Capítulo 19: Minha prioridade

1164 Palavras
JACE Assim que minha coroa saiu do quarto, eu me joguei no banho. Depois de uma sequência de shows, um voo cansativo e uma noite m*l dormida, eu queria estar com uma boa aparência quando visse a Isabela. Sei lá, mano, a mina mexe comigo de um jeito diferente. A água quente bateu nas minhas costas e relaxou os músculos. Eu fechei os olhos, tentando organizar os pensamentos. Desde que Isabela apareceu na minha vida, eu tava diferente. Não era mais só curtição e pegação, agora eu me pegava pensando nela a todo momento. Papo reto, isso era novidade pra mim. Saí do banho, me enrolei na toalha e fui direto pro closet pegar uma roupa. Escolhi um short de moletom e uma camiseta branca justa, básica, mas estilosa. Passei um perfume maneiro e saí do quarto. Na sala, encontrei minha mãe tomando café. Ela me olhou com um sorrisinho malicioso, como se soubesse exatamente quem eu tava querendo ver. Mãe é bicho sinistro, percebe tudo. — Bom dia, filho. Dormiu bem? — ela perguntou, segurando a xícara de café. — Dormi, mãe. Mas tô com saudade de uma certa pessoa. — Respondi, pegando um pão e mordendo sem pressa. Ela sorriu e piscou pra mim. — Tá lá na varanda. Acho que ela também tava esperando você acordar. Meu peito aqueceu na hora. Deixei o café de lado e fui direto pra varanda. Assim que pisei lá fora, vi Isabela encostada na grade, olhando pro horizonte. O sol batia no rosto dela, realçando aqueles olhos azuis de tirar o fôlego. Ela tava linda, com um short jeans curto e uma blusa soltinha. — E aí, gata? Sentiu minha falta? — soltei no meu tom brincalhão de sempre. Ela virou devagar, os olhos brilhando. — E se eu disser que não? — provocou, cruzando os braços. Cheguei mais perto, encostando no parapeito ao lado dela. — Vai mentir pra mim logo cedo, princesa? — provoquei de volta, me inclinando. Ela riu, mas não desviou o olhar. Isso era outra coisa que eu curtia nela. Isabela não abaixava a cabeça, não ficava tímida com meu jeito. Ela jogava o jogo, e isso só me fazia querer mais. — Tá descansado? — ela perguntou, mudando de assunto. — Descansado, nada. Mas agora que tô aqui com você, já valeu a pena. — Falei sincero, sem zoeira dessa vez. Ela corou um pouco, mas manteve o sorriso no rosto. Se aproximou devagar, como se estivesse testando os próprios sentimentos. Era um clima diferente, uma conexão que eu nunca tinha sentido com ninguém. Puxei ela pela cintura, colando nossos corpos. Ela não resistiu, só suspirou baixinho, e aquilo me deu certeza de que o desejo era recíproco. Mas eu queria mais do que só desejo. Queria conhecer cada detalhe dela, queria que ela entendesse que eu tava aqui pra cuidar dela. — Jace... — ela sussurrou, me olhando nos olhos. Passei os dedos pelo rosto dela, sentindo a pele macia. — Fala, princesa. — Eu nunca pensei que você fosse assim... tão diferente do que eu imaginei. — Ela admitiu, e isso me fez sorrir. — E como cê me imaginou? — Um pegador inconsequente, um cara que só pensa em curtição. Soltei uma risada baixa. — E eu não sou? Ela revirou os olhos, mas sorriu. — Não totalmente. Tem algo mais em você, algo que me faz querer ficar perto. E isso é meio assustador, Jace. Passei o polegar no queixo dela, mantendo o contato visual. — Então vamo descobrir juntos, sem medo. Fechou? Ela hesitou por um segundo, mas depois assentiu. E naquele momento, eu soube que Isabela tava começando a confiar em mim de verdade. E eu ia fazer de tudo pra não decepcionar. Acariciei o rosto dela, e me aproximei lento, mas ela sacou o que eu queria. Ela abriu a boca um pouco, eu rocei meus lábios no dela, iniciei o beijo lento e sem invadir tanto. Eu tava ali, na varanda, beijando a Isabela pela primeira vez. Que beijo, irmão! Quente, molhado, cheio de desejo. O gosto dela era viciante, uma mistura de frescor e mistério que me deixava ainda mais doido. O céu azul, o mar infinito na nossa frente, e a brisa bagunçando o cabelo dela... tudo jogando a favor. Porra, era pra ser o momento perfeito. Minha vontade era de puxar ela pra mais perto, de apertar aquela b***a maravilhosa, de sentir cada curva do corpo dela colado no meu. Mas me segurei. Não queria assustar a gata, queria que ela sentisse que ali tinha mais que só t***o. Então, mantive uma mão na cintura dela e a outra na nuca, acariciando o rosto com delicadeza. Ela se entregava no beijo, acompanhando o movimento da minha língua, sem pressa, sem medo. Era uma sensação nova pra mim, diferente de tudo que já tinha vivido. O problema é que meu corpo não mentia. Meu p*u endureceu na hora, e ela sentiu, não tinha como não sentir. Só que eu não me afastei, queria que ela soubesse o quanto me mexia comigo. Mas foi ela quem se afastou primeiro, ofegante, colocando a mão no meu peito, me segurando como se quisesse manter um limite. — Jace, estamos indo rápido demais. — A voz dela era suave, mas firme. Pô, parceiro, ela tava me dispensando depois desse beijão? Meu primeiro instinto foi de frustração, mas me segurei. — Me desculpa, Bela. — Falei sem nem pensar. Eu? Pedindo desculpa por um beijo? Devia estar doente de amor, só podia. Ela sorriu, daquele jeito que dizia “não precisa se desculpar”. Um sorriso de quem também queria, mas tava tentando segurar a onda. — Eu queria também, mas só está cedo, entende? — Ela explicou, e aquilo me deu um alívio do c*****o. Beleza, ela só precisava de tempo. E eu ia dar. Entramos de volta na sala, e minha mãe já tinha sumido. Melhor assim, menos gente pra atrapalhar o clima. Me joguei no sofá e puxei ela pra sentar do meu lado. A gente ficou ali conversando sobre qualquer coisa até que eu resolvi soltar a ideia. — Hoje tem bloco de carnaval onde eu vou cantar. Quero que você vá comigo. Vai ser uma honra ter você lá. Ela hesitou por uns segundos. Normal, né? Mas logo cedeu e aceitou o convite. — Mas eu não tenho fantasia. — Ela disse, mordendo o lábio inferior, e eu quase pulei em cima dela de novo. — Relaxa, eu mando o Paco trazer uma pra você. O que você quer usar? Ela pensou por uns instantes e abriu um sorriso sapeca: — Quero ir de anjinha. Achei fofo. — Fechou, então. Vou de anjo também. Vamos combinar. E f**a-se as manchetes. Ela riu, meio sem graça, mas aceitou. Eu só queria ela lá, perto de mim. Que vissem, que comentassem, que falassem merda. Dane-se. Ela tava se tornando minha prioridade. E quando eu coloco algo na cabeça, ninguém tira.
Leitura gratuita para novos usuários
Digitalize para baixar o aplicativo
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Escritor
  • chap_listÍndice
  • likeADICIONAR