**MAXIMILIANO**. O relógio no escritório iluminava o mostrador com 18h05. Eu já me preparava para fechar a pasta da TechNorte quando a porta se abriu lentamente. Beatriz entrou mais uma vez, seus passos curtos denunciavam a hesitação; seu rosto estava marcado pelo cansaço, e suas mãos suadas tentavam disfarçar o papel que segurava. — Doutor... terminei a versão final. Conferi os anexos. Está protocolado. Ela colocou a cópia sobre a mesa, como quem entrega uma prova de vida. Li rapidamente o documento. O texto estava melhor do que o esperado, mas não brilhava. Ele apenas cumpria com o necessário, e no meu escritório, cumprir é o mínimo, não é motivo para comemoração. Levantei lentamente os olhos. Beatriz aparentava estar encolhida, um ar vulnerável tomando conta de sua postura, enquanto

