Julia
Eu não esperava que isso iria acontecer.
Esbarrei em suas coisas e corremos para tentar pegar, mas acabei caindo em cima do Gustavo.
Minhas bochechas devem estar super vermelhas já que as sinto queimarem.
-Consegui pegar - Sorrir sem graça. Faço o mesmo pra disfarçar, mas acabo acompanhando seu olhar dos meus olhos até a minha boca que agora está em meu colo e tenho medo de descer mais.
-Desculpa - Me apresso em levantar, mas Gustavo me puxa pra cima dele novamente - Gustavo... - O encaro sem transparecer nenhuma expressão. Ele me solta.
-Desculpa, Ju - Ele me tira de cima dele com cuidado.
Levantamos, e pra ficar pior, minha toalha cai.
Ele me olha sem saber o que fazer.
-SAI DAQUI, GUSTAVO! - Me enrolo na toalha empurrando ele pra fora do quarto em desespero e fecho a porta.
Visto minha calcinha, coloco a blusa, e fico ali na cama pensando como vou olhar pro Gustavo.
Depois de um tempo escuto baterem na porta.
-Pode entrar - Autorizo e Gustavo abre a porta.
-Tá pronto - Seu olhar me fita e eu o encaro sem saber o que fazer de tanta vergonha - Não quer mais comer?
-Estou indo - Me levanto devagarinho.
-Para, Julia. Não precisa ter vergonha.
-É que... - Ele sorrir.
-Quem faz tanta cerimônia pra comer, Julia? Não tem vergonha em comer.
Tinha me esquecido que ele age como se nada tivesse acontecido.
-Vamos? - Afirmo com a cabeça e corro pra mesa - Você me surpreende com essas mudanças - Rir me servindo mais e eu atacando o prato com tudo.
Gustavo
Claro que eu me fiz de i****a, é o que faço de melhor.
A mina realmente estava cheia de fome, só não comeu o prato porque eu não deixei.
-c*****o, Ju - Rio alto.
-Vai se f***r.
-Isso é miojo, meu anjo. Não macarronada recheada de queijo e tudo mais.
-Se fuder não quer, né? - Levanta e leva o prato até a pia.
-Deixa que eu lavo, cara - Levo o meu também.
-Deixa que eu lavo, Gustavo - Pega o prato da minha mão - Você já está fazendo muito.
-Para de ser teimosa. Vou mesmo ser obrigado? - Ela me encara tipo "o quê?".
Sorrio maliciosamente e começo a fazer cócegas na mesma.
-Eu me rendo! - Fala tudo embolado por causa dos seus risos.
-Fala de novo - Acelero as cócegas.
-Eu...me-me rend-do... - Continuo. Quando vejo a mesma quase se desequilibrar, a agarro que cora.
-Pode lavar, garotão - Me entrega o pano de prato e disfarça indo até o quarto e fechando a porta.
Essa p***a é louca, só ajudei, acho que mais um pouquinho fodia...
Desligo as luzes da casa e deito no colchão que havia colocado para deitar na sala, me ajeito e adormeço.
Acabo sendo acordado com uma mão leve sobre meus ombros e eles me chacoalham suavemente.
-Gustavo...Acorda, por favor - Vou abrindo os olhos devagar e sinto meu corpo colando - Gustavo, a luz acabou.
Me sento no colchão - Volta a dormir - Bocejo - Ninguém morre sem luz, Ju - Semicerrei os olhos.
-Eu morro - Revela baixinho.
-Você tem medo do escuro? - Desvia o olhar - Deita aqui e fica quietinha.
-Gustavo...
-Não vou fazer nada com você, cara - Resmungo baixinho e a olho que me encara - A não ser que você queira. Acho meio difícil você resistir a isso tudo aqui né, princesa.
-i****a. Chega pra lá e vira de costas - Gesticula - Não ouse em tentar alguma coisa.
-Mais fácil você tentar fazer alguma coisa. Vou te denunciar antes - Ela bufa e deita ao meu lado.
Sinto ela se mexendo a todo momento.
-Você não sabe ficar quieta? - Me viro pra ela que também se vira, fazendo que nossas respirações se misturem.
-Não consigo...Acho que estou com frio.
-Está um calor da p***a, e você está enrolada com um edredom maravilhoso.
-Mas estou com frio - Reclama baixinho.
-Vira - Mando.
-Mas... - A encaro que obedece e vira.
Abraço a mesma por trás colando nossos corpos, ajeito mais a coberta em todo seu corpo. Mas a garota tinha mesmo que dormir de calcinha? Podia ter colocado um short por baixo da blusa.
-Gustavo...
-Dorme, Ju. Não vou fazer nada com você além de te esquentar, fica sussa.
E me esquentar, tão linda essa filha da p**a com aquela raba colada em mim. Tenho que me segurar.
Acordo no dia seguinte sozinho.
Ando até o banheiro e tomo um banho para despertar daquele calor, a luz já tinha voltado.
Enrolo a toalha na cintura e vou até a cozinha vendo uma linda imagem.
-Bom dia, Julinha - A assusto.
-i****a. Nem sei por que fiz um bom agrado pra você.
-Depois de ter me evitado, deveria se desculpar - Me encara e logo me arrependo de ter dito aquilo. Vou até meu quarto e procuro uma bermuda.