Desejo Incontrolável

Capítulo VII

Enquanto experimentava meu vestido de noiva desenhado por Valentino, Clarissa me olhava deslumbrada.

- Samy esse vestido está lindo. Meu pai conseguiu convencer Valentino a desenhá-lo em tempo. E ele arrasou. - Comentou Clarissa com os olhos brilhando.

- Obrigada amiga. Não acha que está apertado? - Perguntei olhando-me no espelho.

- Um pouco, você deve ter engordado com as festas de finais de ano. - Comentou sem dar muita importância.

- Não sei, porque pareço ter engordado só os s***s quadril e barriga. - Falei observando melhor as curvas.

- O mais engraçado é que desde que te conheço nunca vi você engordar assim. Precisa se cuidar amiga. - Disse Clarissa deixando-me preocupada.

- Depois do casamento vou no nutricionista, algo deve estar descontrolado. - Comentei tentando muchar a barriga.

- Com um mês de dieta você resolve isso Samy. Afinal, você quando quer se empenha até demais. - Brincou Clarissa fazendo-me gargalhar.

Faltavam algumas horas para o meu casamento e fui curtir o meu dia de noiva no salão que frequento Hair Solution.

Lorelie como sempre me atendeu como uma rainha.

- Samanta querida, coloque o vestido, ja está quase na hora. A limosine ja está te aguardando ai na frente. - Lorelie disse arrumando o véu em meu cabelo.

Me olhei no espelho e constatei que estava deslumbrante.

Nem acreditava que em alguns minutos estaria casando com um dos homens mais ricos e bonitos de Los Angeles.

Logo depois de ficar pronta, Lorelie me acompanhou até o carro, me ajudando a entrar e fechou a porta logo depois.

- Boa sorte querida! Eu te encontro na festa. - Disse pela janela do carro, segurando minha mão.

- Obrigada Lory. Nos vemos daqui a pouco. - Falei jogando um beijo no ar.

O motorista deu partida no carro e seguiu para a igreja, mas alguns minutos depois, percebi que a limosine estava indo para outro caminho.

- Senhor o caminho para a igreja está errado. - Comentei tentando ver o motorista.

Ele não me respondeu, simplismente travou as portas e eu gelei.

Ele então, baixou o vidro fumê que dividia o Motorista dos passageiros e percebi que era o mesmo homem que tentou me estuprar.

- Senhor por favor me deixe aqui eu faço um cheque. Quanto quer? - Perguntei tremendo.

- Você acha mesmo que eu quero dinheiro sua v***a. - Ele falava com raiva olhando-me pelo espelho retrovisor.

Eu v***a? Meu Deus, o que eu fiz para merecer um louco atrás de mim.

- Senhor, por favor, não entendo o que eu fiz contra você? - Insisti tentando compreender a obsessão dele por mim.

- Fique quieta v***a, senão eu mato você aqui mesmo. - Disse apontando-me uma arma.

Eu estava suando não sabia mais o que pensar. Não conseguia pensar em mais nada. Como eu iria escapar.

Então peguei meu celular na bolsa e enviei uma mensagem para Clarissa sem que o homem percebesse.

Sequestro e********r socorro. - Escrevi enviando por SMS.

Ainda bem que estava no silencioso assim nao causei barulho. Coloquei o celular no meio do seio. Sabia que Igor tinha colocado rastreador em meu celular e rezava para que ele me encontrasse viva.

Chegamos em um lugar afastado da cidade e ele me tirou do carro pelos cabelos.

O ódio dele era evidente. Só não tinha idéia do porque.

- Muito bem v***a, agora você ficará aqui enquanto resolvo algumas coisas, depois cuido de você e não faça nenhuma gracinha ou meto uma bala em sua cabeça. - Esbravejou me arrastando para dentro. - Tire a roupa e ajoelha. Anda v***a! - Gritou me jogando porta adentro.

Quando ia começar a tirar a roupa lembrei do celular. - Você poderia virar as costas. - Pedi desesperada.

- Não mesmo. - Respondeu com os olhos brilhando.

Então ele veio por trás de mim quase rasgando o vestido, nesse momento tirei o celular e abaixei como se tivesse sido machucada.

Ele se afastou e eu coloquei o celular embaixo do pé. Ele pegou o vestido e saiu fechando a porta.

Será que eu acabaria assim, assassinada e estuprada por um louco que eu não conhecia?

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Enquanto isso...

-Pai, olha isso? - Disse Clarissa, mostrando a mensagem para Igor que aguardava Samanta em pé no altar.

- Meu Deus aquele e********r, ela está em perigo, mas como? Pedi a Logan para buscá-la. Vou ligar para ele.

- Logan cadê a Samanta? - Perguntou Igor desesperado.

- Senhor eu fui buscá-la mas, quando cheguei no salão, Lorelie disse que ela ja tinha saído com outra limosine, imaginei que tinha sido cortezia do salão. - Respondeu dirigindo de volta para a igreja.

- Está bem. Venha logo. Estou te aguardando na igreja. - Igor Disse desligando em seguida. Andou de uma lado para o outro e decidiu ligar para Lorelie.

- Alô Lorelie, você chamou uma limosine para buscar Samanta ai? - Indagou quase gritando.

- Sim senhor, mais cedo tinha vindo aqui um chofer dando o número da limosine de Samanta para quando ela estivesse pronta. Então liguei avisando que ela estava quase pronta. O que aconteceu? - Questionou Lorelie sem entender nada.

- Você pode me passar o número? - Pediu mais calmo, olhando para Vitor que se aproximava.

- Sim claro. Só um instante. - Ela pediu pegando o número no cartão entregue a ela pelo motorista. Ela então repassou o número para Igor que rapidamente desligou sem ao menos se despedir.

- Pai e agora? - Perguntou Clarissa preocupada.

- Gente as pessoas ja estão comentando, onde está a noiva? - Disse Vitor sem saber de nada.

- Vitor a Samanta foi sequestrada. - Alertou Clarissa.

- O que? Quando? - Questionou transtornado.

- Hoje após se arrumar no salão Lorelie ligou para uma limosine que foi apanhá-la. Só ficamos sabendo porque ela conseguiu enviar um SMS para sua irmã.

- Pai você não colocou rastreador no celular de Samanta? - Vitor perguntou pensando em como resgatá-la.

- Sim eu coloquei, vou pedir para Logan rastreá-la. - Igor falou vendo Logan entrar na igreja.

- E eu vou ligar pra polícia. - Vitor avisou, pegando o Celular dentro do bolso.

- Filho seja discreto por favor, a vida de Samanta está em perigo. - Igor pediu cautela.

- Deixa comigo pai. - Vitor Respondeu saindo de perto dos demais.

- Eu preciso falar com o delegado Cooper. - Pediu assim que atenderam na delegacia.

- Delegado Cooper. - Disse atendendo em seguida.

- Dr. Como vai? É Vitor Novack. - Vitor se identificou.

- Pois não senhor Vitor como posso ajudar? - Indagou o delegado.

- Minha madrasta foi sequestrada, preciso do senhor, mas não podemos alarmar ninguém, conto com sua discrição. - Pediu educadamente.

- Pode deixar senhor Novack, só levarei os mais discretos policiais. - O delegado deu sua palavra.

- Obrigado enviarei ao senhor a localização. Ja estamos tentando rastrear o celular dela. - Alertou Vitor, colocando o delegado a par da atual situação.

- Tudo bem fico no aguardo. - Respondeu o delegado desligando em seguida.

Vitor então saiu da igreja, tentando saber alguma novidade com seu pai.

- E ai pai ja descobriram onde Samanta está? - Questionou, entrando na limosine.

- Sim Vitor é um lugar afastado. - Respondeu apontando o GPS que abriu no notebook em seu colo.

- Me dê a localização preciso passar para o delegado. - Pediu Vitor, com um plano B arquitetado.

- Filho, por favor, não deixe que ninguém atrapalhe a busca. - Pediu Igor nervoso.

- Eu sei onde fica este lugar. Vou passar para o delegado.

Pai por favor deixe que eu e a policia cuidemos disso. Não quero que o senhor corra risco. Prometa que ficará aqui? - Pediu Vitor segurando o pai pelo braço.

- Tudo bem filho eu prometo, mas mantenha-me informado e se cuide? - Igor falou abraçando o pai em seguida.

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Num lugar longe dali...

O que eu faço? Como posso escapar daqui. Ai meu Deus tarde demais, ele está voltando.

- Então v***a, achou que eu tinha esquecido de você? - Ele falava se aproximando.

- Só me responda porque eu? O que quer comigo? - Implorei de joelhos.

- Você perdeu a memória ou está se fazendo de i****a Cloe? - Perguntou passando a arma por meu rosto.

- Quem é Cloe? - Indaguei tremendo de medo, sem ter noção do que ele falava.

- Acha que sou i****a? Você acabou com a minha vida, como pôde me deixar? Depois de tudo que fiz por você, acha que mudando a cor do cabelo eu não a reconheceria? - Insistiu.

Nem percebi quando levei um golpe na cabeça, enquanto eu sangrava ele tirava minhas roupas íntimas, eu não tinha forças para reagir, minha cabeça doía muito.

- Você vai me pagar sua v***a desgraçada. Vou te m***r, assim resolveremos tudo. - Gritava irado.

Quando ele veio para cima de mim percebi Vitor se aproximando armado.

- Larga ela seu infeliz! - Vitor Gritou apontando a arma para ele.

Quando o assassino levantou apontando a arma para Vitor, ouvi um tiro, não quis olhar, se Vitor morresse por minha causa eu jamais me perdoaria.

Fechei os olhos e tentei não olhar para a direção de Vitor. De repente ouvi um estrondo e vi policiais entrando pela porta gritando.

Tudo estava um caos.

Vitor então se aproximou. -Samanta tudo bem com você?

- Vitor meu deus, você está bem? - Perguntei abraçando-me a ele.

- Sim Samanta não foi desta vez. Está tudo bem, fique calma. - Disse acariciando-me. - Você está sangrando muito. Segure se em mim, vamos sair daqui.

Enquanto ele me levava para o hospital eu desmaiei.

Mais tarde quando abri os olhos, percebi que estava em uma maca entrando em um hospital.

- Samanta você será atendida, fique tranquila, não sairei daqui - Vitor falou segurando minha mão.

Minha vida parecia passar por meus olhos em câmera lenta. Achei que fosse morrer ali.