Voltando para Casa

1941 Palavras
Descendo a escada rolante no aeroporto em direção ao carrossel de bagagens, seus olhos azuis brilhantes vasculharam o horizonte em busca do rosto familiar na multidão, o que sempre tornava suas viagens para casa mais suportáveis. — Lark! A voz de Ollie ecoou pela multidão enquanto ela pulava e balançava como uma adolescente em um show de uma banda de garotos, em vez da CEO de quase trinta anos que era. Lark riu da amiga enquanto passava pela barreira de segurança e se jogou nos braços abertos de sua melhor amiga desde o nascimento.  — Meu Deus, Ollie, senti sua falta!  — Senti sua falta também. Estou tão feliz que você está aqui. m*l posso esperar para sairmos à noite.  — Sim, da última vez que saímos à noite, eu tive que te tirar da cadeia. — Foi culpa minha se o homem não apreciava que a esposa dele preferisse estar comigo do que com ele? Quer dizer, olha pra mim, Lark? — Ela agitou os braços em frente ao seu corpo esguio e perfeitamente vestido. — Ela sabia muito bem que eu seria muito melhor na cama do que aquele i****a gordo. — Você o espancou. — Ele me bateu primeiro. — Graças a Deus havia vigilância por vídeo para provar. Juro que você deve ter o número do papai na discagem rápida. — Não, mas o papai tem. Os trigêmeos estão causando confusões no campus da universidade a cada duas semanas. Eu juro que eles estão facilitando as coisas para minha irmãzinha porque a mamãe e o papai estão ocupados lidando com o drama dos trigêmeos. Margot poderia chegar em casa bêbada, drogada e nua, montada em um touro, e nenhum deles perceberia.  — Eles têm seis filhos. — Lark estremeceu enquanto caminhavam de braços dados para o carrossel de bagagens. — Nunca vou entender por que sua mãe engravidou novamente quando os trigêmeos tinham três anos. — Minha bisavó previu. — Ollie sorriu. A Bruxa Villeneuve era assustadora em suas previsões. — Ainda bem que eu não sou parente nem estou no radar dela.  — Lark sorriu, jogando seu cabelo escuro sobre os ombros. — Ela deve ter pelo menos cem anos agora. — Ollie sorriu. — Ela veio jantar algumas semanas atrás e disse ao Max que ele estava prestes a se encontrar em uma encruzilhada e que ele teria que escolher entre continuar com seu comportamento destrutivo ou encontrar o verdadeiro amor. Ela disse a ele que seria uma subida íngreme para ele conquistar a garota que o odeia e, como ele é um garanhão, é muito mais provável que o pênis dele caia do que alguém o ame apesar de seu comportamento. Papai ficou furioso.  — Seu pai ficou bravo porque ela chamou ele de garanhão? — Ela tentou não reagir ao nome do homem que um dia foi o único foco de suas fantasias adolescentes antes de destruí-las. — Não, ele ficou bravo com o Max porque o Max disse que seu pênis não ia cair porque ele usa camisinhas e reforçou, comentando que estava certo de que estava seguro porque elas eram as que ele projetava, então ele sabe que são infalíveis. — Só o Garanhão Max mesmo para construir um império de brinquedos sexuais e camisinhas.  — Ela fez uma careta. — Sua mãe deve estar tão orgulhosa. — Sabe quem não está orgulhoso? Vovô Gael. Bom que eu sou a neta favorita dele. — Não acredito que ele deixou você sair do escritório na metade da manhã de uma sexta-feira. — É o meu escritório. Eu posso fazer o que eu quiser. Ele quase teve um derrame quando eu mudei o escritório de Houston para Dallas. Mas não demorou muito para ele se acostumar, assim que soube que eu estava ficando perto dos meus pais — Você é mesmo a queridinha do papai. — Lark provocou sua melhor amiga, puxando uma das longas mechas cacheadas. — Eu realmente sou. Passei quatro anos em Houston e juro que fizemos chamadas de vídeo todos os dias, o tempo todo, meu plano de dados era inútil. — Ela olhou significativamente para Lark. — Você sabe do que estou falando. Não me diga que você não conversa com seu pai todos os dias. — Eu falo com meu pai todos os dias, e daí? Converso com a mamãe ainda mais. Quer dizer, sou a queridinha do papai? Claro, mas também sou a queridinha da mamãe e da vovó. Sinto falta deles. Houston tem sido um lugar maravilhoso para iniciar minha carreira, mas o direito corporativo é realmente implacável. Eu consigo lidar com isso, mas juro que preciso gritar em um travesseiro pelo menos uma vez por dia. — Ela pegou sua bolsa quando ela apareceu no carrossel. — É tudo que você trouxe? — Ollie arqueou a sobrancelha. — Sim, é tudo que eu trouxe. — Ela decidiu que era hora de contar. — O caminhão de mudança está trazendo o resto. — Ela começou a se afastar de Ollie, puxando sua mala atrás dela. — Lark! — Ollie a puxou de volta. — Caminhão de mudança? Você está voltando para Dallas? Ela assentiu com lágrimas nos olhos. — Sim. — O que aconteceu? Por quê? Eu pensei que você e o Douglas estavam vivendo em um paraíso no condomínio e que você estava indo muito bem no escritório de advocacia. Você está voltando? E quanto a-... — Ollie se calou e acariciou a bochecha dela. — por que você está chorando? O que aconteceu? Quem eu preciso matar? — — Eu peguei o Doug transando com a secretária dele no escritório do escritório de advocacia e fiz um escândalo. Adivinha quem foi demitida por jogar um vaso de planta na porta de vidro para expor as bundas nuas deles para o resto do escritório? A boca de Ollie abriu e fechou várias vezes enquanto olhava para sua melhor amiga.  — Por que você não me ligou? — Aconteceu ontem. Eu já estava planejando vir para o aniversário da mamãe e do papai, então achei que apenas te contaria quando chegasse aqui. Aconteceu às nove da manhã. Esse i****a me fodeu antes de sair da nossa cama às seis e depois foi para o escritório e às nove já estava metendo fundo nela, com sua gravata em sua boca a sufocando. Ele puxava a gravata como se estivesse cavalgando um pônei, e nem mesmo me viu entrar no escritório. Eu abri a porta. Fechei a porta. Então perdi o controle e arremessei a planta pelo vidro. Foi aí que ele me viu. Fui chamada para o RH dentro de uma hora por violência no local de trabalho. Ele foi demitido por t*****r com uma subordinada. Ele voltou para o apartamento e me culpou. Ele realmente me culpou por ele ter sido demitido. Ele disse que iria para a casa dos pais dele durante a noite. Em vinte minutos, chamei um caminhão de mudança lá e tirei tudo em duas horas. Passei a noite em um hotel e então peguei meu voo e pronto. — Precisamos voltar para Houston. — Ollie disse seriamente. — Eles precisam pagar. — Ele perdeu o emprego. Acho que ele está pagando pelos erros dele. — Não é nem perto o suficiente. Lark sabia que a expressão no rosto de sua melhor amiga não era para ser brincada e rapidamente tentou dissuadi-la antes que Ollie chamasse favores com a suposta máfia com quem seu avô se relacionava. — Está tudo bem. Vai ficar tudo bem. — Você foi demitida? Não deveria ter sido demitida. — Meu pai já está cuidando do meu caso de demissão injusta. Ele foi a primeira pessoa que liguei, e liguei para ele enquanto ainda estava na reunião com o RH. Eles não ficaram satisfeitos, mas que se dane eles. Eles me ofereceram uma indenização e eu recusei, dizendo que meu advogado entraria em contato. O riso do meu pai foi quase assustador quando ele desligou o telefone. — Sinto muito que você esteja passando por isso. — Ollie apertou suas mãos. — Como posso ajudar? — Apenas seja você. — Ela sorriu suavemente. — Apenas seja minha melhor amiga como você sempre é e sempre foi. — Bem. — Ela retirou a mala das mãos de Lark. — Vamos definitivamente a uma boate hoje à noite. Ela torceu os lábios. — Temos que ir? Mamãe e papai vão querer passar tempo comigo. — Sua mãe vai me apoiar em dizer que a melhor maneira de superar um homem é arranjar outro. Ela odiava o Douglas. Odiava mesmo. Ela não escondia isso, Lark. Ela riu ao pensar em sua mãe. Everly Hoffman era uma mulher de personalidade forte que não tinha papas na língua. Ela era uma empreendedora autodidata que nunca hesitava em dizer o que pensava. Há menos de um ano, quando ela se mudou para o novo apartamento com Douglas, sua mãe perguntou se ela estava certa de que era isso que ela queria, porque ela tinha certeza de que Lark não estava apaixonada por ele e Everly tinha certeza de que o homem não a amava do jeito que ela merecia ser amada. Ao invés disso, ela ignorou as preocupações de sua mãe, citando que nem todos têm a sorte de ter os amores de conto de fadas que seus pais ou os pais de Ollie tiveram. Ambos os casais de pais experimentaram amor à primeira vista, amor eterno e devoção, e apesar de ambos os homens serem homens fortes e arrogantes com grandes contas bancárias, eles adoravam suas esposas. Ela se mudou com Douglas porque sentia que o amava, e sabia que não era realista esperar que alguém no mundo real tivesse amor do jeito que seus pais foram presenteados. Mas uma parte dela ouviu o aviso de sua mãe. Em vez de comprar o apartamento juntos, eles alugaram. Douglas então transou com a secretária dele no aniversário de um ano em que se mudaram juntos. Ele fez amor com ela antes de ir trabalhar com a promessa de um jantar de aniversário especial. Ela estava tão empolgada com seu dia que chegou ao escritório mais cedo do que o normal e ficou encantada com as flores entregues em sua mesa de trabalho. Ao chegar no escritório dele para agradecê-lo, o encontrou com a secretária. Ela afastou a lembrança. Ela se viu sorrindo maliciosamente ao considerar que ligou para a empresa de aluguel de carros na noite anterior de ir para o hotel e informou que não estava renovando o contrato imediatamente e estava deixando a cidade. Ela até pagou a multa de três meses. Douglas teria que lidar com o fato de que agora estava sem lugar para morar, e ela nem mesmo lhe deu a oportunidade de tirar suas coisas do apartamento. Dane-se ele. — Por que você está sorrindo? — Ollie perguntou enquanto caminhavam em direção ao carro esperando por elas.  — Eu entreguei as chaves do contrato do apartamento para a empresa de aluguel hoje de manhã antes de pegar meu voo. Eu cancelei o aluguel e disse a eles que podiam alugá-lo imediatamente. Ollie deu risadinhas enquanto o motorista levantava a mala e a colocava na parte de trás do carro. — Lark, sua veia vingativa é quase tão boa quanto a minha. — Espere até eu te contar o que fiz com o carro dele. Enquanto as meninas entravam na parte de trás do carro da cidade, elas riam e Lark decidiu que se fosse passar por uma decepção amorosa, não havia ninguém mais que ela gostaria de ter ao seu lado do que sua melhor amiga.
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