Lost in Paradise

CAPÍTULO IX

—Você é insuportável! Angeline bateu mais uma vez no peito de Michael que ria muito do constrangimento dela.

—É, eu sou insuportável, mas aparentemente você gosta bastante! Disse ele ainda risonho.

—Eu te odeio tanto que poderia te afogar agora mesmo! Angeline esbravejou.

—Se me odeia tanto mesmo, por que ainda continua sentada assim em mim? Achou confortável? Michael perguntou piscando para ela que saiu de cima dele imediatamente.

—Babaca! Angeline chutou areia nele e voltou para o abrigo fumaçando em ódio.

—Até que ela fica fofa zangada assim! Michael se levantou risonho e foi fazer uma pequeno monitoramento pela orla da praia para ver se encontrava mais alguma coisa que pudesse ser útil alí.

Enquanto Michael vasculhava a área da praia, Angeline estava no abrigo cuidando de James, que já não tinha mais febre e tanto a respiração, quanto o pulso pareciam estar normais.

—Que situação, o que será que eu fiz ao universo pra ele me castigar dessa forma? Angeline murmurava com a mente indo para longe dali, de repente ouviu um murmúrio baixo então se voltou para James que estava com os olhos fechados, mas movimentava os lábios fazendo alguns sons que poderiam até ser uma frase completa, mas estavam tão baixos que era impossível de entender. —James? Consegue me ouvir? Angeline se aproximou um pouco mais do rosto dele para ver se conseguia entender o que ele dizia.

—Er... Erick! James repetia o nome de seu copiloto a todo momento.

" -Talvez ele esteja tendo um pesadelo" Angeline pensou e decidiu que seria melhor acordá-lo pois um sonho r**m poderia afetar seu estado ainda mais.

—James, ei ei, acorda, calma! Angeline mexeu com ele um pouquinho e James logo abriu os olhos.

—O... O q-que acon... teceu? Perguntou ele com a voz falha.

—Eu contarei depois, primeiro preciso saber se você está se sentindo bem! Angeline o olhou séria.

—Ah, m-meu corpo dói u... um pouco! Disse ele.

—Você tem alegria à algum tipo de medicação? Angeline perguntou enquanto se levantava para pegar sua nescessaire com os remédios.

—Não, a-cho que não! James respondeu tentando se levantar.

—Ei, ei, ei você está louco? Pode voltar a deitar imediatamente! Angeline disse brava.

—Eu não quero ficar deitado! James fez uma longa pausa para respirar e em seguida continuou. —Preciso saber o que houve! Concluiu ele cansado e aflito.

—James, eu prometo que vou explicar tudo, mas por favor volte a deitar e tome isso! Angeline entregou um comprimido redondo e de coloração amarela para ele.

—O que é? James perguntou olhando fixamente para a redonda pílula em suas mãos.

—É um anti-inflamatório que serve bem para diminuir a dor muscular! Explicou ela entregando água para James que tomou rapidamente o comprimido.

—Agora você pode me explicar o que aconteceu? Perguntou ele.

—Posso, mas eu sei tanto quanto você, logo posso não ter todas as respostas para as suas perguntas! Angeline se sentou suspirando pois a situação ainda era tão confusa para ela quanto para James.

—Eu me lembro da tempestade, do avião quebrando, você pode começar a me contar daí! James falou tomando mais um pouco de água.