— Fique até o verão e... Andei pelo quarto dela e os meus olhos pararam no porta-retratos no seu criado-mudo, no qual ela e o irmãozinho apareciam. — Vou ajudá-la a trazer o seu irmão de volta. O seu rosto se iluminou e eu sabia que estava certo. — Caio? — Conheço pessoas, tenho contatos. Essa foi uma maneira de dizer isso. Eu era o dono da cidade. Se ficar até lá, vou providenciar para que tenha um emprego, um lugar para morar e um bom juiz para assinar os papéis. Te prometo. Eu poderia fazer isso tão facilmente, pelo menos costumava fazer. Com certeza três meses não era o fim do mundo para conseguir tudo o que queria. — Como sei que posso confiar nas suas palavras? Era uma pergunta justa, ela não me conhecia. Ela podia estar desesperada, mas não era burra, e isso me fazia respeitá-

