Fiquei mais de uma hora sentada no camarote, tomando goles lentos de um refrigerante quente e olhando pro lugar vazio onde o JL devia estar. A bexiga começou a reclamar, e mesmo com medo, decidi ir ao banheiro. Não queria pedir ajuda ao Marcola. Não queria parecer fraca. Desci com cuidado, me esgueirando entre os corpos suados e dançantes, tentando não tropeçar no salto. A batida da música fazia meu peito vibrar, e eu sentia os olhos seguindo meus passos. Como se minha barriga fosse uma sirene silenciosa. O banheiro feminino da quadra era um cubículo abafado com uma fila pequena. Fiquei no canto, esperando minha vez, cabeça baixa, tentando ignorar a fumaça, o barulho, os olhares. — Tu é a tal da patricinha, né? Levantei os olhos devagar. A voz veio de uma garota encostada na parede, s

