Sobrevivi à viagem em silêncio. Me avisar? esfreguei os braços nus, tentando afastar o frio que não vinha do vento. Depois que você entra, nunca mais sai. Quando Sharo me guiou escada abaixo, de volta ao clube onde eu tinha corrido naquela noite, não lutei. Mas a porta iluminada que antes parecera um refúgio agora me deu calafrios. Cada passo que dava parecia mais pesado. Minha mente estava em branco. Era tudo demais. Cada vez que um pensamento em pânico tentava romper, eu me lembrava: aquele homem era louco. Ele tinha me drogado, tentado me levar à força. Por que eu deveria confiar em qualquer palavra dele? E, mesmo assim… o rosto dele me assombrava, derrotado, espancado. Ele falava em “fazer as pazes”, como se estivesse em algum programa de recuperação. E se ele não estivesse mentind

