Leo Raspallo parou o carro do outro lado da estrada e olhou para a
igreja de San Esteban, dominado pela grandiosidade da arquitetura e
da história envolvendo todas as TIC1. Era uma edificação no qual o
Criador dos céus e da terra poderia na realidade dignar-se a viver.
Pegou o celular e pressionou Angelo no botão de discagem rápida.
Havia falado temerariamente com o seu irmão. Leo não gostava do que
teria que fazer. Amaldiçoou quando a chamada caiu no correio de voz.
Angelo nunca conferia seu correio de voz. Não gostava de ser
incomodado, e não sabia quando ele ligaria de volta.
Depois do peso na consciência por tirar a vida de um homem, Leo
jurou não voltar a agir assim nunca mais. Seu rosto estava marcado
para sempre devido àquela terrível noite. Sabia que as pessoas deviam
sussurrar. Como ele conseguiu a cicatriz? Ele a merecia, sem dúvida.
Leo esperava que a antiga lembrança do pecado o mantivesse no
bom caminho, havia demasiados caminhos que serpenteavam ao seu
redor, e todos o levavam ao inferno.
Desta vez, tratava-se de uma mulher na sua consciência, mas não
havia nenhuma cicatriz física. Ele a havia usado e ela quebrou, e
finalmente, seria o responsável por sua morte.
O propósito, dizem que é bom para a alma.