Capítulo 2

1029 Palavras
- Argh... eu sabia que não devia ter bebido ontem a noite. – resmungou Eduardo enquanto se arrastava para a cozinha em busca de um xícara de café forte. Ele saiu com seu amigo Daniel na noite passada e só se lembrava que passara parte da noite na cama com uma loira do quadril largo e dos s***s fartos a qual não lembrava o nome. Eduardo Magalhaes era assim, só queria saber de sexo, assim não precisava se preocupar com nomes ou em passar ou pegar números de telefones. Quando elas insistiam demais, ele inventava um número de telefone qualquer e fingia que era seu. Assim, elas saíam satisfeitas e certas de que teriam mais noites com um cara rico, gostoso e bom de cama como ele. Se tinha uma coisa que ele sabia fazer bem, era levar as mulheres à loucura. Eduardo voltou para seu quarto com a caneca de café amargo que sua governanta lhe servira, a cabeça já latejava insistentemente, aquela sexta feira com certeza seria longa. Depois de tomar seu café, tomar um banho e escolher uma roupa, ele se olhou no espelho e ficou satisfeito com o que via. - Hummm, nada m*l, só espero que eu não encontre aquela louca da Cintia pelos corredores da empresa – Ele vestia um terno cinza feito sob medida, com um colete da mesma cor e uma gravata azul que combinava com a cor dos seus olhos. Seu cabelo era castanho e sedoso, uma barba perfeitamente aparada emoldurava seu roso e ele ria irônico para seu reflexo no espelho. Ele era um homem extremamente sedutor e fazia muito sucesso com as mulheres, ele sabia disso e usufruia bem da situação. Eduardo não gostava de repetir mulheres, exceto por Cintia, o que foi um grande erro por sinal, ele nunca transava com a mesma mulher duas vezes. Cintia era chefe do setor de Marketing e Propaganda da empresa de seu pai, a Magalhaes Tecnologia, para ela, eles namoraram por algumas semanas, já para ele, eles apenas transaram por umas semanas. Quando se deu conta de que as coisas estavam indo longe demais, ele deu um basta na situação e colocou Cintia em seu lugar, mas a mulher parecia não entender, sempre que tinha uma oportunidade se jogava para cima de Eduardo, e este, corria dela como o d***o corre da cruz. Eduardo ligou o rádio do seu carro enquanto olhava desanimado para o tráfego de Sao Paulo à sua frente. - Essa hora da manhã e o trânsito já está esse inferno – pensou. Ele estava a caminho da empresa de seu pai. A Magalhaes Tecnologia era uma grande empresa de tecnologia e software, não demoraria muito e se tornaria uma multinacional de sucesso. Há quase um ano atrás, Jeferson apareceu no apartamento do filho para lhe dar um ultimato: ou ele dava um jeito na sua vida profissional ou ele cortaria a generosa mesada que era depositada todo mês na conta bancária de Eduardo. A partir daquele momento, ele passou a comparecer na empresa de segunda a sexta das nove da manhã às seis da tarde e a seguir seu pai de perto para onde ele fosse. Ele comparecia a reuniões, convenções, jantares de negócios, participava de negociações e as vezes dava até sua opinião em situações complexas de se resolver. Em pouco tempo, já entendia e estava ciente de todo o funcionamento da empresa, mas não assumiria nenhum cargo de fato. Eduardo era formado em Administração, mas nunca demonstrou interesse em trabalhar na área, na realidade ele não tinha interesse em trabalhar em nada. “Que graça tem ficar o dia todo engravatado e resolvendo um problema atrás do outro? “, ele pensava, mas já que seu pai não lhe deixara escolha, lá estava ele, uma baita ressaca, plena sexta feira, um trânsito infernal e ele a caminho da empresa. Eduardo andava confiante pelo andar da presidência, agradecendo mentalmente por não encontrar Cintia no elevador. Chegando perto da secretária do pai, deu um bom dia com um sorrisinho sedutor brincando nos lábios. - Meu pai já chegou? – ele não se lembrava do nome da secretária, mas não fazia a minima diferença, bastava colocar um tom de voz arrastado e ela já estava se inclinando seu corpo para frente, mostrando aquele belo par de s***s dentro do seu decote. - Bom dia Eduardo! Ele já está a sua espera. – ela respondeu sorrindo. Ela até que não era de se jogar fora, quem sabe um dia não entraria para sua lista de “já comidas” de São Paulo. - Bom dia pai! – seu pai estava de costas para a porta, olhando a cidade pelas imensas janelas. Como não teve resposta, Eduardo se aproximou – Algum problema, meu velho? Ele era filho único, sua mãe morreu há 13 anos atrás, quando Eduardo tinha 15 anos. Não fora nada fácil, adolescência, hormônios, a cabeça a mil e o corpo de sua mãe em um caixão e ele obrigado a dizer adeus. Graças aos céus, sempre teve um bom relacionamento com seu pai, mesmo na época em que não fazia nada da vida a não ser sair e pegar mulheres, sempre teve seu pai como seu amigo. Mas essa amizade não se comparava à relação que ele tinha com sua avó, Gardenia. Ela tinha se tornado sua segunda mãe quando a sua faleceu, e a relação dos dois só se fortalecia a cada ano que passava. Sentia como se Gardenia fosse uma parte dele, e não conseguia imaginar sua vida sem ela. - Bom dia! Vejo que a noite foi boa – respondeu Jeferson olhando para o filho. - Hummm... – Eduardo gaguejou. - Não, tudo bem, hoje tenho um assunto importantíssimo para tratar com você, sua intensa vida noturna e s****l pode ficar para depois. - Pai! Eu já sou bem grande ne, pelo amor de Deus... - Eduardo! Eu estou prestes a fazer drásticas mudanças aqui na empresa. - Mudanças? – Eduardo estranhou – Mas o que essas mudanças têm a ver comigo? - Com você? Elas têm tudo a ver com você. Você meu filho, em breve assumirá a presidência da Magalhaes Tecnologia.
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