Vou em direção à cozinha com passos apressados, mas nem consigo abrir a porta, pois sinto um puxão no braço e Dereck me arrasta para outro lugar. — O que está fazendo? — Pergunto, tentando me soltar do seu agarre. — Estão todos olhando para nós. Me solta. — f**a-se. Eu não ligo — avisa e só para de me puxar quando estamos a sós, no vestiário dos funcionários. — Por que trocou de número? — Há raiva em sua voz e só o fato de Dereck Salvatori estar tão irritado por isso me mostra o quanto somos de mundos diferentes. Ele está acostumado a sempre ter o que quer. Já eu, preciso correr atrás se quiser ter o mínimo. Sua família faz doações e organiza eventos de caridade. Eu trabalho neles, servindo copos e sorrindo feito idiota para conseguir uma gorjeta. Sim, há um abismo entre nós.

