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610 Palavras
Priscila   -Eu não acredito que depois de tudo que eu fiz por você, vai me abandonar sem mais nem menos. -Tia, eu vou embora. Você nunca me quis aqui e nunca vai querer, estou aqui desde os meus 18 anos. E nunca fui tratada bem. -A Sabrina te ama, sabia ? -Eu também amo ela- vejo ela sorrir- Mas tenho que seguir meu rumo. Não vou ficar aqui sem ir atrás do meu. -Quando começar a passar fome, não me ligue. Ela vira de costas me deixando falar sozinha. -Um dia eu volto, mas só pra te ver. Estendo meus braços pra Sabrina que vem correndo pra me abraçar. -Eu te amo, Pri. Boa sorte, e lembra de focar nos boys também- rimos. -Estou fora de me envolver com macho. Tchau, Brina. Nos despedimos e peguei o táxi fora do condomínio. Fui o caminho inteiro reparando a vista. Finalmente eu vou pro Rio, mudar minha vida, seguir meu rumo, parar de ser dependente de alguém que só me maltrata e esfrega na cara. Quando chego no aeroporto, pago e agradeço ao motorista. Sigo em direção ao meu destino, faço todo o necessário, despacho minha mala, não tenho muita roupa. Me sento no meu assento, coloco meus fones e pego um livro pra ler. Logo alguém afunda seu proprio banco ao meu lado. Ignoro e continuo lendo, até que sou cutucada. -Sim ?- arqueo uma sobrancelha e tiro os fones. -Sabe quanto tempo ficaremos aqui ?- um homem bem bonito me pergunta. -Acho que não muito. Ele concorda sorrindo e se vira pra frente. Volto minha atenção ao livro e assim permaneço até a minha chegada ao Rio. Quando olho pro lado, vejo o mesmo homem dormindo. -Ei, chegamos- balanço o mesmo. -An ?- ele acorda em um susto que me faz rir. -Chegamos. -Obrigado. Ele me dá passagem e eu saio do avião, pego minha mala e entro no táxi. Desço no prédio, pago o motorista e caminho até o hall. Já chego vendo um menino discutir com um dos funcionários. -Licença- interrompo aquela discussão. -Estou no meu horário de trabalho. Vou atender a moça...- espera eu completar. -Eu não quero saber quem é ela. Eu só quero chuveiro quente, sabe ? Banho quente, p***a. -Eu já disse que... -Licença !- grito. Os dois param de discutir e me olham sérios. -A chave do apartamento 806. -Você é a...- o bigodinho fala comigo. -Priscila, sua nova vizinha- sorrio gentilmente. -Vizinha até demais- me encara de cima a baixo- Não pensei que era tão bonita. Arqueo uma sobrancelha. -Sou seu colega de apartamento. Me assusto arregalando meus olhos e ele rir. -Eu pensei que seria com uma menina. -Com ele não muda muita coisa já que reclama como uma. -Olha, só...- ele quase parte pra cima do funcionário. -Parou !- separo os dois- Eu estou exausta dessa viagem, tá legal ? -Desculpa, moça. Aqui suas chaves- me entrega o pequeno molhinho. -Obrigada...- espero ele completar. -Wesley. Wesley Medeiros, senhora Priscila. -Me chame só de Priscila- ele sorrir- E você, bigodinho- aponto pro mesmo- Vamos subir, chega de confusão. Você tem mais o que fazer. -Como ? -Me ajudar a arrumar minhas coisas. -Já chega achando que pode me mandar ? -Você não viu nada ainda, bigodinho. -Qual é! Eu tenho nome, tá legal? -Como se chama ?- pergunto sem interesse. -Arthur, Arthur Duarte. -Satisfação,,Priscila Monteiro. -Satisfação ?- rir irônico- Só se for na cama- me olha safado. -i****a- reviro os olhos- Pega a minha mala e vamos subir. Ele pega as minhas malas e entramos no elevador. Pego meu celular pra notificar a Sabrina que cheguei. Entramos no apê e ele me direciona até o meu quarto. -Eu arrumei tudo pra você, mas não sei se vai gostar. O quarto tinha umas cores pastéis. A cor da parede era meio sem graça. Mas cada detalhe superava. -Muito obrigada !- dou um abraço apertado no mesmo. -Acho que de nada...- solto ele que dá uma risadinha sem graça- Vou deixar você arrumar suas coisas. Ele sai do quarto e fecha a porta.
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