📓 NARRADO POR JAMILLE Saí na frente dele, as sacolas pesando mais que meu juízo, o salto batendo no mármore como se fosse tambor de guerra. Eu precisava de ar. Precisava de espaço. Precisava estar longe daquele sorriso cínico do Maximiliano. Mas o universo adora me sacanear. Virei no corredor da galeria e… bum. — Jamile? — a voz veio antes dos olhos. Congelada. Meu coração parou por um segundo, e quando ergui o rosto, dei de cara com o fantasma que eu menos queria encontrar. Gustavo. O mesmo Gustavo que me ensinou o lado podre do amor quando eu tinha 17 anos. O mesmo que um dia eu jurei nunca mais olhar nos olhos. E lá estava ele, em carne, osso e sorriso torto, ainda mais bonito, ainda mais seguro de si. Meus dedos tremeram na sacola. Minha boca secou. — Eu não acredito… — ele fa

