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607 Palavras
Camila narrando Estou me sentindo um lixo, sinto dor em tudo,por dentro e por fora , eu m*l consigo me mexer ,minha boca está cortada e saindo sangue de tantos socos que ele me deu. Tento me levantar e me sinto tonta, não consigo me mexer ou muito menos andar direito. Sinto quando entram duas vezes no quarto andam em volta da cama e depois vão embora , me encolhi na cama e fingi que estava dormindo. -Camila? - Sinto a voz de Marina entrando no quarto. - Eu vim te ajudar, ele te machucou muito. -Ela fala se aproximando da cama, apenos levanto a cabeça e subo meu olhar até o dela. - Toma esse remédio para dor. - Ela diz me estendendo o remedio e um copo de água. -Vou te ajudar a levantar para tomar um banho e depois cuidar dos seus machucados. Marina me ajudou a ir até o banheiro, com muita dor e dificuldade para andar eu consegui chegar até lá, a dor em baixo da minha cintura estava insuportável. - Você era virgem? -Marina me pergunta enquanto ligava o chuveiro. - Sim. - Digo baixo já que até para falar estava doendo. Eu estava zonza, e me segurava nas paredes e nela para conseguir ficar em pé. - d***a. - ouvi a Marina resmungar para ela mesmo. Ela me deixou ali de baixo do chuveiro enquanto foi pegar alguma coisa la no quarto. Eu estava me sentindo imunda, suja, um lixo. O que o meu pai fez para esse cara para ele me s********r e me tratar assim, se eu não tivesse convencido meus pais a dispensar os seguranças, isso nunca teria acontecido. - Vem, vamos, que eu te ajudo a sair. - Marina fala assim que chega no banheiro. Ela parece ser bipolar, uma hora ela me trata bem e outra não. Ela me ajudou a sair, a me secar , e me vestir, ela me levou até a cama, e agradeci mentalmente que ele não estava por ali. - Coloca esse saco de gelo no meio das suas pernas vai ajudar a aliviar a dor. - Ela me entrega e eu ajeito o saco. -O que o meu pai fez para vocês? - Pergunto a ela, que estava colocando curativo nos cortes no meu rosto . Ela me olha , e parece pensar uma resposta para me dar. - Muita coisa. - Ela diz fria, e continua fazer o que estava fazendo. - Ele vai continuar me machucando? - Digo engolindo seco. Ela me olha e apenas assente, e ali eu já entendi que aqui seria o meu fim, que ele iria me torturar até a morte, mas eu queria entender o porquê. Marina me trouxe comida, água, e mais remédio já que eu tinha reclamado para ela que eu estava com muita dor. Me ajeitei em um canto da cama, a onde eu só não caia porque era o lado da cama grudada na parede, me tampe até a cabeça e ali fiquei encolhida, eu estava morrendo de sono, mas a dor não me deixava dormir, doía tudo, por dentro e por fora. Senti a porta abrir e pelos passos firmes no chão, senti que era ele, meu coração acelerou, mas fiquei ali quieta. - Se você ficar sem respirar , você vai morrer. -Ele disse andando pelo quarto e fechando a porta que acredito ser do banheiro. Quando sinto que ele não estar mais ao meu redor, eu solto a respiração. E enfim, parece que o remédio está fazendo efeito, e o meu corpo amolece, e aos poucos vou fechando os olhos e conseguindo descansar um pouco.
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