Malva _ Quer que eu te devore? Eu te devoro e depois vamos... _ Vá dormir e me deixe em paz. - me encolho, tentando criar uma barreira de proteção. Sinto um beijo suave na cabeça e logo ele se afasta. Ettore me dá espaço, me oferece tempo, fechando as cortinas do mundo que construí para nós, de onde desejo expulsá-lo a pontapés. Estou exausta desse rola e não rola sem fim. Quero atropelar esses conceitos ridículos; qual a diferença se vamos nos casar? Busco no silêncio meu refúgio, por ora, preciso de um pouco de nada, sem me preocupar com o futuro. Ouvimos um barulho e me assusto, jogo o lençol para longe e olho para Ettore com os olhos arregalados. O siciliano faz um gesto para que eu fique em silêncio. Ele apaga a luz do abajur e o quarto mergulha na escuridão. Respiro rápid

