O relógio de parede marcava 16h45 quando o entregador dos correios chegou. Trazia um pacote do tamanho de uma caixa de sapato embrulhado em papel pardo na mão esquerda e uma expressão de m*l-estar no rosto. — Boa tarde. Entrega para o senhor Barreto. Mena desviou os olhos dos papeis que organizava. Ergueu-se mais por educação do que por necessidade e contornou sua mesa indo na direção do recém-chegado. — O Professor Barreto não está. Sou a secretária dele... O senhor está bem? Parece meio... la dizer pálido, mas na verdade o rosto do homem mostrava um tom amarelo doentio. Apesar da temperatura amena, sua testa estava porejada de suor e o peito da camisa do uniforme, molhada. O homem derrubou a caixa sobre a mesa e cambaleou. Mena conseguiu amparar a queda parcialmente. Usando o corpo

