Capítulo 2
Alicia narrando
Eu estava amarrada e amordaçada, esses monstros me fizeram ver toda a morte do meu marido, as lagrimas descia sobre o meu rosto.
— E agora Joé? – um deles pergunta
— VocÊs já sabem o que fazer, preciso voltar para o morro – ele me encara – uma -pena, ser tão bonita dessa forma e acabar morta por causa do filho da p**a do seu marido.
Eu começo a me debater mesmo amordaçada, ele sai e os outros homens começam a rir e começam a comentar sobre minha beleza e o meu corpo, as lagrimas descia sem parar sobre o meu rosto, eu estava sentindo medo e ao mesmo tempo raiva, sempre disse que a Fabio que esse seria o seu destino mas nunca achei que realmente aconteceria.
— Vamos boneca – um fala – vamos brincar.
Eu tento chutar mas estava amarrada, eles me fazem como boneca, me jogam de um lado para o outro, foram horas de torturas, eu não aguentava mais, meu corpo gritava de dor e ao mesmo tempo parecia naõ sentir nada, as lagrimas descia, sentia meu corpo sangrando, ardendo, eles me colcoam no porta mala de um carro e eu vou perdendo totalmente o sentido, uma hora eu abria os olhos e via tudo preto, outras horas conseguia identificar o porta mala , o carro para e esse era o meu maior pesadelo e desespero, eu estava amarrada, eles me tiram de dentro do carro como nada e me jogam no chão, um pega uma pedra e começa a bater forte em meu rosto, com muita força, meu rosto sangrava sentia o gosto do sangue pela boca, eles me bateram muito, eu sentia meu rosto em carne vida, eles me pegam e me jogam pela ponte em um rio com correnteza.
Ao me jogarem começo a me afogar, a me debater, era h******l, que sensação horrivek, meu corpo afundava e voltava, o rio me levava e eu me afogava, eu não aguentava mais, meu corpo estava mole, até que consegui com a corda amarrada em minhas mãos me segurar em uma pedra, com o instinto em sobreviver, eu comecei a voltr ao sentido.
E se eu sobrevivesse, eu jurava vingança a esses filhos da p**a!
Capítulo 3
Persefone narrando
Eu coloco meu pote em cima do banco e a mochila também, pego uma garrafa de água e tomo um pouco de água, o calor do Rio de Janeiro estava literalmente, eu olho para os lados e vejo uma viatura da policia, guardo o pote na mochila e disfarço andando como se fosse uma pessoa normal em Copa Cabana, entro para praia e vejo que a viatura se afasta, pego o pote e começo a oferecer.
— Gostariam de comprarf brisadeiro?
E assim eu ia oferecendo um por um, minha vida era uma m***a literalmente, eu cresci sozinha jogada pelo morro do Atibaia, mas nunca abaixei a cabeça para nada e nem ninguém, aprendi a me virar desde cedo, a fazer os meus corre e ganhar grana, fome eu não passava.
Eu chego no morro e na mesma hora sou parada.
— Qual é confusão? – eu pergunto para ele – tá me parando, porque?
— Ordens lá de cima – ele fala – abre a mochila.
— Tem nada não – eu falo para ele.
— Anda, precisamos revistar a todos, complique não, se não vai para o desenrolo – ele fala
— Fala sério.
Abro a minha mochila e ele olha ela e me encara.
— Fala sério, pegando d***a de fora, quer ir para o desenrolo Persefone.
— Aqui ninguém me vende.
— Claro, tu é maior x9, vive devendo grana por ai.
— Tu sabe das minhas necessidade.
— Atibaia não gosta de caridade não.
— Deixa passar vai.
— A próxima, tu vai tentar respirar e não vai poder – ele fala – vai respirar terra garota.
— Valeu Confusão.
Eu começo a subir o morro e começo a escutar os comentários, Atibaia o dono do morro, matou um PM aqui e ai o negocio ia ficar f**o, porque quando mata PM, a PM sobe o morro ou caça os moradores e fazem o tendeu, teria que me cuidar quando fosse para fora.
Eu ficava em um quartinho nos fundos do bar da Olivia , ela era mãe do sub, era um quarto pequeno, escuro, com uma cama e um banheiro, mas o suficiente para não ter que dormir na rua e ter para onde voltr, eu ajudava ela na cozinha do bar, evitava confusão dentro do morro, depois que Atibaia assumiu o morro, as coisas ficaram bem feias por aqui, cheia de regras e os moradores viviam pisando em ovos.
— Esses brigadeiros, vende bem? – ela pergunta
— É brigadeiro – eu falo mentindo
— Deixa eu provar um – ela fala
— Não dá, vai faltar para amanhã.
— Eu compro – ela fala
— Não, por favor – eu falo pegando o pote
— Que isso Persefone – dona Olivia fala
— Nada não – eu falo para ela – vou tomar um banho.
Dona Olivia ficou encucava com os meus brisadeiros, mas imagina se ela provar e ficar malucona, deixa quieto.
Capítulo 4
Joé narrando
A morte de Fabiano tinha movimentado o morro, não só ele mas como fora também, a policia estava bem louca, bem apavorados e as sirenes tocavam em volta do morro.
O morro do Atibaia tinha dois lugares,a parte que é pacificada e a policia pensava que manda, e a parte em que se ela tentasse entrar levava bala, nossos moradores são tranquilos e entende as regras que Atibaia colocou aqui, o destino de Fabiano era somente um aviso para os vermes lá de baixo.
— E a mulher? – Atibaia pergunta
— Tá morta – eu falo para ele
— Tem certeza?
— E você acha que eu brinco em serviço Atibaia?
— Eu acho bom mesmo não brincar, se ela aparecer viva, quem roda é você – ele fala e sai andando.
Atibaia era o próprio de monio, ele não tinha pena de ninguém e nem remorso, não estava nem ai se a pessoa era fechamento, errou com ele ou vacilou, é para de baixo da terra.
O morro era de boa, as regras foram ditadas e bastava respeitar, mas as pessoas morriam de medo de Atibaia, como disse ele era bem de lua, e não tinha pena de ninguém.
Me aproximo de Persefone que era cria do morro, vivia de bagunça na boca, devendo grana e pegando mais d***a, Atibaia não se preocupava com devedor pequeno, tinha muito maior que a Persefone, mas se um dia ele pegar, o negocio tava ferraod para ela.
— Seu sobrenome deveria ser confusão – e u falo para ela
— Vim pagar o que devo – ela fala me entregando a grana
— Isso aqui naõ paga nem a metade da tua divida.
— Tá de caó comigo Joé? Peguei tanta d***a assim não.
— Pegou sim – eu falo para ele – tu pega a visão, que eu abro a boca para o Atibaia.
— Faz isso não,preciso de mais grana, preciso vender.
— Está fazendo o que com o dinheiro? – ele pergunta
— Tenho uns bagulho para pagar – ela me olha
— Então começa a pagar a divida, quando a divida ficar maior, tu tá ferrada.
— Me libera a d***a.
— Nem pensar – eu falo olhando para ela – aqui você não pega d***a nenhuma mais.
— Fala sério Joé- ela diz nervosa – me libera a p***a da d***a, compro sempre aqui, não vou deixar de pagar não.
— Paga a divida – eu falo para ela – ou não leva nada.
— m***a, seu filho da p**a, tu acha que sou bagunça c*****o.
— Paga a p***a da divida Persefone, da próxima te dou um aviso e se não pagar, vai para a p***a do microondas.
— Seu m***a – ela fala e sai nervosa andando.
Eu acendo um baseado, Atibaia agora estava mais preocupado em saber quem era a porcaria da Herdeira, Castro não quis que ele contasse, mas já tinha ficado sabendo sobre, assim como logo o morro todo ficaria e ai a coisa iria ferver.
Capítulo 5
Persefone narrando
Eu vejo Sara e me sento ao lado dela, pego o baseado da mão dela e coloco na boca, tragando uma e ela me encara.
— Joé aquele m***a, não quer me vender a p***a da d***a.
— E agora?
— Eu tenho que pagar a divida, não tenho mais o que fazer – eu falo para ela – mas vou arrumar grana onde, se não posso pegar a porcaria da d***a para vender.
— Desce lá embaixo, os policias pagam bem
— Tá maluca? Acabaram de m***r um deles – ela me encara – vão nos comer vivva, querendo saber de tudo que é coisa e depois, capaz de chegar aqui e eles me matarem, quero confusão não.
— Tu precisa da grana – ela fala – vai viver como?
— Vou dar um jeito – eu falo para ela – vou conseguir a d***a em outro lugar.
— E criar mais divida Persefone? – ela me pergunta – pegar d***a na biqueira inimiga para pagar a divida da outra e ficar devendo lá, melhor você fazer programa.
— Eu me viro.
— Vai onde essa hora?
— Resolver a porcaria da minha vida.
Eu começo a descer os becos que era bem pequenos, aqui era favela mesmo, não tinha nada de chick não, era perrengue atrás de perrengue, casas minúsculas, barraco em cima de barraco e becos que m*l passava uma pessoa, vejo vários cachorros caramelos para tudo que é lado, atrapalhando até mesmo a passagem, desvio da parte da policia e saio andando, pego um ônibus com a pouca grana que tenho e vou até o morro da sAnta Marta, conhecia pessoas aqui que poderiam me ajudar.
— Quer falar com quem? – vapor com a arma atravessada nas costas me pergunta.
— Quero falar com Duda – eu falo para ele
— Quer oq eu?
— Preciso de d***a – eu respondo para ele.
— Vai – ele fala.
Duda ele liberava uma quantidade boa de grana mas se não pagasse, estaba ferrada. Pego uma quantidade boa e aproveito a noite para vender a maioria ali mesmo, abro um sorriso quando me encosto em um muro em um dos becos a caminho do morro e começo a contar a grana, era dinheiro suficiente para pagar tanto o morro do Atibaia como o morro de Duda, eu estava livre de qualquer divida.
— Ei garota – eu olho para o lado vendo um policial e outros atrás se aproximarem – que dinheiro é esse ai?
— Ela é moradora lá de cima do Atibaia.
— Aé – ele fala – então é você mesmo que queremos.
Não pensei duas vezes e sai correndo e eles começarama correr atrás de mim, eu corria o mais rápido que conseguia porque se eles me pegasse seria prisão na certa ou até tortura até abrir a porcaria da minha boca.
— Para ai garota, se não vamos atirar – ele fala
Eu acabo tropeçando e o que estava mais rápido se aproxima, mas consigo levantar mas ele puxa a minha mochila, quando vejo os outros dois se aproximando, eu abandono a mochila para trás e começo a correr o mais rápido possível. Quando consigo me livrar deles, eu encosto na parede atrás de mim e vejo a m***a que tinha acontecido.
Eu perdi toda a grana e a d***a que tinha sobrado, eu estava ferrada!