O silêncio reinava na sala enquanto Vicente dormia encolhido no bercinho portátil, soltando aqueles suspiros suaves de recém-nascido que faziam meu coração derreter e doer ao mesmo tempo. Yasmin tava sentada no chão, encostada no sofá, mexendo no celular. De vez em quando, ela olhava pro berço, igual aquelas tias corujas que dizem que não são, mas são. — Tá tão quieta — ela disse, baixinho, virando pra mim. — Tá tudo bem? Eu dei de ombros. — Não sei. Eu devia estar feliz, né? — E não tá? — Eu tô… mas não é só isso. Tô cansada. Tô insegura. Tô com medo. Parece que se eu piscar, alguma coisa vai dar errado. Yasmin largou o celular e subiu pro sofá, sentando do meu lado. Apoiou o queixo no joelho e me olhou daquele jeito que só ela sabia olhar, sem julgamento, só presença. — Você passo

