Hellen voltou para a sala do quarto de luxo, os passos firmes ecoando pelo chão de mármore enquanto seu olhar passeava pelas janelas amplas que deixavam entrar a luz suave da manhã. A vista de Veneza, com seus canais serpenteando pela cidade, poderia ter acalmado qualquer outro visitante. Mas ela não estava no clima para admirar paisagens. Havia algo no ar, uma sensação de urgência misturada com frustração que se acumulava dentro dela. Ao sentar-se à mesa, ela serviu-se de um copo de suco fresco, observando por um momento o farto café da manhã preparado à sua frente. Croissants, frutas frescas, pão macio — tudo parecia perfeito, mas ela não sentia fome. Pegou um pedaço de pão, mais por costume do que por necessidade, enquanto seus olhos caíam sobre o envelope que ainda repousava na mesa.

