Pra casa

645 Palavras
Após ler várias vezes o papel o rapaz continuava tentando assimilar o que havia ocorrido em tão pouco tempo para destruir um patrimônio bilionário e só uma coisa vinha na sua cabeça. Dívidas de jogo e futilidades. Seu pai era um mestre em gastar tudo que ele tinha em jogos e o pior, em futilidades, Carmo havia herdado o vício do pai só que de uma forma controlada e isso nunca o afetou. Entretanto agora não era mais momento de ficar se perguntando o que havia acontecido para chegarem a esse ponto e sim de tomar uma decisão para recuperar o que foi perdido, não seria fácil mas ele tentaria a todo custo. - Não conte isso a ninguém, principalmente aquele coloio de empregados fofoqueiros ok? Se você abrir a boca você perde o seu emprego - ameaça bufando de raiva e a garota debocha. - Já está perdido não é? Por que trabalhar para não receber é a mesma coisa que não ter um emprego - fala de forma prepotente e ele responde: - A tabela de pagamentos não será afetada amenos que alguém seja demitido, vamos eu vou te levar pra casa - coloca o papel no sofá e vai até a porta. - Não precisa, eu vou sozinha - abre a porta mas ele a segura e diz. - Você não vai sair daqui nessa chuva e pra o subúrbio da cidade sozinha. - Eu vim e não aconteceu nada, e até parece que um Playboy como você vai me defender em algo. - Cala a boca, e me respeita. - Tchau... Senhor Jansen? - Violeta... Acho que veio aqui dar a temida notícia não? - Exatamente, segure essa fera que eu já fiz muito mais do que a minha obrigação. - Eu vou levar ela para cada padrinho, Jajá eu volto. - Pode ir conversar com ele, eu não quero a sua companhia. - Não é um pedido, é uma ordem. - Eu não estou no meu expediente... - Querida é tarde, acho melhor aceitar a ajuda deste chato. - Só por que o senhor pediu... Vamos logo. - Obrigada padrinho, até mais. - Até filho. Ele pega a chave do carro e vai com ela até o estacionamento, ela indo no banco de trás e ele no da frente incomodado por ela não estar no banco ao lado entretanto indo até o mundo dela ele tem um choque de realidade e percebe que ele reclamava por nada. - Chegamos - avisa olhando o celular - Violeta! - grita e ela acorda. - Obrigada - tenta abrir a porta mas o sono não deixa. Ele sai e abre a porta, ela acaba saindo do quarto e vai até a sua casa caindo de sono, ele fica um tempo lá observando tudo e vê algumas crianças pela rua com roupas maltrapilhas e pensa que as vezes pessoas do nível dele dá roupas milionárias para uma criança, o rapaz se sente mais tocado ainda quando vê uma garota recolhendo latas com a mãe e se pergunta como seria se a sua irmã vivesse daquela forma, totalmente tocado ele desce do carro e vai até a senhora, lhe entrega uma quantia e vê os olhos dela brilharem mais que os diamantes da mina que o pai dele tinha na África. - Que deus multiplique - agradece emocionada. - Eu estou precisando mesmo - pensa voltando para o carro e indo embora dali. Ao chegar no seu apartamento ele flagra Jansen dormindo, estava cansado então não iria incomoda-lo para falar de um assunto daquele afinal a saúde do seu padrinho lhe importava muito mais. Ele o cobre com um cobertor e segue até o seu quarto onde toma um banho e apaga na cama da mesma forma que saiu do box, acordando no dia seguinte e este seria um dos mais impactantes da sua vida.
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