capítulo 02
1837 Palavras
Contém abuso s****l de menores e cenas sensíveis.
Fui acompanhada por estranhos, até o local, onde estavam os meus colegas
Chegando lá muitos deles já haviam ido embora, encontrei apenas dois rapazes que estavam se preparando para ir embora.
Agradeci a pessoa que me acompanhou
E fui logo com os meus colegas, que nem deram conta do que havia acontecido.
(...)
Quase chegando em casa da minha tia
Olho de um ponto específico que dá para ver perfeitamente a casa, vejo muitas pessoas que parecem estar preocupados comigo, sendo que eu saí de manhã e só voltei de noite.
Fico me torturando com pensamentos
Me perguntando se vou ou não.
Melhor eu ir...
Não não, se eu for vai ser pior...
Mas se eu não for, para onde eu vou...
Eu não conheço ninguém aqui...
Nem dinheiro eu tenho...
Meu Deus me ajuda...
Eles nem vão sentir a minha falta...
Nunca gostaram de mim mesmo...
Sempre me trataram mal...
Até comida eles guardavam para eu não ter que comer, mesmo eu morrendo de fome...
Não! Eu não irei, não sei como mais vou arranjar maneira de chegar na minha mãe.
Dou meia volta, ando sem saber para onde vou, cansada, com fome, e com sono, paro em frente a uma igreja
Antes de entrar e pedir ajuda, ensaio o que vou dizer...
Começo a criar lágrimas falsas, quando vejo alguém a se aproximar, era um homem, com uma bata branca, mas não parecia um padre, acho que era mais um aprendente.
___o que aconteceu menina?
Caiu direitinho...
___eu preciso de ajuda... estou perdida.
___meu Deus, como você veio parar aqui?
____eu quero ir na minha mãe
Falo ainda chorando.
___vem eu sei quem pode ajudar.
Ele me segurou na mão e me levou até a rádio, onde anunciam pessoas desaparecidas, chegando lá eles perguntaram o nome da minha mãe
Do meu pai, e da minha tia, que vive comigo, dei todas as informações com nomes certos e sobrenomes errados
Com medo da minha tia me encontrar
Eu prefiro mil vezes sofrer com a minha mãe, do que voltar a viver com a minha tia.
Ainda sem notícias do meu pai
Depois de passar as informações
Eles me levam, em uma base policial
Onde me deram cama para dormir
E prometeram me levar na minha mãe
Assim que amanhecer. Dormi ansiosa para ver a minha mãe.
...
Acordo com o barulho dos polícias
E um deles vem ter comigo
Me dizendo que vão me levar logo
Me levanto e pego a minha mochila
Acompanho o policial e me lembro de dizer uma coisa.
___tio? Eu tenho um tio que também é policial.
Ele me olha curioso e pergunta
____como ele se chama?
____o nome dele é Nelito.
____você é sobrinha do Nelito? Porquê não falou antes? Vem que eu vou te levar para casa dele.
Ele me levou para casa do meu tio
E logo que cheguei lá, encontrei uma das minhas irmãs, ela me disse que estava muito preocupada comigo
Logo vi a minha tia que vivia comigo
E outras tias que não gostavam de mim
Elas estavam indo para o velório de um dos meus primos que morreu bem no dia em que eu desapareci, que para não dizer que eu quase morri também.
Subi no carro, elas me falaram um monte de coisas, e até me agrediram psicológicamente, eu só chorava e pensava na minha mãe.
Assim que chegamos, eu vi a minha mãe e a abracei, a gente conversou e ela simplesmente me apoiou, depois de me dar umas broncas claro.
Ainda sem notícias do meu pai.
...
Era num sábado, eu estava com algumas amigas na sala, vendo filme
Minha mãe estava no quarto.
___Niures? Vem me ajudar a levantar que eu não consigo sozinha
Gritou a minha mãe
Corri até o quarto, e vi a minha mãe deitada no chão, meu coração acelerou
O medo se apoderou de mim, eu vi a minha mãe gritando de dor, e simplesmente não sabia o que fazer
Cheguei perto dela, e tentei ajudar ela a levantar, por dentro estava mal
E por fora queria parecer forte para não assustar ela ainda mais
___vai chamar a tua tia, ela pode ajudar
Disse a minha mãe, em um sussurro com a voz falhando, e totalmente fraca
Me levantei e fui até a casa da minha tia, expliquei o que aconteceu e ela foi correndo para a casa da minha mãe
...
Entrei no quarto e vi a minha mãe vomitando, minha tia segurava um balde para a minha mãe não vomitar no chão.
Foi quando a minha tia olhou para mim
E disse
___eu acho que a sua mãe bebeu
Eu olhei para ela, tentei ofender e gritar com ela, mas simplesmente não podia, eu era apenas uma criança e não conseguiria fazer tudo sozinha
Além de ser fraca e magra.
___ela não bebeu, a minha mãe nem bebe, e você como irmã dela, deveria saber disso
Respondi com toda calma e naturalidade
...
As horas passavam e passavam, algumas pessoas chegaram, minha mãe estava deitada, ela pareceu fraca
Olhei para as pessoas e vi que, o único interesse delas e perguntar sobre o que aconteceu, olhei para a minha tia e vi ela conversando com outras pessoas, ela estava dizendo que provavelmente a minha mãe bebeu.
Que filha da p**a!
A minha mãe não bebeu!
Sem mais aguentar ouvir aquelas merdas, corri até a estrada e me joguei nela, parando o primeiro carro que apareceu.
___por favor senhor, me ajuda, a minha mãe está doente...
Falei chorando.
O senhor desceu do carro e encostou em um lugar mais apropriado.
___fica calma, me leva até sua mãe, que eu vou levar ela no hóspital
Assim que chegamos até um local onde tinha muita luz, observei o senhor e vi que também era alguém conhecido
Ele dizia que era meu tio, mas apenas cresceu com a minha mãe, eu não confiava nele, e nunca gostei dele
Apenas fingi ser simpática com ele
Porque, ele era o único que podia ajudar a minha mãe naquele momento
Sendo que ele tinha carro.
Levei ele até a nossa casa, ele colocou a minha mãe no carro e levou ela para o hóspital, eu fiquei esperando em casa com a minha irmã mais nova.
Ainda sem notícias dele, meu pai.
Depois de algum tempo, vi o mesmo carro que levou a minha mãe para o hóspital se aproximando.
Meu coração bateu, senti uma alegria
E as lágrimas deixaram de ser tristes e transformando-se em lágrimas de alegria, corri até o carro para ajudar a minha mãe a descer.
Ela está saindo do hóspital, provavelmente deve estar cansada.
A porta do carro se abre, e vejo o senhor que levou a minha mãe do hóspital, ele desceu e fechou a porta
___a sua mãe vai ficar internada por 2 meses, eu preciso que você prepare algumas roupas para ela, eu te acompanho.
O meu medo aumentou, a minha mãezinha internada? O que eu vou
Fazer, só estou com a minha irmã pequena que ainda precisa do leite dela
Meu Deus me ajuda.
___Tá, vou lá pegar as roupas da minha mãe, e já volto.
Falei para ele, e caminhei até a minha casa, entrei no quarto e fui pegando as roupas da minha mãe, coloquei em uma mochila.
Quando eu ia sair, senti alguém me tocando me virei e vi que era o senhor que levou a minha mãe no hóspital
Meu coração acelerou o pavor veio à tona, tentei empurrar mas eu não tinha forças, era apenas uma garotinha
Ele me virou contra a parede, e massageou meus s***s, mesmo sabendo que não tinha nada, eu tentei gritar, mas ele me impediu colocando uma de suas mãos na minha boca
Com a outra baixou a minha calça
E tirou o seu p*u para fora, pressionando contra a minha bunda
Tentando penetrar, mas eu era fechada de mais, e quanto mais ele pressionava
Mais dor eu sentia, o nojo e o desespero de sair dali, tomaram conta de mim
As lágrimas começaram a cair, uma falta de ar me envolveu totalmente
Ele insistia em pressionar, mesmo sabendo que não vai entrar.
Logo ouvi alguém me chamando o meu nome, era uma de minhas amigas, quando ele a ouviu, me soltou e saiu,
Sem as roupas da minha mãe.
Me encostei num cantinho, e comecei a chorar.
onde estava meu pai?
onde estão os meus irmãos?
Cadê a minha mãe?
O que eu vou fazer sozinha?
Sem dinheiro.
Sem nenhuma experiência.
E com a minha irmã que ainda era uma bebê.
Onde está Deus?
Será que ele não tá vendo a gente?
Será mesmo que ele existe?
Se ele existe, onde ele está agora?
A minha vida se transformou tanto, tudo que eu quero agora é ter a minha família de volta, acordar com o barulho da minha mãe gritando sobre tudo e nada, deixar uma comida na geladeira e não encontrar porque um dos meus irmãos comeu, entrar no quarto do meu irmão, ascender a luz, e sair correndo, até esbarrar no meu pai
E dizer o que o meu irmão quer me bater.
...
Os dias foram passando, e tudo só piorou.
Na primeira semana do mês...
Eu tive que roubar em uma loja algumas comidas e leite para a minha irmã, as coisas corriam bem, até que um dia eles me apanharam e eu tive que desistir.
Na segunda semana do mês...
Eu tive que vender algumas mobílias de casa, para comprar papas e fraldas para a minha irmã, as coisas correram bem, até que o dinheiro acabou depois de duas semanas, e eu tive que pensar em algo.
Na quarta semana do mês...
Eu, tive que pedir dinheiro nas pessoas que estavam presentes no dia que a minha mãe passou m*l. Muitos deles até deram comida e leite, que duraram até duas semanas, eu cuidava da minha irmã com todo amor e carinho, para evitar que ela ficasse doente.
Na sexta semana do outro mês...
Eu tive que usar o pouco de beleza que tinha, e arranjei um namorado, ele tinha um pouco de dinheiro, e sempre que eu pedia dinheiro e comida, ele me dava, apenas por um selinho.
___aqui estão o dinheiro e a comida amor.
Ele me entregou um saco e 5mil, e quando eu ia me virar para dar um passo ele falou
___Não vai me dar nem um selinho?
___claro que eu vou amor.
Me aproximei e dei um selinho para ele que parecia desesperado.
Idiota.
logo fui até a loja comprar as coisas da minha irmã.
depois de 2 meses a minha mãe saiu do hóspital, com uma aparência estranha, ela estava magra e pálida
O pior é que não me reconhecia, provavelmente era uma perda de memória instantanea e temporária
E a única pessoa que ela reconhecia
Era a minha irmã mais nova.
Mesmo sem a minha mãe saber quem eu sou, eu fazia tudo por ela, até que ela foi se recuperando.
- Escritor
