Hell Narrando
Depois que a Celina foi embora, eu subi direto pro quarto do Teto. Bati na porta, mas ele nem respondeu. Fiquei olhando um tempo, respirando fundo, sentindo aquele aperto no peito que só aparece quando a parada é séria. Não dava pra ignorar.
Sem perder tempo, fui pro quarto da Alice. Bati na porta e ouvi a voz dela:
— Pode entrar.
Abri devagar e meu coração quase parou. Ela tava sentada no chão, encostada na cama, os joelhos abraçados e as mãos apertando forte, como se tivesse tentando se proteger do mundo. Na hora eu corri, não pensei, só me joguei nela. Peguei ela nos braços e sentei na cama com ela no colo, como se fosse uma criança. Minha filha. A mesma que eu não cuidei quando era pequena, mas que agora eu vou cuidar. De qualquer jeito, custe o que custar.
— O que
