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1059 Palavras
- Acordei no meio da madrugada e não tinha ninguém no quarto, ele deve foi embora, afinal não é obrigação dele estar aqui. Fiquei olhando pro teto e pensando em como eu era uma menina doce, mais leve e cheia de esperança e amor a vida. Mas fui testada, empurrada ao limite. Confundiram minha calma com fraqueza. Pisaram, cobraram, machucaram. Agora é a minha vez de reagir a todos esses ataques, não vou mais sofrer, não vou mais chorar. - Não sei explicar o que estou sentindo, mas não quero mais viver na coitadolandia, preciso me reerguer e tomar minhas medidas. Sei que envolver a polícia nesse meio só vai me prejudicar mais, mesmo o Ferrugem sendo bandido, sei que por de trás dos bastidores, polícia e bandido são tudo da mesma laia, uma briga feia pra saber quem é pior. Talvez seria bom eu sair do Brasil, recomeçar minha vida lá fora. Não sei até quando o Terror vai me proteger, ou até onde ele pode ir por mim. Na verdade não quero que ele faça nada, essa história é a p***a da minha vida, são meus problemas, ele não precisa lidar com eles. A última ajuda que vou pedir é pra ele me mandar pro outro lado do mundo, sem rastros. Onde ninguém me encontraria e eu pudesse recomeçar a minha vida longe dessa bagunça toda. - Fiquei pensando em tantas coisas, e mesmo tão ferida e machucada. Ainda tenho sonhos, muita vontade de viver, muitas coisas a conquistar e principalmente, evoluir como pessoa. Não posso me deixar contaminar com tudo isso, não posso me tornar uma pessoa r**m porque foram r**m comigo, cada um dá aquilo que tem em si. E meu pai me criou da melhor maneira possível pra que só existisse sentimentos bons dentro de mim e é isso que eu vou honrar. Quero fazer minha faculdade, crescer profissionalmente, ter uma carreira de excelência, uma vida estabilizada e estrutura. Quem sabe em um futuro, conhecer alguém bem legal e com os mesmos princípios e ideais que os meus, e disposto a construir uma família ao meu lado, ter filhos lindos, uma relação saudável e viver de bem com a vida. - Ouvi o barulho da porta se abrindo e me tirando dos meus pensamentos e era ele, ele não foi embora. Ele foi se aproximando com o seu olhar sério, aquele olhar castanho escuro e cheios de solidão, eu arriscaria dizer que agora, nesse momento, parece que estou lendo ele todinho. Não sei o que ele já passou na vida, mas coisa boa não foi, e de uma certa forma por isso se solidarizou com a minha história e ficou disposto a me ajudar. Terror: Eai, tá melhor? Dormiu pra caraca em. - Disse sentando na beira da cama. Maria Clara: Dormi tudo que não dormia a tempos hahaha, me sinto nova. - Falei sorrindo. Terror: É assim que se fala, cabeça. - Disse sorrindo. Maria Clara: Quero te pedir uma única e última coisa, se você poder me ajudar, serei eternamente grata, na verdade já sou muito grata por tudo. - Falei tentando não chorar. Terror: Fala aí, tudo o que eu poder fazer pra você se sentir bem, eu vou fazer. - Disse e essas palavras me acertaram em cheio. Maria Clara: Queria ir embora do Brasil, recomeçar minha vida longe dessa confusão e desse psicopata, lá acho difícil ele ir atrás de mim. E eu vou poder viver em paz. - Falei mas não consegui olhar nos olhos dele. Terror: Ta malucona? Tu não sai mais do meu lado não filha, agora tu é minha responsabilidade, até esse cara estiver morto, aí depois tu pode ir pra onde tu quiser, mas eu sabendo onde você está, claro. - Disse sério mas com tom de brincadeira. Maria Clara: Você não acha que já estou te dando trabalho demais? - Falei olhando em seus olhos. Terror: Você é um trabalho que eu gosto de ter. Agora vamos pra casa, desenrolei lá e você está de alta. - Disse me dando as mãos. Maria Clara: Você é quem manda, chefe. - Falei rindo. Terror: Gostei do chefe, melhor forma é tu trabalhar pra mim mesmo. - Disse brincando. Maria Clara: Não sei trocar tiro e nem conheço de drogas, desculpas mas vou ficar te devendo essa. - Falei rindo, que cara engraçado. Terror: E a esposa troféu? Esse seria um ótimo trabalho. Vai tirar onda, sendo minha esposa troféu, um moreno desses aqui, qualquer uma queria. - Disse se sentindo. Maria Clara: Duvido, se manca. Não tenho vocação pra isso, muito obrigada mas dispenso. - Disse incrédula com o que ele disse. Terror: Ah, para. Não seria tão r**m assim!! - Falou se sentindo ofendido. Maria Clara: Você se acha né? Acho que você já tem mulheres demais, você não precisa disso. - Falei irritada já com essa conversa. Terror: Que mulheres são essas que eu não sei? Hahahahah. - Disse rindo. Maria Clara: Não faz o sonso, vamos logo antes que eu prefira ficar aqui. - Disse querendo acabar com esse assunto. - A médica veio, me passou algumas recomendações, antes de ir embora, conversei meia hora com o psicólogo do plantão. Marquei outra consulta pra essa semana e psiquiatra também. To me sentindo a verdadeira doida do caps. Entramos no carro e ele voltou a skin sério de posturado de sempre, fiquei em silêncio e ele deu partida. Fomos chegando e ele entrou na garagem da casa dele, o que eu não entendi nada. Maria Clara: Porque você está me levando pra cá? Minha casa é lá, não aqui. - Falei séria. Terror: A partir de hoje, a sua casa é aqui. E não tem estresse! - Disse sério e sem dar espaços para brigas. - Calada eu estava e calada continuei, mesmo achando estranho, de fato me sinto mais segura com ele por perto. O que vai ser realmente difícil é conviver com esse homem 24h por dia, não sei fingir costume, ele é tão lindo e eu não to acostumada com esse tipo de homem, onde eu morava, os bandidos são podres de feios, o psicopata do ferrugem que o diga. Esse homem é um pedaço de m*l caminho, não quero confundir as coisas, mas com tudo que rolou hoje, fiquei mexida, esse cuidado todo comigo, não esperava por isso.
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