PROTOCOLO 15

613 Palavras
UM NOVO EQUILÍBRIO O sol da manhã de 6 de maio m*l começava a esquentar, e eu já estava a todo vapor. A casa, antes mais silenciosa, agora ecoava com a presença da minha tia. Depois de um café da manhã tranquilo, decidi que era hora de reabastecer a despensa. "Eliandre, você me ajuda a ir ao sacolão hoje?", perguntei, enquanto guardava as últimas xícaras. "Preciso de bastante verdura e legumes. A gente está comendo tão bem que tudo acaba rapidinho." Ele sorriu, já pegando as chaves. "Claro, vamos lá! É bom que a gente aproveita para dar uma volta." No sacolão, minha cesta foi enchendo rapidamente com couve, es, abóbora ,cenoura… tudo fresquinho e colorido. Minha tia, que tinha me dado um valor em dinheiro. Em casa ela me chamou no canto e falou: Tia Margarida:"Minha querida, eu queria te ajudar com as despesas da casa", ela disse, estendendo uma nota de R$ 100. "Toma, para as compras." "Ai, tia, não precisa! De verdade", eu respondi, tentando devolver o dinheiro. "É um prazer ter você aqui. Não se preocupe com isso." Tia Margarida: "Nada disso! Eu insisto. Faço questão. É o mínimo que posso fazer já que vou ficar aqui e vou precisar comer com vocês", ela replicou, com uma firmeza gentil. "Por favor, aceite. Me deixe ajudar." Sabendo que discutir seria inútil, eu aceitei, sentindo um calor no coração. Era tão bom ter o apoio dela, mesmo nas pequenas coisas. "Obrigada, tia. De verdade", eu disse, guardando o dinheiro. Então eu perguntei a ela : Estrela:O que você gosta de comer? Tia Margarida: "Ah, para mim, não precisa se preocupar muito com carne", ela comentou, pensativa. "Eu não ligo muito para carne, sabe? O importante é ter bastante verdura, legumes. Essas coisas frescas me fazem um bem danado." Eliandre: "Sério, tia? Que bom! A gente aqui em casa tem focado bastante na alimentação saudável, então carne é mais um complemento." Tia Margarida: "Pois é", ela confirmou. "Sempre gostei mais de vegetais. Mas um franguinho de vez em quando vai bem, né?" Voltando às compras, saímos do mercado com sacolas pesadas, cheias de vegetais vibrantes. O dia seguiu com o cheiro de comida fresca pairando no ar, e a casa, antes um lugar de refúgio pessoal, agora se transformava em um lar compartilhado, cheio de novas rotinas e adaptações. UMA GELADEIRA CHEIA DE GRATIDÃO No fim daquele dia, abri a geladeira e sorri. Ela estava transbordando de comidas saudáveis: cores vibrantes de frutas, pilhas de legumes frescos e uma variedade de verduras. A cena me trouxe uma lembrança vívida do primeiro dia do meu jejum. Naquele dia, com o coração cheio de esperança, eu tinha abraçado a geladeira, que não estava vazia, mas também não estava tão cheia quanto eu sonhava. Naquele momento, eu profetizei, declarando em voz alta: "Eu profetizo esta geladeira cheia de frutas, legumes e verduras!" E agora, dias depois, ali estava ela, incrivelmente cheia. Não era apenas comida; era a prova tangível de uma promessa cumprida, um lembrete do poder da fé e da persistência na minha jornada. Com a geladeira farta e a casa cheia de vida, a presença da minha tia trouxe um novo ritmo. No entanto, em meio à gratidão e à alegria de ter minha família por perto, percebo que minha conexão espiritual. Aquele cantinho sagrado que eu havia cultivado começou a pedir por atenção. Como vou equilibrar as demandas do dia a dia e as responsabilidades familiares com a necessidade de nutrir minha fé e meu bem-estar interior? A busca por um novo espaço para minha alma estava apenas começando, e eu sabia que precisaria de mais do que apenas disciplina para encontrá-lo.
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