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DONA MARTA NARRANDO Olhei para o espelho e, por um momento, nem me reconheci. Passei a mão devagar pelo cabelo novo, sentindo cada cacho volumoso cair sobre os meus ombros. Era como se eu estivesse vendo uma versão minha de anos atrás. Uma versão que eu achei que nunca mais voltaria. Sorri. Fazia tanto tempo que eu não me sentia assim… bonita, viva, renovada. Meus olhos começaram a marejar, e eu respirei fundo para conter as lágrimas. — Ai, meu Deus… Clara, que estava do meu lado, sorriu, satisfeita. — Eu não falei, Dona Marta? Tá maravilhosa! Camila, a menina que fez meu cabelo, bateu palmas, animada. — Eu tô falando, vocês não confiam no meu trabalho! Eu sorri emocionada, mexendo nos cachos. — Eu tô linda… Eu tô muito linda! Clara riu. — É óbvio que tá! Me virei para ela e

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