -Mas é a sua vida, Deveria ser uma escolha sua e ela não deve intervir! Aurora se exaltou e bateu seus punhos sobre a mesa com força, deixando suas mãos avermelhadas. -Eu me pergunto diversas vezes, sobre quais razões você se interfere em assuntos que claramente não cabem a sua pessoa! Janne falou se encostando junto a porta que dava acesso a cozinha. -Eu tenho os mesmos motivos que você, pois até onde eu saiba você não é nada dele e mesmo assim obriga a fazer o que ele não gosta! Aurora respondeu irritada. -Eu estou fazendo meu trabalho como escudeira do Rei! Janne revirou os olhos e se voltou para retornar. -Escudeira? Pare de agir como se alguma importância, você sabe muito bem que esta ocupando esse cargo porque queriam se divertir vendo você fingir ser um cavaleiro, quando deveria estar na cozinha limpando pratos como qualquer outra mulher no palácio! Aurora berrou e Janne que estava prestes a sair se virou para ela com desdém. -O que foi que disse camponesa? Janne perguntou com sarcasmos atiçando a ira de Aurora. -Janne se controle, eu te proíbo te fazer algo contra ela! Caleb interviu ao ver que Janne pos sua mão sobre a espada embainhada. -Amanhã ao nascer do sol, nós partiremos majestade, para o bem dela! Janne disse tranquilamente. -Pelos céus será que não entende que ele não quer ir! Aurora esbravejou. -Aurora não se preocupe, eu farei o que tenho que fazer! Disse Caleb enquanto segurava as mãos de Aurora. -Mas você estará infeliz e não merece isso! Argumentou ela. -Vou preparar as coisas, vamos embora ainda hoje! Janne falou ja sem paciência. -Vamos amanhã, me recuso a sair daqui durante a noite! Caleb cria a voz. -Como quiser majestade, como quiser! Janne saiu e foi para uma sala de lareira se esquentar um pouco, pois estranhamente seu corpo ainda estava molhado. -Me perdoe por ela Aurora, Janne é tão fiel aos princípios quanto o meu pai era aos dele! Caleb falou se sentindo envergonhado. -Você não tem culpa Caleb, acho que não deveria dar ouvidos a Janne e ficar por mais alguns dias, afinal as estradas devem estar seguindo pelo barro ainda! Aurora suspirou e se sentou à mesa. -Eu posso tentar, mas ela é teimosa e vai me levar amarrado se for preciso! Caleb forçou o riso pois realmente não queria ir embora. Caleb cria a voz. -Como quiser majestade, como quiser! Janne saiu e foi para uma sala de lareira se esquentar um pouco, pois estranhamente seu corpo ainda estava molhado. -Me perdoe por ela Aurora, Janne é tão fiel aos princípios quanto o meu pai era aos dele! Caleb falou se sentindo envergonhado. -Você não tem culpa Caleb, acho que não deveria dar ouvidos a Janne e ficar por mais alguns dias, afinal as estradas devem estar seguindo pelo barro ainda! Aurora suspirou e se sentou à mesa. -Eu posso tentar, mas ela é teimosa e vai me levar amarrado se for preciso! Caleb forçou o riso pois realmente não queria ir embora.