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1209 Palavras
Alice Minha rotina aqui na casa da minha irmã era estranha eu ia pra faculdade e quando chegava estava sozinha, quase nunca via ela ou o marido geralmente eles só estavam em casa a noite e eu sempre estava no meu quarto, tentei por algumas vezes me aproximar dela mais sempre pareceu impossível era como se ela tivesse criado uma barreira pra me afastar. Tentei por várias vezes mais por fim deixei de mão não adianta bater na mesma tecla quando um não quer dois não brigam. Eu estava encantada pela faculdade m*l via a hora de começar a ir ainda bem que já estava perto. Minha mãe m*l me ligava era sempre uma vez na vida e outra na morte, mas pra Bianca ela ligava todos os dias muitas vezes eu sábia que estavam falando de mim pois ouvia meu nome nunca vou entender porque ela trata nos duas assim com tanta diferença. Fui dar uma volta no centro e parei em um café era perto da faculdade e já tinha se tornado um dos meus lugares favoritos. -Posso sentar aqui? Era meu cunhado vestido em um terno preto, o cabelo todo penteado e um sorriso lindo nos lábios, esse homem era um sonho de consumo de qualquer cidadão. - Pode...pode sim Cristian Ele se sentou na minha frente e começou a puxar conversa - O que faz tão longe de casa? - Ah eu estava conhecendo os lugares perto da faculdade e esse se tornou o meu lugar favorito Ele sorriu olhando pro local -Aqui é bem legal mesmo bonito e confortável Concordei bebericando um pouco do meu café - E você oque faz por aqui? - Estava em uma reunião aqui perto minha empresa fica próximo daqui - Poxa que legal Começamos a conversar sobre vários assuntos ele era uma pessoa que apesar de ter o jeito todo fechado sabia ser extremamente simpático. O celular dele tocou e ele atendeu animado mais na hora que ele falou onde estava e com quem estava sua expressão mudou e ele começou a discutir com a pessoa que eu acredito ser minha irmã. - Deixa eu ver se eu advinho era minha irmã e ela ficou com raiva por você estar aqui comigo Falei achando graça e ele ficou todo sério - Não não é que ela tenha se chateado ela só não gostou muito da ideia - Não precisa tentar por panos quentes em cima eu conheço a minha irmã e sei que teremos problemas quando chegar em casa - Não dá pra negar né? Perguntou se referindo ao comportamento da minha irmã e eu neguei - A conheço bem sei que ela deve estar espumando de raiva acho que ela tem medo de nois dois juntos, mas isso é tão absurdo - Sua irmã tem horas que é impossível Eu sorri de lado era bizarro as coisas que a minha irmã fazia. Ele me ofereceu uma carona pra casa e eu aceitei pois não vi m*l algum nisso, mas me arrepende assim que chegamos em casa pois uma Bianca com a cara nada boa nos esperava. - Boa noite Bia ele falou beijando ela que sorriu de derretendo toda - Bom se vocês me dão licença eu vou lro meu quarto me trocar falei saindo da sala e indo pro quarto não demorou muito ela veio atrás de mim com quatro pedras na mão como sempre - Eu não fiz nada demais Bianca deixa de ser doida - Você acha que sair com meu marido e depois aceitar carona dele não é nada demais? massageei as têmporas tentando aliviar a dor de cabeça e todo o estresse - Sim eu acho, e se você não fosse uma louca ia achar também, mas na sua cabeça diabólica você acha que eu estou tentando roubar o seu marido ela sorriu irônica me olhando dos pés a cabeça com desdém - Eu sei que você está mais pra isso acontecer você teria que ser bem melhor que eu e isso você não é nois duas sabemos o tipo de pessoa que você é não é mesmo Alice? perguntou em tom de ironia eu juro que eu estava me segurando pra não voar no pescoço dela - Desde quando eu cheguei aqui eu tenho feito de tudo pra tentar ser sua amiga, todos os dias faço questão de preparar o jantar que sei que você gosta, faço de tudo dentro dessa casa tento puxar assunto com você todos os dias mas você só me ignora você me detesta e não faz o mínimo esforço pra parecer que é mentira - Ah meu Deus pobre coitada fiquei até com pena agora você é tão boazinha não é mesmo Alice? Quase um anjo coitada gargalhou da minha cara - Me poupe Alice todo mundo sabe quem você é o tipo de pessoa que você é, a única pessoa que acreditava nesse seu teatro estar morta e enterrada então para de fingir ser oque você não é porque você não engana mais ninguém - Você me odeia não é mesmo? me odeia pelo nosso pai sempre preferir a mim? agora que culpa eu tenho disso? - Você tem culpa sim é uma sonsa sempre foi eu odeio você odeio, odeio esse seu jeito de boa menina odeia a sua calma eu simplesmente detesto você e tudo que você representa - Então porque me aceitou na sua casa? eu juro que não entendo você me odeia tanto pra que me deixou vir pra cá? só pra me humilhar? - Porquê a minha mãe me pediu quase implorou e pra pra eu não consigo negar nada mesmo que seja você dentro da minha casa, acho bom você começar a andar na linha ou então eu mando você de volta pra morar com ela e com o Carlos sem pensar duas vezes. Ela falou isso e saiu batendo a porta do quarto com força que ódio, minha vontade era meter a mão na cara dela com tanta força mais tanta força que meus dedos iam afundar na pele dela. Nada que eu faça vai mudar o ódio que ela sente por mim e por mais que eu tente agradá-la ser uma boa irmã não resolvia tem coisas que nascem pra não dar certo e eu e ela somos assim. respirei fundo sentando na cama e pensando no que fazer, eu precisava sair daqui, Bianca me odeio e vai fazer da minha vida um inferno tenho certeza, mas não tenho pra onde ir afinal sou menor de idade e não tenho muitas escolhas, mas pelo menos por hoje eu quero ficar longe dessa casa eu preciso ficar longe de tudo isso. Uma decisão eu já tomei assim que eu fizer dezoito anos vou pegar minha parte da herança e sumir no mundo sem dar notícias pra elas duas oque vai ser um grande alívio pra ambas já que me detestam. liguei pra única pessoa que eu sei que vai me receber de braços abertos minha melhor amiga a Júlia, arrumei uma bolsa com roupas e algumas coisas que eu poderia precisar e sai daquela casa. Sempre que eu precisava de um apoio ou que as coisas estavam insuportáveis em casa era pra casa da Julia que eu corria.
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