- Reginaldo, você ainda me ama? Por que ela cismava em perguntar isto? Toda humanidade padecendo no juízo final e ela sempre egoísta, preocupava-se apenas com sua carência. A cada duas horas ela fazia a mesma pergunta, querendo uma reafirmação para alimentar seu ego presunçoso. Eu já não conseguia mais fechar meus olhos, sempre vinha à imagem daquelas centenas de corpos apodrecidos vindo por todas as direções, marchando sedentos, gemendo, implorando um trago do meu sangue. Dormir então... Há três dias que arranquei esta palavra do meu vocabulário, eu vivia uma vigília constante, minutos de cochilos interrompidos por terríveis pesadelos. Era melhor assim, em momentos de privações não podemos ter regalias nem fechar os olhos muito tempo. Era meu dever fiscalizar a tripulação, olhar até a li

