A beijei saciando toda a falta que ela me faz. Ela tem poder sobre mim. Se ela soubesse que cada poro meu anseia por seu toque. Não sei ao certo distinguir o que é isso. Podem dizer que é paixão, ou até mesmo amor. Eu não sei! Só sei que a quero comigo, sempre. Ela está em meus braços, onde tem que ficar. A beijo com anseio e sinto cada parte sua, é como se ela me pertencesse. Ela é minha, mas não penso em fazer m*l a ela. Porque? Sim. Meu desejo no início era apenas levá-la para minha cama, mas, e agora? Eu quero guardá-la em uma caixa e prendê-la, fazê-la apenas me olhar. Me amar. Ela nos separa, cortando a nossa conexão com um leve e doce beijo. Você é especial branquinha. Muito especial! Sorrio expressando o meu real sentimento. Felicidade. Ela também sorri e não consigo separar nossos corpos. Estou com saudades. Posso fazer uma loucura agora mesmo. Puxei ela para um outro beijo, porém, esse foi mais rápido. Ouvimos um pigarro ao lado e Lya rapidamente nos separou. Tyler? m***a! De onde você saiu inferno! Balanço a cabeça em negação expressando todo o meu descontentamento. Ele faz um gesto para Lya como se dissesse "Estou de olho". Eu também! Eu também! Depois do acontecido, dançamos mais um pouco. Eu ainda tinha seu toque. Suas mãos nas minhas. Mas não seu beijo. Tyler conseguiu deixar ela tímida demais para ceder a meus encantos. Começou uma eletrônica r**m e fomos para uma mesa onde Chris e Kita estavam. Nos sentamos um pouco. — Sabe quem não está aí? - Kita fala para Lya que n**a com a cabeça. — Man! Festa bobinha né? - Chris puxa assunto. — Uhum! - falo. — Sei sei o minotauro! - Kita fala. Estão falando do Alex? Pelo visto, sim. Bocejo. Chris fala algumas coisas que afirmo sem nem mesmo dar ideia. E a noite segue assim. O tempo passa e não tenho aqueles olhos nos meus. Aqueles lábios nos meus. Bato na mesa com raiva e todos me olharam estranhando. Fico sem jeito e Lya sorri e passa sua delicada mão no meu braço. Minha princesa. Minha luz. Chamo ela para dançar mais umas músicas e de primeira ela n**a, mas depois aceita. Tento um contato maior, mas ela não permite. Fica longe. Deita no meu ombro evitando me olhar. Evitando ceder às minhas investidas. Quando penso que vou conseguir algo, que estou prestes a beijá-la novamente, ela se vira e vai para a mesa. A sigo frustrado. — Que horas são? - Kita pergunta e Lya procura algo. Será que... a bolsa? — O que foi? — Acho que perdi minha bolsa! - fala nervosa. Que que eu vou falar? Uma desculpa? Sem desculpa. Se ela perguntar eu falo. — Ta no carro! - sai da minha boca sem querer, logo a abraço-a por trás. Sinto seu perfume. É algo forte e de guardar lembranças. Tipo essa. Nunca vou esquecer dessa branquinha dos olhos marcantes. — Esqueci de te avisar. - as palavras saem sem o menor esforço. — Ah! Vou lá buscar. - ela fala e tenta sair. A puxo de volta como um rodopio de uma valsa e como um movimento perfeito ela para em meus braços. A perfeição da minha vida. O motivo de sorrir e de... brigar com meu pai. A mulher dos meus sonhos. Achei que nunca iria dizer isso, mas, estou apaixonado. — Agora não! - falo fazendo bico e afastando uma linda e ondulada mecha de seu cabelo. Deslizo meus dedos por seu rosto e tenho a confirmação. Sim! Ela é o que eu desejo. Deposito um leve beijo em seu olho esquerdo. Uma prova de carinho. Não sou assim. Eu poderia arrastá-la para um canto qualquer e fazer o que meu corpo pede, mas não! Meu...Meu coração? Nem sei mais o que pensar. Só sei que a quero. Desço o beijo até sua boca, dando-lhe um beijo fraco e doce. Um beijo de despedida. Ela se afasta e dá um leve t**a em meu peito. Nesses momentos quero abraçá-la e guardar seu olhar e seu corpo só para mim. — Agora sim! - fala sorrindo. — As chaves! — Não! - falei manhoso e me escondi em seus cabelos. A abracei expondo todo o meu desejo. — Não vou deixar! Hoje você é só minha e eu só seu! - Falo e gostaria que isso fosse um mantra para nós, que nos fizesse para sempre assim. Eu só dela e ela só minha. Ela sorri e beija meu ombro. — Está bem! Depois que eu buscar a bolsa. - fala e relutante a solto de meus braços ficando apenas com sua mão presa a mim. Seguro-a e chego perto de seu ouvido. Eu vou abrir mão de todas as facilidades por causa de uma garota? A resposta é sim! — Quando você voltar, quero conversar com você. Um assunto sério. - Falo. Me afasto e ela confirma com a cabeça, lhe dou um selinho demorado. — Eu nunca fiquei assim por uma garota. Eu preciso conversar contigo depois. - Preciso muito da minha branquinha. Quero ser seu e você minha. Quero que ela aceite ser minha namorada. Sorridente, ela se afasta. Seu corpo magro e de poucas curvas some em meio a multidão de pessoas. Um aperto em meu peito se forma é um sentimento de que nunca mais irei vê-la. — Para Liam! - Falo tentando espantar esse sentimento de preocupação. O tempo passa e nada dela voltar. Pego uma tequila e viro. Não vou me consertar por ela. Gosto muito dela, mas não! Em meio a multidão sinto as mãos que pousam em meu ombro e descem sobre meu peito. O esmalte azul demonstra que não é quem eu esperava. Me viro e vejo Laís. — Achei isso aqui lá perto do teu carro. - ela fala e balança o molho de chave em minha frente. Pego de sua mão. — No carro? Cadê a Lya? - pergunto impaciente me desvencilhando de seu toque. Será que aconteceu algo? — O que você fez? —Não sei! Isso estava no chão e o carro estava destravado e eu não fiz nada. - Me espanto e corro em direção a saída e logo para o estacionamento. Chego lá e não há ninguém no Onde ela está? Pra onde foi? — Lya! - Grito. — Lya! — Para! Não tem ninguém aqui! Não está vendo? - fala. Um amargor surge em minha boca. Abro o carro e já me sento. Sem minha permissão, Laís senta ao meu lado fazendo notar-se que a bolsa de Lya não está mais ali. Arranquei com o carro e rapidamente cheguei na rua da casa da Lya. Vejo um táxi saindo e Lya entrando em casa. — Não entendo. - falo. — Por que ela foi embora? — Por que ela faria isso? Te deixar. - A morena diz. — Meus pais ainda não chegaram? Ai meu Deus. - fala temerosa. Paro em frente a casa dos Sánchez que é em frente a dos Sanger e deixo Laís. — Liam! Posso te pedir um favor? — Hum? - respondo enquanto observo a casa de Lya. A luz de seu quarto acende. Me questiono o motivo pelo qual ela me deixou lá, sozinho. Porque ela me abandonou? — Pode ficar aqui em casa enquanto meus pais não chegam? - pergunta. — O que? - falo e a olho. Está com uma feição de medo. — Por favor! Eu estou com medo. Eu não confio nesses seguranças. Um deles fica me olhando estranho. - fala quase chorando. Ai Laís. Solto o ar preso exibindo minha frustração. — Ta! - falo. Bom que dá até pra ver se a Lya sair de casa. É só um curto período de tempo. — Eles vão chegar logo não é? — Sim! Sim! - ela fala animada. — Ok! - Ela abre um largo sorriso e direciona-se até o portão que logo é aberto. Entro com o carro e estacionei ali na frente mesmo. Logo vou sair. Desço e vou para a casa dela. Entro. — Vem! Você já sabe o caminho. Eu vou tomar um banho e trocar de roupa. - Fala. Sigo-a até o quarto. Ela segue para o banheiro em seu quarto e eu em direção a sacada. Daqui dá pra ver que a luz do quarto de Lya ainda está acesa. Pego o celular. Vou mandar mensagem. Escrevi várias coisas, mas apaguei. Escrevo e apago. Desisto. Por que ela foi embora? Lya! Quando eu ia tomar uma decisão tão importante. Desistiu de mim, não é? Todo mundo se afasta de mim mesmo. Neste momento Laís aparece e me abraça por trás. Sinto seu corpo molhado contra minha camisa branca. A olho por cima do ombro e ela está nua. — Laís! Você joga sujo! - Falo e ela sorri maliciosa, se vira levando minhas mãos a seu corpo, dela nossos lábios em um beijo quente. Tá vendo Lya! Você me leva a fazer coisas que não quero. Tento me afastar e não consigo. Laís sabe como me levar. Só a Lya que não. Ahrg! Ela tira toda a minha roupa e já estamos juntos na cama. Nem sei onde foi parar minhas roupas. Depois eu visto o que tiver aí. Tenho tanta coisa aqui na Laís. Levantei da cama e fui tomar um banho. Laís dormiu. Enrolei uma toalha em minha cintura e atendo o telefone que vibra no bolso da calça jogada ao chão. — Filho? Vem pra casa? — O que pai? — Estou jantando com a Catherine. Pedi pra ela voltar para casa, mas ela me pediu uma condição. Filho! Volta pra casa? — Qual a condição? — Ela e o Ben voltam se você voltar. Filho! Você sabe o quão importantes eles são. Por favor? — Está bem! Manda um beijo pra Cath. Tchau! — Você vai dur... Voltei para debaixo do chuveiro pra tirar toda preocupação da noite. Por que você tinha que agir assim? Eu ia te entregar meu coração! Eu ia depositar em você uma confiança que nunca depositei em ninguém. Sai do banho enrolado na toalha. Olhei pela sacada e a luz estava apagada. Achei uma blusa preta e uma calça jeans. Nem o sapato da noite eu achei. Peguei um tênis e coloquei perto da porta. Vesti uma cueca e Laís me abraçou por trás novamente. Passou sua mão pelo meu corpo até chegar onde ela queria. Quando percebi, estávamos na cama de novo.