Débora Narrando Eu tava jogada no sofá da Carol, com a perna cruzada e o celular na mão, rolando a tela sem muito interesse. Meu corpo ainda doía dos últimos dias, o braço engessado me lembrando da merda que foi ter cruzado o Caio daquele jeito. Eu nunca imaginei que ele ia ser capaz de me jogar no chão, de me machucar daquele jeito. Mas era aquilo: Caio não deixava barato, e agora eu tava aqui, com roxos espalhados pelo corpo e um braço fodido, me recuperando na casa da minha melhor amiga. Suspirei, impaciente. Não podia ficar ali pra sempre. Meu dinheiro tava acabando, e depender da Carol, por mais que ela não reclamasse, não era opção. Eu precisava me virar. Foi quando o celular vibrou na minha mão, pela milésima vez com o Rato atrás de mim. Ele já tinha me mandado um pix a uns dias,

