Th O sol estava implacável, castigando o Rio com um calor infernal. Saí da boca suando e decidi tomar um açaí para refrescar. Montei na minha moto e desci a rua, sentindo o vento quente no rosto. Foi então que vi Fernanda subindo a ladeira, acabando de voltar do trabalho. Th _ iae gatinha! Sobe aí, te dou uma carona _ falei, meu sorriso desafiador. Ela me olhou com aqueles olhos que sempre me tiravam do eixo e sorriu, hesitante. Fernanda _ Se meu irmão ver, ele te mata. Você sabe disso _ disse, subindo na moto, mesmo com o aviso. Th _ Não tá acontecendo nada demais aqui _ respondi, dando partida na moto, o ronco alto abafando qualquer resposta dela. Ela se agarrou a mim, e aquela sensação familiar de perigo e desejo misturados tomou conta. Fernanda e eu tínhamos uma história antiga, c

