"É O SEGUINTE, SEAN. QUERO ME ENCONTRAR PESSOALMENTE COM VOCÊ EM MICHIGAN, DAQUI UNS DIAS. TER VOCÊ DE QUATRO PRA MIM VAI SER O SUFICIENTE PARA EU APAGAR O SEU VIDEOZINHO COM AQUELE MAGRELO."
21:39 P.M.
Encaro a mensagem por longos segundos, sentindo os meus dedos tremerem sem parar e aquele calafrio subir pela minha espinha. Estava bom demais para ser verdade. E esses dias calmos sem receber mais nenhuma mensagem foram apenas aquela típica calmaria antes da tempestade.
Engulo em seco e seco as lágrimas rapidamente, antes de procurar o número de Matteo e ligar para ele, torcendo silenciosamente para que ele ainda não tenha ido dormir ou não esteja ocupado.
— Hey. — Solto um suspiro de alívio assim que ele me cumprimenta, um segundo depois de atender a ligação.
— O-oi. Você também recebeu uma mensagem? — Gaguejo, puxando o cobertor que cobre as minhas pernas um pouco mais para cima, sentindo uma súbita sensação estranha cruzar o meu corpo. Essas malditas mensagem tem acabado com o meu psicológico, e as vezes eu me pego olhando por cima do ombro e verificando todos os cômodos da casa antes de dormir.
— O que? Não! — O tom voz de Matteo assume um tom grave e preocupado, e sem encontrar palavras para tentar explicar, vou até a conversa e tiro print da mensagem, antes de enviar para ele.
— c*****o, SEAN!! Quer que eu vá aí?!
— N-não precisa. Já tá tarde.
— Não mais do que uns vinte minutos, Sean...
— Não precisa, sério. Eu tô bem. — Solto um suspiro cansado e desligo o celular, porque ficar olhando para a tela com a mensagem me deixa com uma sensação r**m.
— A gente vai dar um jeito nisso, Sean. E o mais rápido possível!! Além disso, já temos outra pista bastante importante agora. — Ele explica.
— Qual? Foi só uma ameaça. O desgraçado não deixou escorregar nenhuma informação que nos ajudasse.
— Você não percebeu?? O cara mandou isso pra você, mas para mim não mandou nada. Talvez aquela primeira mensagem que eu recebi só tenha sido pra despistar mesmo.
— E isso significa que...?
— O suspeito quer atingir você, não eu, Sean. Então a nossa lista de suspeitos já foi cortada pela metade. Além disso. Só pode ser um homem.
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[SUSPEITOS DE MATTEO]
• AMÉLIA XXX
• DEREK XXX
• SABRINA XXX
• MARK XXX
• STUART XXX
[SUSPEITOS DE SEAN]
• TREINADOR JESSER
• KYLAND
• CLARY XXX
• RICHARD XXX
• DYLAN
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Acordo bastante cedo no outro dia, mais motivado do que nunca à desmascarar mais um dos meus suspeitos. Percebo que há olheiras sob os meus assim que eu encaro o meu reflexo no espelho do banheiro, provavelmente por eu ter passado a noite quade toda sem conseguir dormir direito.
Tomo um banho rápido e esfrego bem o rosto para tentar me livrar das marcas de sono, o que felizmente parece funcionar, e depois de me secar com uma toalha rapidamente, volto para o quarto e mando uma mensagem para Matteo, avisando-o para se preparar para mais tarde. Ele também vai pra universidade hoje, então vai hackear de lá mesmo usando o seu notebook.
Não posso perder tempo aqui antes de colocar o meu plano em ação, então como rapidamente um pouco do que restou do bolo que trouxe do apartamento de Dean ontem, antes de sair às pressas do meu dormitório, praticamente com sangue nos olhos e com uma vontade absurda de colocar fim nessa m***a mais do que nunca.
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Kyland é um riquinho mimado da turma de advocacia; rato de academia e com um ego do tamanho do planeta Terra. O desgraçado é bonito pra caramba, mas parece não saber lidar com um simples não (e olha que eu não saí com ele porque estava com uma dor de cabeça do caramba, então não foi só uma desculpinha esfarrapada. Mas ele parece não ter entendido isso e age estranho perto de mim até hoje).
Não dei muita bola para isso durante meses. Mas se for realmente ele quem estiver me chantageando, pode ter certeza que eu vou acabar com a raça dele.
Felizmente, eu não preciso procurar muito para encontra-lo no campus, já que depois das aulas ele sempre fica para as corridas de cem metros, mesmo que não faça parte da equipe. Confesso que passei a minha aula inteirinha pensando e debatendo sobre como devo conseguir acesso ao seu celular. E fazer como fiz com Richard (dando mole e o seduzindo) parece ser a única estratégia que vai funcionar, porque ele não parece ser burro o suficiente para simplesmente me entregar o celular sem mais nem menos.
Agora, acabei de mandar uma mensagem para Matteo, avisando-o para se preparar, pois já vou colocar o nosso plano em prática.
Antes de desligar o meu celular, vi que ele havia mandado uma série de mensagem sobre como eu devo tomar cuidado e não fazer nada absurdo ou contra a minha vontade, mas resolvi ignorar, porque não preciso da sua preocupação exagerada agora. Tudo que preciso é me livrar dessa m***a e continuar vivendo a minha vida normalmente, se é que isso é possível.
Encontro kyland sentado em uma das arquibancadas, recuperando-se da última volta, enquanto respira apressadamente e toma um pouco de água. Ele é apenas alguns centímetros mais alto do que eu, mas tem uma presença do caramba devido aos músculos e a pele morena. Seu cabelo e os olhos são castanhos escuros, e ele está vestindo não mais do que um calção esportivo azul e uma camisa da mesma cor, que parece ser a mesma que os jogadores de futebol (do convencional) usam aqui na Yale.
Como falei antes: um tremendo gato. E como ele está sentado num canto meio escondido das arquibancadas e não há mais ninguém aqui, essa é minha deixa para me aproximar tranquilamente dele e sentar no seu colo sem mais nem menos, pouco me importando se ele está um pouco suado.
— Epa epa, Albizinho. O que deu em você? — ele exclama, enquanto eu pego as suas mãos e às coloco na minha cintura. O seu calção fino me permite sentir cada centímetro dos seus atributos contra a minha b***a.
— Eu só queria um pouco de diversão. Fiquei entendiado pra caramba naquela aula. — Agarro os seus ombros e encaro o seu rosto, tentando manter o foco do porquê eu estou aqui. Ele é um gato? Sim, mas preciso lembrar que ele pode ser o desgraçado que está me chantageando.
— Aí você me procurou? — Ele ergue uma das sobrancelhas, mas abre um pequeno sorriso discreto, mostrando os seus dentes retos e perfeitos.
— Na verdade. Eu só preciso do seu p*u e da sua boca, então não fique tão convencido com isso. — Respondo, rebolando no seu colo e sentindo-o enrijecer sob mim.
— Sendo assim, não vejo porque negar os seus desejos, Albizinho. — Ele geme, antes de me puxar para um beijo forte, movendo os seus lábios contra os meus, enquanto suas mãos acariciam a minha b***a.
Sem conseguir evitar, eu gemo baixinho e enterro os dedos no seu cabelo liso, puxando-o contra mim com força. Estou tão atordoado que só recobro o foco quando ele dá um t**a forte na minha b***a.
Separo nossos lábios apressadamente e respiro fundo, percebendo que eu também já estou e******o pra c*****o aqui no seu colo.
Porra. Preciso manter o foco!!
— K-ky. Será que eu posso fazer uma ligação rápido pro meu irmão no seu celular? — Dou um beijinho rápido no seu queixo e faço uma cara de cachorrinho abatido.
— Claro que pode. — Ele murmura, retirando o iPhone do bolso e entregando-o para mim. Eu dou um último selinho nos seus lábios, antes de levantar do seu colo e começa a caminhar um pouco para longe, embora meu olhar tenha focado na enorme ereção que eu deixei alí no seu calção por alguns segundos.
Quando estou longe o suficiente, coloco rapidamente o código de Matteo enquanto finjo conversar, respondendo perguntas imaginárias e fazendo uma cara de preocupado. Checo o código enorme duas vezes para ter certeza se coloquei tudo certinho, antes de finalmente desligar o celular e voltar até onde kyland está sentado.
— Desculpa, Ky. Meu irmão precisa de mim o quanto antes no condomínio. É que estamos preparando alguma coisa pra viagem das férias. — Minto, fazendo-o soltar um grunhido de desgosto.
— Você é m*l, Albizinho. Só veio aqui me provocar. — Ele acaricia a enorme ereção com um sorriso sacana no rosto.
— Prometo de recompensar qualquer dia desses, baby. — respondo, enfiando as mãos nos bolsos e começando a andar de volta para o prédio.
[•••]
Encontro Matteo sentado no chão da mesma dispensa minúscula em que nós encontramos quando recebemos a primeira mensagem. E mesmo que eu tenha andado por uns três minutos desde que deixei kyland nas arquibancadas, ainda estou e******o pra c*****o.
Aquele i****a estupidamente gostoso me deixou com o p*u quase furando a calça de tão duro.
— Não é ele também. Não há nada demais no celular dele. — Matteo explica calmamente, fechando o notebook e me lançando um pequeno sorriso triste por ainda não termos encontrando o chantagista. Observo-o levantar e começar a caminhar em direção a mim, mas antes que ele possa passar pela porta, eu agarro a sua camisa e o puxo para mim, enterrando o rosto no seu peitoral.
— M-matteo, preciso de você. — Gemo baixinho, querendo que ele tire essas roupas e me f**a aqui mesmo. Estou com tanto t***o que não consigo pensar direito, e o cheiro dele é tão bom...
— Vamos. Irei te esperar no estacionamento. — Ele diz, revirando os olhos e tentando se afastar de mim. Percebo pela primeira vez que os seus olhos são estão absurdamente escuros através das lentes redondas dos óculos.
— O que? M-mas...
— Eu não vou terminar o que outra pessoa começou, Sean. Quando você estiver mais tranquilo, quem sabe, okay? — Ele me interrompe, antes de sair da pequena sala escura sem mais nem menos, me deixando aqui completamente atônito e envergonhado.
Puta m***a. Eu sou um i****a mesmo.