Que ótimo! Eu estava bem arranjada, como se já não bastasse ser odiada por Victor, eu também era odiada or sua mãe, ainda bem que pelo menos a irmã dele gostava de mim, porque senão eu estaria lascada.
Então sem saber direito o que fazer, eu apenas respondi:
- Não se preocupa, não, eu não gosto do seu filho, e não quero namorá-lo. - Dei um sorriso falso.
E ela disse achar ótimo aquilo, porque eu não era garota pra ele. Cara, isso me doeu tanto. Até hoje não entendo o porquê dela ter dito isso.
Ai meu Deus a quem eu queria enganar? Como assim eu não gostava dele? Como assim eu não queria namorar ele? Eu era completamente apaixonada pelo Victor, e poder namorar ele era o meu maior sonho, mas eu sabia que ninguém podia saber daquele meu sentimento, então eu escondi durante anos, e nunca ninguém desconfiou do que eu sentia, quer dizer eu acho que não, e se desconfiaram nunca me falaram nada, mas eu acho que até os meus olhos já me entregavam, apenas pela forma que eu o olhava, pois era nítido que eu não o via apenas como um amigo.
Alguns dias depois eu estava jogando futebol com o Jeferson, a Kerolayne, a Joanna e o Fabricio, e de repente quem me aparece? Sim, ele, o próprio, o Victor, com aquele cabelo castanho encaracolado, aqueles olhos brilhantes, e aquele sorriso que encantava qualquer uma, e aí de que jeito eu ia conseguir prestar atenção no jogo? Definitivamente não tinha como, comecei a admirar aquela beleza que estava diante dos meus olhos, beleza que eu nunca havia visto antes em nenhum outro garoto. Mas em um piscar de olhos vi que ele me olhava, e voltei a prestar atenção no jogo, e segundos depois ele começou a jogar bola com a gente. Porém no que eu fui tentar tirar a bola dele, acabei chutando seu tornozelo, meu Deus, pra quê? Aí acabou minha alegria, acabou o jogo, acabou tudo!
Então pra tentar me redimir fui lhe oferecer ajuda, e ele gemendo de dor, apenas disse:
- Ajuda pra quê? Pra quebrar o meu outro tornozelo, não, obrigado, eu dispenso sua ajuda. - Gemeu, fazendo eu ficar com remorço.
Então com os olhos vermelhos, e engolindo o choro, eu apenas sorri, lhe pedi desculpas, e fui para a minha casa. Por que eu gostava de um garoto que me tratava tão m*l?
Naquela mesma noite deitada, eu comecei a lembrar de como foi o meu dia, e pensando sem parar, eu acabei por me dar conta de que havia tido um progresso na relação minha e do Victor, pois naquele dia a gente tinha até jogado futebol juntos, coisa que nunca tinha acontecido antes, e mesmo com aquela mancada que eu dei ao chutar seu tornozelo ao em vez da bola, mesmo assim eu estava feliz, pois para mim qualquer minuto ao lado dele era de extrema felicidade. E enquanto eu não conseguia pegar no sono eu cheguei a uma conclusão: É,de fato eu estava apaixonada, e não dava mais pra negar! Sério que eu ainda tinha alguma dúvida? Ah, eu só queria que as coisas se acertasse entre a gente.