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1625 Palavras
Alex narrando: Abri meus olhos e vi ela vestindo a roupa rapidamente, não falei nada e ela não me viu acordado. Saiu do quarto de fininho com o celular na mão. Levantei rápido e fui atrás dela. - Tu vai onde? - perguntei parado na porta, ela já estava quase saindo. -  Eu acho que estava indo embora. - debochou e eu cruzei o braço, mas já descruzei.  - Depois eu te levo, vou tomar banho, vou mandar um rádio pros cara e eles trazem alguma coisa pra gente comer. - Falei sério. - Não. - falou meio alto. - Eu vou sozinha. Eu tenho que.. que ver umas coisas aí, e é isso. - É.. - encarei ela, notando a mentira. - então vai pô, falou aí. Se cuida! - ela revirou os olhos e veio até mim. - Tchau. - Me puxou e me beijou. - se cuida. - Tu também pô, tu também. Se liga por onde tu tá andando. - Falei observando ela.  - Pode deixar, eu sei me virar. - Forçou um sorriso. É, eu falo sempre, não vacila comigo! (...) Assim que ela saiu eu coloquei minha roupa, peguei minhas coisas e já sai, fui pra casa. A outra estava lá dormindo, onze e meia já e ela dormindo. Tomei banho e sai de fininho já pra ela não me ver. Comi e fui pra boca. - Aí patrão, a novinha irmã do William, tá aqui na casinha. Aquela que fazem as trocas, ela tá parada no portão.  A mensagem do cara que trabalha pra mim só dizia isso, mas logo eu me localizei, uma casa que fica fora do morro, mas é perto. -  tá fazendo o que?? - Mandei pra ele - conversando com o mano do Helipa, tá no maior papo com ele.Com carinho e tudo. - Pode pá. Valeu aí. - agradeci e não mandei mais nada.  Filha da p**a do c*****o! Vai levar um p*u bem dado, otária. Garota do c*****o, ela acha mesmo que eu não tô no rastreador com ela? Piranha do c*****o. Bolei uns dois ou três baseados e fumei todos. Depois quando era umas 18:30 fui pra casa dela. Aproveitar que o irmão dela tá em missão. E mesmo se não tivesse também, eu sempre fico por lá. Tomei um banho gostosinho, comi e fiquei deitado na cama dela. Deitei só de cueca, só não fiquei pelado pra não assustar ela. Liguei a TV dela e fiquei lá, quase dormindo. Ouvi o baque da porta e ela entrou no quarto sorrindo, só me viu quando estava prestes a tirar a calça. Eu só encarando ela. - Que isso, você tá doido? tu não pode entrar assim na minha casa, pelo menos não no meu quarto. - Falou assustada e me encarando - E tu não pode me fazer de o****o. - Falei e ela já percebeu que eu não estava brincando. - Ainda bem que eu nem tentei, não é mesmo? - sorriu debochada e ia entrar no banheiro. Mas quando ela passou pela cama eu levantei rápido e segurei o braço dela. - Presta atenção no que eu vou te falar! - fuzilei ela com o olhar, mas ela me interrompeu. - Presta atenção você e me solta, me solta! - ela gritou e eu explodi. - Não grita comigo não c*****o, grita não. - puxei o cabelo dela pra trás e com a outra mão acertei o rosto dela. - tu me respeita, filha da p**a! Tava lá com... - parei de falar quando uma lágrima molhou minha mão. Ela secou o rosto rapidamente e me olhou. - Sai daqui, sai agora. Eu não quero olhar pra tua cara. - disse assim que eu soltei ela. - Lívia, me desculpa. Eu.. eu tô bolado contigo pô, foi m*l. Me desculpa, amor. - Falei tentando segurar o rosto dela.  - Eu não sou seu amor, sai daqui. Nem meu irmão, nunca levantou a mão pra mim. Quem é você? você não é ninguém, é só um m***a que cresceu na vida e acha que tem o direito de humilhar qualquer um.. - Pausa - Entenda que você não é ninguém, se morresse hoje não iria fazer falta pra ninguém, ninguém mesmo. Quer dizer, a não ser dos que tão contigo por interesse, pelo teu poder aqui e pelo teu dinheiro. Porque alguém que te ame mesmo você não tem e eu não vou deixar, não vou permitir nunca, nunca mesmo que você acabe com a minha vida. Já basta a sua vida na m***a que é, e a sua fama diz certo mesmo, tudo que você toca você estraga. Então, a partir de hoje, eu me retiro da tua vida, tu só é um amigo do meu irmão e mais nada, não olha pra mim, não fala comigo. - me olhou e entrou no banheiro, batendo a porta com força, ouvi o barulho do chuveiro e logo o choro dela. Que m***a, p***a! Acabou, simplesmente acabou. Eu não sei como começou e nem como acabou. 2 MESES DEPOIS. Desde aquele dia eu e a Lívia parecemos dois desconhecidos, pior do que antes, que um até irritava o outro. Ela andando pra cima e pra baixo com o mano que era do Helipa, o dono de lá transferiu pra cá, não era pra ficar na minha favela mas acabou ficando e eu não reclamei porque ele é bom no que faz. Ouvi umas risadas altas e direcionei meu olhar na direção. Olhei pra fora do bar e os dois passaram de mãos dadas, rindo. Entraram no bar e vieram na minha direção. - aí patrão. - o MC chegou rindo e estendeu a mão. - Fala aí. Aquele carregamento tá como? - Perguntei e olhei rápido pra Lívia.  -  Ó - se sentou e puxou a Lívia pro colo dele. Encarei ela disfarçadamente, mas ela percebeu porque enfiou a cara no pescoço dele - tá quase tudo no esquema, só preciso da confirmação do cara que vai na segurança pra poder despistar os filho da p**a. - Explicou e eu concordei. - Tá certo. Pede lá alguma coisa pra gente comer, pô. - ele assentiu e a Lívia saiu do colo dele, mas sentou na cadeira, enquanto ele foi no balcão - Tô invisível agora? - perguntei depois de um tempo. - Não, mas bem que podia fazer melhor, podia tá morto! Já te disse, você não existe mais. Ficamos em silêncio e eu só encarando ela. p***a, que ódio!  Quando ele voltou, puxou uma cadeira e sentou do lado dela, ela colocou uma perna por cima da perna dele, e ele apoiou a mão. Filho da p**a, só eu posso pegar nela. Fiquei falando com ele, comemos e depois eu sai primeiro. LIVIA NARRANDO: 2 MESES DEPOIS: eu tô pronta, cara. É ele! Nunca, em tão pouco tempo, eu consegui dizer que amava alguém. Mas eu sei que amo ele e vou amar até o último dia da minha vida. - Tu tem certeza?- assenti e ele me beijou. - eu te amo, Lívia. Tu é minha, minha mulher!  - Eu também te amo muito, Maicon. Tu é o amor da minha vida. - ele sorriu e se posicionou. (...) - Pô, eu queria fazer uma coisa romântica pra tu, mas não sei fazer essas paradas. - falou assim que eu sentei na frente dele. - p***a, tô com vergonha - falou todo sem graça mesmo e pegou uma caixinha do bolso. - que ser minha fiel, minha noiva, minha namorada, minha esposa, minha amante? Eu te amo pra c*****o, pô. - disse todo envergonhado.  Aí meu Deus, me diz como eu não vou amar isso?! - Não precisava nem pedir, eu aceito, lógico que eu aceito. - ele colocou o anel no meu dedo e eu abracei ele. - Antes de morrer, eu quero que tu seja a mãe dos meus filhos. - Falou me olhando e colocou meu cabelo atrás da orelha. - Eu vou ser, mas você vai viver muito com eles. Agora vamos pra essa festa porque eu já até me atrasei, por tua culpa. - falei animada e puxei ele. (...) - Col foi, Mc... nem apresenta a mina. - me mediu assim que paramos perto dos caras que estavam ali. - É a Livia, minha fiel e irmã do William. - Falou segurando aminha mãe e encarando o cara.  Ouvi uma risada anasalada assim que ele falou e já sabia quem era, olhei pra trás e o Alex saiu andando e rindo, mas uma risada, que na cara dele transparecia ódio. - Amor, vou ali com as meninas. - falei baixinho no ouvido dele e ele só balançou a cabeça e beijou a lateral do meu rosto. Fui em direção das meninas. - Que babado é esse no teu dedo. - A Lara falou alto, como sempre. - Meu amor que me deu. - sorri olhando o anel. - Olha,não é que ele tá conseguindo fazer a p*****a sossegar. - A Lais falou pra pirraçar e eu revirei os olhos. - Eu sou gospel querida, de p*****a aqui só tem a do cabelo. - Forcei um sorriso e ela gargalhou. - O Alex tá te encarando com ódio. - A Lais falou olhando por cima do meu ombro. - Alex? Quem é esse? não me lembro de conhecer ninguém com esse nome. Vamos descer, quero andar. - puxei elas e fui em direção ao MC. - Amor, vou descer com as meninas. -  - Eu vou te olhar daqui, se liga. - avisou e eu assenti, e dei um selinho nos lábios dele.
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